terça-feira, 26 de julho de 2011

Onze livros do novo testamento são falsos segundo pesquisador

Forjado de Bart D. Ehrman
O Novo Testamento, em 2 Timóteo 4:7, o apóstolo Paulo afirma: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” .Trata-se de uma passagem das mais dramáticas da Bíblia, porque afinal Paulo fez a afirmação momento antes de ser executado em Roma. Uma passagem que tem alimentado a fé de cristãos nesses dois mil anos.

Só tem um problema: Paulo não disse nada disso. A frase foi inventada e colocada na Bíblia como se fosse do apóstolo. É o que garante o americano Bart D. Ehrman, um respeitado estudioso da Bíblia.Ehrman acaba de lançar o livro “Forjado” que tem  indignado cristãos de todo mundo, porque ali ele diz provar que pelo menos 11 dos 27 livros do Novo Testamento são falsificações.

"Havia muita gente no mundo antigo que recorreu à mentira por achar que estava prestando um serviço a um bem maior”, disse.

As evidências disso são tantas, que ele estranha o fato delas passarem despercebidas. Como exemplo, citou o caso dos apóstolos Pedro e
João, que estão entre os autores do Novo Testamento, embora fossem analfabetos. No “Forjado” ele transcreveu Atos 4:13 (“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se") para explicar que os dois apóstolos são descritos na escritura em grego como “analfabetos”, literalmente, e não como “iletrados”, que deixa margem para dúvida se sabiam escrever ou se eram pessoas simples, porém alfabetizadas.

Ehrman disse ter evidências suficientes para garantir que os evangelhos, quando começaram a ser difundidos, não tinham autorias -- o que, aliás, era comum com qualquer tipo de texto naquela época. Os nomes atuais, afirmou, foram adicionados posteriormente por copistas.

O estudioso afirmou que seu livro se atém mais ao Paulo porque uma parte significativa do Novo Testamento é atribuída a esse apóstolo.

As suas conclusões se basearam também nos diferentes estilos de texto da Bíblia e em suas contradições. Apontou, como exemplo, os escritos de Efésios, os quais em grego são compostos por frases longas, o que é bem diferente da escrita de Paulo.

“Não há nada de errado com as sentenças extremamente longas em grego, mas essa não é maneira de Paulo escrever”, disse. “É como Mark Twain e William Faulkner: ambos escreveram corretamente, mas não dá para confundir um com outro”.

Bart D. Ehrman
Uma das mais flagrantes contradições, segundo ele, está em 1 Coríntios, onde Paulo primeiro convoca as mulheres para se manifestar na igreja e alguns capítulos depois afirma que elas devem permanecer caladas e, se quiserem aprender alguma coisa, teriam de perguntar em casa ao marido. É óbvio que os dois textos, segundo Ehrman (foto), não foram escritos pela mesma pessoa.

O estudioso disse que o propósito dos forjadores dos textos bíblicos foi acalmar os ânimos dos líderes da igreja primitiva, porque entre eles havia muita discordância sobre como tratar as mulheres, o relacionamento entre senhores e escravos, como teriam de ser os ritos e por aí vai.

Assim, como diferentes grupos disputavam entre si o poder da seita, eles introduziram na Bíblia textos que atendessem aos seus interesses. “Se você fosse um joão-ninguém, não assinaria o seu texto com o seu próximo nome, mas como Pedro e João.”Ehrman espera que o seu livro ajude as pessoas a aceitarem algo que ele próprio demorou em reconhecer. Ele foi um religioso fundamentalista e hoje é agnóstico.

Com informação da CNN e do site do autor.
por: Paulo Lopes fonte: jornalista Paulo lopes

A Critica ao livro por Demétrio
Sou estudioso e tradutor da Bíblia. A exegese é a ciência que estuda a Bíblia em profundidade. Nela se estuda a palavra como literatura que ela é. O dr. Ehrman é com certeza um dos maiores especialistas em critica textual do Novo Testamento. O que acho interessante nesse seu recente livro é que ela não apresenta nenhuma novidade exegética.

Todas teorias por ele apresentada já são discutidas há mais de 50 anos. Já sabemos que os nomes apresentados dos evangelhos são atribuição fictícia, que as cartas ao Efésios, Colossenses, Timoteo, Tito e Hebreus não são de Paulo. Que existem bilhetes não paulinos misturados às cartas verdadeiramente de Paulo. Que as cartas de João e de Pedro não são desses apóstolos. Que no Antigo Testamento os lentejando não foi escrito por Moisés. Que o homem é resultado da evolução dos primatas e que Papai Noel e o coelhinho da Páscoa não existem.

Essas descobertas são possíveis hoje com o auxilio das demais ciências que não existiam nos tempos bíblicos. Repito, dr. Ehrman não apresenta nada de novo. Caso queiram conferir, procurem nas introduções e notas de rodapé da Bíblia do Peregrino (Paulus, 2002).

Essas teorias já são antigas no universo das ciências exaustivas e hermenêuticas. Creio que elas são apenas novidade para agnósticos como o dr. Ehrman e para ateus que desconhecem os critérios da análise diacrônica e sincrônica da Bíblia. Os métodos histórico-críticos da exegese são de fundamental importância para o conhecimento da Bíblia.

Por fim, grande parte dos ateus e agnósticos é amante da ciência. Eles deveriam utilizá-la com mais frequência para realizar uma ótima crítica da Bíblia. Mas, infelizmente, muito ainda se contentam apenas com a leitura da Superinteressante e com livrinhos de banca da rodoviária como instrumentos e fontes científicas.

Dr. Ehrman era um fanático religioso e agora se tornou um fanático agnóstico. Fanatismo de qualquer espécie não presta.

mais:

acesse teclando Aqui
os acrécimos da biblia parte 1
os acrécimos da biblia parte 2
os acrécimos da biblia parte 3

sábado, 23 de julho de 2011

A estrela de Davi é um simbolo pagão ?

Mais um estudo que eu encontrei em alguns sites e estou disponibilizando em meu blog porque achei bom e util. Ja abordei este tema em outra postagem então isso é só um complemento com mais informações. Espero que gostem:
Estrela de Davi
Ao contrário do que se pensa e do que é pregado por evangélicos anti-semitas e anti-Yisrael, a Estrela de David não é um símbolo pagão.No entanto irmãos, é meu dever exortar a todos os que prezam a relação com os judeus e com o judaísmo, para que também não caiam nesta falácia babilônica, cujo intuito é apenas fazer nos distanciarmos das tradições do povo Yisraelita, tornando-nos ainda mais próximos dos povos estrangeiros. Este tipo de contratempo só serve para nos colocarmos contra a cultura e a tradição judaica, deixando nossos pensamentos confusos, obscuros e duvidosos a respeito da judaicidade bíblica do Mashiach Yeshu'a (Bendito Seja).

Vamos aos fatos:

Estrela de Davi (em português brasileiro) ou Estrela de David (em português europeu) (em hebraico: מגן דוד, transl. Magen David), conhecida também como escudo supremo de Davi (David), é um símbolo em forma de estrela formada por dois triângulos sobrepostos, iguais, tendo uma ponta para cima e outro para baixo, utilizado pelo judaísmo e por seus adeptos.

De acordo com a tradição judaica, este símbolo era desenhado ou encravado sobre os escudos dos guerreiros do exército do rei Davi. Esta tradição teve origem no fato de o nome hebraico para Davi (pronunciado David) ser escrito originalmente por três letras do alfabeto hebraico - Dalet, Vav e Dalet. Estes duas letras Dalet tinham uma forma triangular no alfabeto hebraico usado até então, uma variação do alfabeto fenício, conhecido como proto-hebraico. Estas duas letras então eram encravadas nos escudos dos soldados uma sobreposta a outra, formando uma espécie de estrela.
Proto hebraico
Este símbolo apareceu primeiramente ligado aos judeus já na Era do Bronze - no século IV a.C. - num selo judaico achado na cidade de Sidon. Ele também aparece em muitas sinagogas antigas na terra de Israel datadas da época do Segundo Templo e até mesmo em algumas depois de sua destruição pelos romanos. Não lhe era dado, ao menos aparentemente, um significado tão especial ou místico, mas ornamental, assim como muitas Estrelas de Davi foram achadas ao lado de “Escudos de Salomão” (estrelas de cinco pontas ou pentagramas) e, curiosamente, ao lado de suásticas. Um exemplo é o friso da sinagoga de Cafarnaum (século II ou III da era cristã) e uma lápide (ano 300 da era cristã), encontrada no sul da Itália. Apesar disso, a Estrela de Davi não aparece entre os símbolos judaicos mais importantes do período helenístico.

O testemunho mais antigo deste emblema na literatura judaica é mostrado no livro do sábio caraíta Yehudah ben Eliahu Hadasi, que viveu no século XII, em seu livro “Eshkol Hakofer”. No capítulo 242, ele expõe costumes de pessoas do povo que aos poucos foram mudando o símbolo do Escudo de Davi de um simples selo para um tipo de signo místico ou amuleto: “e os sete anjos na Mezuzá foram escritos - Miguel e Gabriel [...] o Eterno irá guardar-te e este símbolo chamado Escudo de Davi é escrito em todos os anjos e no final da Mezuzá...”. Assim sendo, já naquela época, este símbolo tinha um caráter místico, sendo freqüentemente gravado como uma forma de amuleto, protetor.

Junto com parte dos judeus devotos, expandiu-se a alegação de que a origem do símbolo da Estrela de Davi estava diretamente ligada às flores que adornavam a Menorá - candelabro de sete braços que fazia parte dos objetos do Templo em Jerusalém – feitas numa forma de relevo de lírios de seis pétalas, que faziam uma silhueta parecida com a forma da Estrela de Davi. Entre os que crêem nesta suposta origem do famoso símbolo, há uma interpretação que a Estrela de Davi foi feita diretamente pelas mãos do próprio Elohim de Israel.

Existem intérpretes que argumentam que o lírio branco é composto por seis pétalas num estilo parecido com a Estrela de Davi. De fato, esta é a flor que é identificada com o povo de Israel no livro bíblico de Cântico dos Cânticos.
Há pensadores que viram no conceito de “Estrela de Davi” e nos dois triângulos que a compõem uma ligação ou conexão com o elemento macho (o triângulo com a ponta voltada para cima, constituindo o símbolo masculino) e com o elemento fêmea (o triângulo voltado para baixo, constituindo a forma de um receptáculo). Há os que viram neste símbolo a relação entre o elemento celestial que aspira para a terra seu poder (o triângulo com a ponta para baixo), contra o elemento terrestre que aspira para o céu sua influência (o triângulo que aponta para cima). Outros pensadores argumentaram que a Estrela de Davi constituída por seis pontas representaria o domínio celestial sobre os quatro ventos, sobre o que está em cima e sobre o que está em baixo na terra.

De acordo com a Cabala (mística judaica), a Estrela de Davi insinua a representação das sete emanações divinas (sefirot) inferiores. Cada triângulo dos seis triângulos que formam os lados da estrela representariam uma emanação e o centro dos triângulos maiores sobrepostos da Estrela de Davi representariam a emanação denominada Malchut.
Os cristãos utilizam o símbolo como sinal de respeito a Israel, sendo esse o lugar onde eles acreditam que Yeshu'a voltará.
Durante a Alemanha nazista, os judeus que estavam aprisionados em campos de concentração possuiam a "estrela dos judeus" costurada em sua camisa. Dentro da estrela de Davi, ficava escrita a palavra "Jude", que em alemão significa "Judeu". O símbolo era usado para facilitar a identificação dos Judeus.

Depois do estabelecimento do Estado de Israel, quando não foi aceita a proposta de Herzl no tocante de uma bandeira com sete estrelas e outra idéia de uma com sete Escudos de Davi, o Conselho do Estado Provisório aceitou a decisão do comitê de uma outra proposta de um símbolo e de uma bandeira, confirmados em 28 de outubro de 1948. E assim mudou a estrela de Davi de um simples símbolo judaico ornamental para o nível de símbolo supremo do recém estabelecido Estado judeu, sendo parte central da bandeira da nação, tendo por cima e por baixo dela duas faixas azul-celestes. Porém, os cidadãos árabes do novo Estado argumentaram que não se identificavam com uma bandeira que era composta unicamente por símbolos judaicos – a Estrela de Davi e uma representação, por meio das duas faixas azuis, do xale de orações judaico (chamado em hebraico de Talit).

De maneira semelhante a como são representadas organizações como a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, usando símbolos de destaque de suas religiões, a organização israelita de ajuda humanitária e médica, denominada Escudo de Davi Vermelho (em hebraico Maguen David Adom), é representada – como o próprio nome já diz - por uma estrela de Davi vermelha como símbolo oficial. Esta organização de pronto-socorro médico, porém, não alcançou ainda um reconhecimento oficial internacional como as suas correspondentes nos países cristãos ou muçulmanos.



O mais antigo artefato judaico contendo uma Magen David de que há registro, é um selo encontrado na cidade de Sidon (Líbano), datado do século VII antes de Cristo.

A utilização ornamental de estrelas, de cinco ou de seis pontas, estendeu-se durante a Idade Média aos povos muçulmanos e cristãos e o hexagrama é encontrado em ambas as religiões. Iluminuras de manuscritos hebraicos medievais também contêm hexagramas. Ainda na era medieval, encontram-se os primeiros amuletos de proteção em que surge o hexagrama, como no Mezuzot (pergaminho-amuleto do judaísmo).

A partir do século XIII, na Espanha e na Alemanha, encontra-se manuscritos bíblicos nos quais partes da messorá (tradição oral judaica) são escritas em micrografia, em forma de hexagrama. Até o século XVI, os sábios cabalistas acreditavam que o símbolo não deveria ser desenhado com simples linhas geométricas; mas sim composto com determinados nomes sagrados e suas combinações.

Em 1354, o rei da Bohemia, Carlos IV (Karel), concedeu à comunidade judia de Praga, o privilégio de uma bandeira, que foi confeccionada num fundo vermelho e o hexagrama, centralizado, em dourado. Dessa forma, o símbolo, conhecido também como Marguen Davi (Escudo de Davi), adquiriu uma conotação religiosa e tornou-se também uma referência do estado.

A partir do século XVII, o hexagrama tornou-se emblema oficial de várias comunidades judaicas. Em meados do século XVII, em Viena, foi gravado sobre uma pedra que delimitava os bairros judeus e cristãos, juntamente com uma cruz. Quando os judeus foram expulsos desta cidade, levaram o símbolo para as outras cidades, como a Moravia e Amsterdã. No ano de 1799, foi utilizado para representar o povo judeu em uma gravura anti-semita. No decorrer dos séculos XIII e XIX, algumas instituições, como as sociedades beneficentes, usavam o símbolo em seus documentos. Em 1933, sob a decisão de Adolf  Hitler, a Estrela Judaica (como os nazistas, pejorativamente, referiam-se ao símbolo) foi utilizada nas vestimentas dos judeus para que fossem facilmente reconhecidos. Apenas em 1948, o hexagrama foi adotado pela bandeira do estado de Israel e tornou-se a maior referência do judaísmo.Vejam como todas as letras do alfabeto hebraico se encaixam na Magen David.
A estrela de Davi (chamada de Escudo de David), é um símbolo real, um selo de realeza representativo do reinado de David sobre a Terra, e por extensão do futuro Reino Messiânico sobre a Terra.Quando as nações pagãs iam à guerra, muitas vezes pintavam figuras para inspirar medo aos adversários nos escudos dos seus prórpios soldados (tais como dragões, cobras, etc.) No entanto, em Yisrael, o símbolo é o escudo de David.O nome David em hebraico é composto de três letras na segunte orderm: Dálet-Vav. Dálet. No hebraico antigo, a letra Dálet tinha a forma semelhante a um triângulo com vértice para cima.

Quando este símbolo foi gerado, não sabemos ao certo, no entanto sabemos que este símbolo é geometricamente construído em forma de estrela com as duas letras Dálet que compunham o nome David (entrelaçando-as, e girando uma das letras em 180o. para que seu vértice se colocasse para baixo). Como o tempo, este símbolo tornou-se símbolo da nação de Yisrael e do povo judeu, estando presente na própria bandeira de Yisrael.

No entanto, há um significado maior na estrela de David, que gostaria de comentar. A estrela de David é um símbolo do Messias de Yisrael, a saber, Yeshua HaMashiach (Jesus Cristo). Ele mesmo diz em Ap. 22:16, Eu, Yeshua, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às congregações. Eu sou a Raiz e a Geração de David.... O próprio Messias Yeshua, é da linhagem de David e se assentará no Trono de David no seu Reino Milenar na Terra, sendo então que o escudo de David representa por assim o futuro Reino Messiânico de Yeshua sobre a Terra.O que é mais tremendo do fato da estrela de David em sua representação do Messias Yeshua é o testemunho da sua natureza. Nas palavras do Rabbi Shaul.


"Cuidado que ninguém vos venha enredar com a filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo o Messias; 9. porquantom nEle, habita corporalmente, toda a plenitude da Divindade" Cl2,8-9


O ensino da Palavra de Elohim é clara quando diz que Yeshua, o Messias é o homem (pois nasceu nesta terra como homem, gerado no ventre de Maria pela união da semente da Palavra de Deus com Ruach Hakodesh - é evidente que Ele não vei do espermatozóide de José, nem do óvulo de Maria, mas de acordo com o relato de Lucas 1:30-38 a Palavra de Elohim foi enviado do Trono do Eterno por meio do anjo e Maria acolheu esta Palavra (Lc. 1:38), deixando que Ruach Hakodesh se unisse a esta Palavra gerando vida, a saber, Yeshua, que no hebraico quer dizer HaShem é salvação. Embora tenha sido gerado da união da Palavra com Ruach Hakodesh, Yeshua é o filho do homem pois nasceu na terra como homemm, pois entrou na terra pelo nascimento físico, nascendo de mulher).

Mas também a Palavra que ensina que o Messias é Deus. Ele é filho de Elohim, pois o filho herda a semente de seu pai, e Yeshua não veio da semente de José, mas sim da semente de HaAv (do Pai, que é Elohim), semente esta que é a prórpia Palavra de Elohim.

Além disso, a Escritura é clara ao ensinar que Yeshua é o ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS (1Tm 2.5). Ora, nós sabemos que um mediador precisa se identificar com ambas as partes mediadas para produzir a Paz entre ambas. Para ser um mediador entre Deus e os homens, Ele precisa entender às reivindicações de Deus, e ao mesmo tempo, as necessidades do homem. Ele precisa ser capaz de colocar as mãos no ombro do homem e reivindicar o que Deus pede, mas também precisa ser capaz de colocar as mãos no ombro de Deus e levar as necessidades do homem. Somente alguém que seja ao mesmo tempo Deus e homem é que pode se colocar nesta posição de trazer a Paz e reconciliação entre ambas as partes.

A pergunta que fica é: que relação tem o fato de Yehua ser ao mesmo tempo homem e Elohim com a Sua representação na estrela de David? É porque a estrela de David é composta de DOIS triângulos. Um representa Yeshua como homem (sendo que os três lados representam a tríplice divisão do homem: ele é um espírito que possui uma alma (mente natural) e que habita num corpo físico). E o outro triângulo representa Yeshua como HaShem. Os três lados deste outro triângulo fala na manifestação de Elohim nas Pessoas de HaAv, HaBen e HaRuach Hakodesh. A união dos dois triângulos falam da tarefa de Messias Yeshua de ser Mediador e Reconciliador entre Elohim e o homem.

Assim todas as vezes que os filhos de Yisrael olham para a estrela de David, estão olhando e vendo um testemunho do Eterno quanto ao prórpio Messias. Muito apreciado como emblema profiláctico, o hexagrama foi frequentemente adoptado como amuleto pelos povos cristãos e islâmicos, e não apenas no contexto popular judaico (chamado mezouzah e colocado à entrada das casas judias, como está consignado na Escritura Velha, em Deuteronómio, VI, 4-8).

Aliás, convirá sublinhar que o hexalfa, embora presente na Sinagoga de Cafarnaum (século III d. C.), só a partir do ano 1148 surgiria na literatura rabínica, especificamente no Eshkol Hakofer do sábio caraíta (qaraim ou bnei mikra, “seguidor das Escrituras”, sendo o Caraísmo uma ramificação do Judaísmo que defende unicamente a autoridade das Escrituras Hebraicas como fonte da Revelação Divina) Judah Ben Elijah, onde capítulo 242 expõe os costumes de pessoas do povo que aos poucos mudaram o símbolo do escudo de David de simples selo para um tipo de signo ou amuleto místico: “E os nomes dos Sete Anjos foram escritos na mezouzah… O Eterno irá guardar-te e este símbolo chamado escudo de David contém escrito no final da mezouzah os nomes de todos os Anjos”. Sendo assim, já no século XII este emblema possuía carácter místico e profiláctico, sendo frequentemente gravado como forma de amuleto protector.

O hexalfa tornar-se-á, durante o século XIII, atributo de um dos sete nomes mágicos do Metraton, o Anjo da Face associado à figura do Arcanjo Mikael ou São Miguel como o Chefe das Milícias Celestiais e o mais próximo de Deus Pai. Daí a sua associação ao Nome Divino Schaddai, chegando, posteriormente, a ser confundido com a Menorah (o candelabro de sete braço ou tramos flamejantes indicativos dos Sete Espíritos Diante do Trono: Mikael, Gabriel, Samael, Rafael, Sakiel, Anael, Kassiel), assumindo uma função redentora destacada na sinagoga e sendo apelidado Selo do Deus de Israel. Por isto o hexalfa figura na bandeira desse país.


Sinagoga de Cafarnaum (Século III d.C.)
 


PROVAS ARQUEOLÓGICAS DA UTILIZAÇÃO DA ESTRELA DE DAVID PELOS CRISTÃOS E JUDEUS MESSIÂNICOS PRIMITIVOS NO SÉCULO I,II,III E IV D.C

O Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém
Ressuscitado depois de quase dois mil anos de silêncio, de uma gruta adjacente à antiga Igreja Cristã do primeiro Século no Monte Sião! Descrito e desenhado em artefatos cerimoniais provavelmente mais utilizada pelo Pastor Tiago, o Justo, irmão de Yeshua e um dos Doze Apóstolos!

O símbolo é composto por três partes: Menorah, estrela de David e Peixe, mais uma vez proclama ao mundo a penetrante judaicidade de Yeshua HaMashiach e decididamente a fundação e raízes judaicas da Igreja fundada em seu nome.O Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém destrói as raízes do anti-semitismo enquanto proclama a urgente mensagem que quebra barreiras e restaura a unidade: judeu com judeu, e judeus com gentios.
A redescoberta da sinagoga judaico-cristã do primeiro século no Monte Sião tem sido a experiência mais emocionante e desafiadora da vida dos pesquisadores no ramo; emocionante, porque o Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém, reapareceu depois de quase dois mil anos de sepultamento, trazendo consigo implicações que, acreditamos, pode literalmente mudar o mundo; desafiador, porque têm, em suas pesquisas separadas, "desenterrado" uma quantidade enorme de informações, algumas inteiramente históricos, algumas mais biblicamente orientadas.
Esta "Igreja Mãe" inteiramente judia foi a gênese de toda a cristandade subseqüente eclesiástica, até os dias atuais.
Apesar de ter sido esculpido e pintado pelas mãos dos crentes primitivos, talvez até por um ou mais dos doze apóstolos, acredita-se que o Selo Messiânico proclama várias mensagens monumentalmente importantes, todos eles tão aplicáveis hoje como eram quando eles foram primeiramente descritos.

É de profunda esperança e expectativa de que essas mensagens do Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém vá atacar as próprias raízes e as fundações das várias barreiras artificiais que têm, ao longo dos séculos, separado judeu de judeu e judeu de Gentio, gerando os horrores do anti-semitismo.

Que haja também evolução a partir de tudo isso, um novo senso de unidade como a igreja retorna ao Monte Sião, e juntos, judeus e gentios crentes podem finalmente encontrar as raízes judaicas comuns de sua fé.

DIFERENÇAS ENTRE O HEXAGRAMA E A ESTRELA DE DAVID !!

O HEXAGRAMA SÃO DOIS TRIÂNGULOS, UM DENTRO DO OUTRO VEJA:

JÁ A MAGEN DAVID, SÃO DOIS TRIÂNGULOS SOBREPOSTOS !!
PERCEBEM A DIFERENÇA ?

O fato de outras culturas e povos terem se utilizado deste símbolo, não significa que devemos desqualifica-lo, do contrário, teríamos que desqualificar toda a língua hebraica, já que a mesma é utilizada por magistas para realizar evocação e ocultismo.Uma coisa não anula a outra, o fato de terem tomado para si a Magen David em outras culturas, não a desqualifica, não tira o seu significado e nem mesmo a sua característica na tradição judaica. Os evangélicos cada dia que passa criam novas teorias para colocar os outros cristãos em contramão com a judaicidade bíblica.

VAMOS TOMAR CUIDADO COM OS ANTI-SEMITAS, ELES QUEREM NOS COLOCAR CONTRA A TRADIÇÃO JUDAICA, FIRMANDO ASSIM A PERDA DA IDENTIDADE QUE TEMOS DO NOSSO MASHIACH COMO UM JUDEU AUTENTICO.



Shalom!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A história dos apostolos de Jesus

Os apostolos de Yeshua
"Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu: Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu" Mt10,2-3


Apóstolo é uma palavra derivada do grego que significa enviado. (Talmidin em hebraico) Inicialmente Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a chegada da Boa Nova ou do Evangelho. Jesus também tinha para ajudá-lo em vida, além dos doze apóstolos, cerca de 70 discípulos, palavra derivada do latim que significa aluno. Nos seus doze homens, originalmente um era coletor de impostos, outro carpinteiro e vários outros eram viajantes ou pescadores que exerciam sua profissão nas águas da Galiléia. Quando foram chamados para servir, eles se dedicaram a ser testemunhas para o mundo daquele que os chamara. Abaixo segue o nome dos discípulos principais ou apóstolos escolhidos por Jesus Cristo há cerca de dois milênios:Simão chamado Pedro, o príncipe dos apóstolos,André, o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro,João, o apóstolo bem-amado,Tiago, o Maior, irmão de João,Filipe, o místico helenista,Bartolomeu, o viajante, Tomé, o ascético, Mateus ou Levi, o publicano, Tiago, o Menor,Judas Tadeu, o primo de Jesus,Simão, o Zelota ou o ananeu,Judas Iscariotes, o traidor, Após a traição de Iscariotes, Matias foi escolhido pelos demais para ocupar seu lugar no colégio apostólico. Mais rigorosamente seria o 13º apóstolo. Outro famoso apóstolo, Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, não foi testemunha ocular de Jesus Cristo, mas convertido através de visões do Jesus ressuscitado, tornou-se um dos mais ardentes apóstolos do cristianismo. 
A ceia de Leonardo DaVinci
SIMÃO PEDRO
Era um homem de contrastes. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Ele respondeu de imediato: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo" (Mt 16.15-16). Alguns versículos adiante, lemos: "E Pedro chamando-o à parte, começou a reprová-lo..." Era característico de Pedro passar de um extremo ao outro.
Ao tentar Jesus lavar-lhe os pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: "Nunca me lavarás os pés." Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: "Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça" (Jo 13.8,9).
Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: "Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!" (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus mas praguejou (Mc 14.71).
Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o ES o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um "homem-rocha" (Pedro significa "rocha") em todo o sentido.


Os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At 15.14), que pode significar "ouvir". O Segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa "rocha". O quarto nome era Pedro, paralavra grega que significa "Pedra" ou "rocha"; os escritores do NT se referem ao discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três.
Quando Jesus encontrou este homem pela primeira vez, ele disse: "Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas" (Jo 1.42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galiléia        (Mt 4.18; Mc 1.16). Ele falava com sotaque galileu, e seus maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia (Mc 14.70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André. (Jo 1.40-42)
Enquanto Jesus pendia na cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galiléia que "permaneceram a contemplar de longe estas coisas" (Lc 23.49). Em 1Pe 5.1, ele escreveu: "...eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo..."
Pedro encabeça a lista dos apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o  líder mais influente da igreja primitiva. Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2.14-40). Ele sugeriu que os apóstolos procurassem um substituto para Judas Iscariotes (At 1.22). Ele e João foram os primeiros a realizar um milagre depois do Pentecoste, curando um paralítico na Porta Formosa (At 3.1-11).


O livro de Atos acentua as viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia (Gl 2.11), Corinto (2Co 1.12) e talvez Roma.
Pedro sentiu-se livre para servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2.8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da igreja  e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro foi relegado a segundo plano na narrativa do NT.
A tradição diz que a Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja primitiva.



ANDRÉ 
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, também conhecido como o Afável foi escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro mais importantess, junto com Pedro, João e Tiago, sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por ocasião do discurso sobre a consumação dos tempos de Jesus, na primeira multiplicação dos pães e dos peixes e quando, juntamente com Filipe, apresentou ao mestre alguns gentios.
Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de Cristo o título de Pescador de Homens e, portanto, o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo testemunho o levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer seu irmão mais velho, Simão Pedro a seguí-los.

Desde aquele momento os dois irmãos tornaram-se discípulos do Senhor e deixaram tudo para seguí-lo. No começo da vida pública de Jesus ocuparam a mesma casa em Cafarnaum. Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao mestre durante sua vida pública. Estava presente na Última Ceia, viu o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre grandes ameaças e perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por Cítia, Épiro, Acaia e Hélade.

Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação da Igreja local e apontou São Eustáquio como primeiro bispo.
Finalmente esteve na Trácia, Macedônia, Tessália e Acaia. Foi na Grécia, segundo a tradição, durante o reinado de Trajano, que foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo, por ordem do procônsul romano Egéias.Atado, não pregado, a uma cruz em forma de X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, embora que a evidência generalizada deste tipo de martírio não seja anterior ao século catorze. Suas relíquias foram transferidas de Patros para Constantinopla (356) e depositadas na igreja dos Apóstolos (357), tornando-se padroeiro desta cidade.

Quando Constantinopla foi invadida pelos franceses no início do século treze, o Cardeal Pedro de Cápua trouxe as relíquias à Itália e as colocou na catedral de Amalfi. Anos mais tarde, decidiram levar seus restos mortais para a Escócia, onde fora escolhido padroeiro, mas o navio que os transportava naufragou em uma baía que, por esta ocorrência, passou a ser denominada de Baía de Santo André.É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio. 



TIAGO MAIOR
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, André e seu irmão mais novo João.Aportuguesado para Santiago, significando a junção dos termos São + Tiago, também é conhecido como o Apóstolo Ambicioso. Também pescador e filho de Zebedeu e de Salomé, estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando Jesus os chamou. Testemunhou a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37), a transfiguração (Mc 9,2-13) e a agonia de Jesus no horto do Getsêmani (Mc 14,32). De acordo com Isidoro de Sevilha, em De vita et obitu Sanctorum (71, Vida e morte dos Santos), após a ascensão de Jesus, teria evangelizado a Espanha, tornando-se seu primeiro evangelizador e depois seu patrono.

Para revigorar esta tradição, no século IX o bispo Teodomiro, da cidade de Iria, afirmou ter reencontrado as relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade que depois mudaria o nome para Santiago de Compostela, tornou-se importante meta de peregrinações, especialmente durante a Idade Média. Conta-se também que após a morte de Jesus, permaneceu em Jerusalém com Pedro. Foi preso juntamente com Pedro, e decapitado por ordem do rei Herodes Agripa (At 12,2), depois da execução de Estêvão (35), diácono grego e exaltado pregador cristão e personagem de grande importância na história de Paulo de Tarso. Foi, portanto, o primeiro mártir entre os apóstolos de Cristo, o primeiro a dar a vida pela Fé. 


JOÃO

Um dos 12 e o mais jovem das apóstolos de Cristo e nascido em Batsaida, na Galiléia, autor do quarto evangelho e conhecido como o discípulo que Jesus amava, o único apóstolo que acompanhou Cristo até a morte na cruz, ao lado de Maria, ocasião em que lhe foi confiada a tarefa de cuidar de Maria, a mãe de Jesus. Filho do também pescador Zebedeu e de Salomé, uma das mulheres que auxiliavam os discípulos de Jesus, juntamente com o irmão mais velho, Tiago o Maior, tabalhava também como pescador no lago de Genezaré, quando foi convidado a seguir Jesus, logo depois de Pedro e André.

Com seu irmão, juntamente com Pedro e André, foram os discípulos privilegiados e participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus. Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração de Jesus na montanha e sua angústia no Getsêmani. Os dois foram os únicos apóstolos que ousaram pedir a Cristo que lhes fosse dado sentar um à direita, outro à esquerda. Da resposta de Jesus "do cálice que eu beber, vós bebereis" deriva a suposição de que os dois se distinguiriam dos demais pelo martírio. Viveu ainda mais de 70 anos depois da morte de Jesus Cristo. Esteve em Jerusalém (37) e depois por ocasião do Concílio dos Apóstolos, que se realizou em Antióquia.

Após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa evangelização. Mudou-se para Éfeso (67), onde viveu o resto de sua vida, morreu e foi sepultado. A partir dessa cidade, dirigiu muitas Igrejas da província da Ásia e foi ali escreveu o Quarto Evangelho, o último dos Evangelhos canônicos, e as Epístolas, três cartas aos cristãos em geral. De acordo com os Atos dos Apóstolos, quando acompanhou Pedro na catequese dos Samaritanos, com ele foi convencido por Paulo a desistir da imposição de práticas judaicas aos neófitos cristãos.

Durante o governo de Domiciano (81-96), foi exilado (93-97) na ilha de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o derradeiro livro da Bíblia, e narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as atribulações da Igreja e o seu triunfo final.

O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, pois a sua narrativa enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre com base no mistério da encarnação: o verbo feito carne e veio dar a vida aos homens. Foi o apóstolo da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. De acordo com Clemente de Alexandria, ordenou bispos em Éfesos e outras províncias da Ásia Menor.Ireneu afirmou que os bispos Policarpo e Papias foram seus discípulos. Os primeiros fragmentos dos escritos Joanitas foram encontrados em papiros no Egito datando de princípios do segundo século, e muitas escolas acreditam que ele tenha visitado estas áreas. Aparece representado por Michelângelo na cúpula da Basílica São Pedro, em Roma, pela imagem da águia. 


FELIPE
Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Betsaida, na Galiléia, segundo os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.Perdeu o pai exatamente na ocasião em que conheceu o Divino Mestre e tornou-se o quinto apóstolo na hierarquia de Cristo. Esteve presente na multiplicação dos pães e na última ceia (Jo 1,43-45; 6,5-7; 12,20-22; 14,8).Após a morte de Jesus viajou ao Egito, Etiópia (África) e ao Norte, e depois rumou para a Grécia onde viveu em Hierápolis com suas quatro filhas, que eram profetizas. Duas delas tornaram-se muito respeitadas por suas previsões. Era um judeu helenístico e, antes de mais nada, um evangelista para as sinagogas judaicas de língua grega da Cítia, Frígia e dos arredores da Grécia e Macedônia. No Evangelho de João aparece como grande amigo do apóstolo Bartolomeu.
O resto de sua vida não consta em nenhum relato, assim como a sua morte. Consta que em sua mensagem preservava um belo misticismo baseado na santidade do casamento.

Ordenou vários bispos entre os gregos e as suas igrejas desenvolviam sete sacramentos cuja mais alta iniciação era o Mistério da Câmara Nupcial, na qual a imagem ou Yetzer de Deus, que habitava no coração do discípulo, era reunido ao anjo ou alma ressuscitada.Portanto, ao contrário da pregação de outros apóstolos, em seu evangelho não havia ênfase na abstinência sexual ou abstenção do casamento. Conta uma tradição que ele morreu crucificado de cabeça para baixo, aos 87 anos, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano.As suas relíquias teriam sido transportadas a Roma e colocadas juntas com as de São Tiago Menor, na igreja dos santos Apóstolos. Este seria o motivo pelo qual a Igreja latina festeja os dois apóstolos no mesmo dia. 



BARTOLOMEU
Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de Nazaré, na Galiléia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo Filipe, sob uma figueira. Filho de Tholmai e também conhecido como Natanael, assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas. Uma tradição diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias, escrito em hebraico, e o perdeu.

As poucas anotações que restaram da era sub-apostólica e patrística indicam que este evangelho judeu era bastante diferente dos evangelhos gregos gentis de Mateus, Marcos, Lucas e João, assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos.

Diferentemente dos evangelhos gentis, estas tradições consideravam o Espírito Santo como a Divina Mãe de Cristo e não adoravam Jesus como uma divindade, mas como um irmão mais velho e líder da comunidade dos santos de Deus Muitas de suas obras são conhecidas através de traduções como O Evangelho de Bartolomeu, Pregação de São Bartolomeu no Oásis e a Pregação de Santo André e São Bartolomeu.

Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a verdade do Senhor segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, a sua esposa e muitos outros homens, em mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-lo. 



TOMÉ
Um dos doze apóstolos de Jesus e israelita de nascimento e mais um que pertencia a uma família de pescadores, que ausente no momento em que o Cristo reapareceu aos discípulos, exigiu destes provas materiais da ressurreição do Mestre e, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse suas chagas.Carpinteiro de origem e freqüentemente citado em passagens do Novo Testamento, nos quatro evangelhos.O Evangelho de João dá-lhe grande destaque. Em 11,16, cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia dizendo então aos discípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele! Foi ele que perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14,5-6).

Temperamento audacioso e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor. Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas que Jesus tinha voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e o ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!. E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos!Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! O apóstolo incrédulo respondeu Meu Senhor e meu Deus! (João 20,26-28), tornando-se o primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos.Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus.

Também chamado Dídimo ou Gêmeo (seu nome, tanto em aramaico Te'oma como em grego Didymos significa gêmeo) era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus.Segundo o bispo Eusébio de Cesaréia, do século IV, depois da morte de Jesus, o discípulo evangelizou a Pártia e, pela a tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto alvejado por lanças, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu.
Suas relíquias seriam venerados na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália



LEVI MATEUS
Um dos doze apóstolo de Cristo e escritor do primeiro dos três evangelhos sinóticos, que tem sido o mais utilizado pela igreja. Em hebraico o mesmo que Matias ou Matatias, significando presente (mathath) de Javé (Iah) ou dom de Deus, de acordo com o seu próprio Evangelho, seu nome original era Levi, filho de Alfeu, e foi chamado por Jesus junto ao mar da Galiléia, em Cafarnaum, quando trabalhava como publicano a serviço de Herodes Antipas. Era fariseu e publicano, ou seja, cobrador de impostos, justamente a classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem encargos dos judeus para serem entregues às autoridades romanas. A sua presença no grupo de apóstolos indicava que Jesus buscava salvação de todos, independente de origem, trajetória, família etc.

E ele aproveitou a oportunidade e transformou-se em um discípulo fiel, preocupado em demonstrar os judeus que seu Mestre, descendente da tribo de Davi, era o Messias esperado. Apesar de sua profissão anterior de coletor de impostos, foi Judas Iscariotes, porém, que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Embora conste da relação dos apóstolos, geralmente ao lado de Tomé, o Novo Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele.Da sua atividade após o Pentecostes, conhece-se somente as admiráveis páginas do seu evangelho, primitivamente redigido em aramaico.Denominado de primeiro evangelho, nele há mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus.

Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréiaem sua Historia ecclesiae, a História da igreja, a única referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II. Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes menos críveis, referenciam narrações dos sofrimentos e do seu martírio, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do santo teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno (1080), onde até hoje se encontram e sejam consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo. Apóstolo e evangelista, pela tradição ele pregou pela Judéia, Etiópia e Pérsia e a igreja romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro e seu símbolo como evangelista é um anjo.

OBS.: Os outros evangelhos sinóticos são os de Marcos e o de Lucas. Os três Evangelhos são assim chamados porque permitem uma vista de conjunto, dada a semelhança de suas versões e apresentam Jesus como uma personagem humana destacando-se dos comuns pelas suas ações milagrosas. O Quarto Evangelho, o de João, , o de João, descreve um Jesus como um Messias com um carácter divino, que traz a redenção absoluta ao mundo, relatando a história de Jesus de um modo substancialmente diferente, pelo que não se enquadra nos sinópticos. Em bom português sinóptico vem do grego synoptikós, que significa de um só golpe de vista entender várias coisas. Relativo a sinopse; que tem forma de sinopse; resumido.

O Evangelho segundo Mateus
Este evangelho não existe mais, mas pode ter sido a base do evangelho grego, mais tarde associado a seu nome.Destinou-se aos judeus-cristãos, objetivando demonstrar-lhes que era Jesus o Messias prometido de Israel. Seus escritos não devem ser confundidos com as Traduções e outras obras associadas ao Apóstolo Matias, embora seu evangelho hebraico tenha sido chamado de Evangelho de Matias - uma questão confusa para o leitor de língua Portuguesa.

Alguns estudiosos acreditam que os fragmentos existentes do Evangelho Segundo os Hebreus seja uma versão do evangelho hebraico ou aramaico original de Mateus. O Bispo Papias, discípulo do Apóstolo João, que viveu no final do primeiro século, é citado por Eusebius afirmando que Mateus compôs em aramáico os Oráculos do Senhor, então traduzidos para o grego por cada homem que fosse capaz.

Este é um importante testemunho, já que Papias passou grande parte de seu ministério coletando as primeiras memórias orais dos Apóstolos e seus discípulos. Clemente de Alexandria diz que ele não morreu violentamente, mas o Talmud afirma que ele foi condenado a morte pelo Sanhedrin judaico. Apesar da confusão entre as tradições de Mateus e Matias, parece que foi realmente Mateus quem se associou a André, sendo que existe um apócrifo intitulado Atos de André e Mateus.

TIAGO MENOR

Apóstolo de Cristo nascido em Nazaré, primo de Jesus e irmão de Judas Tadeu, também conhecido como o Desconhecido, que o evangelista Marcos chamou de o Menor para distinguí-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo de Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior (42), e após o afastamento de Pedro de Jerusalém. Agricultor, era filho de Alfeu, um irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria Santíssima. Tornou-se um membro altamente respeitado da recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém e é considerado o primeiro bispo de Jerusalém, cuja igreja dirigiu por cerca de vinte anos (42-62).

Também chamado de o Justo pelos primeiros cristãos devido à sua grande piedade, sua imagem austera sobressai pela Epístola que dirigiu, como uma encíclica, a todas as comunidades cristãs. Pertencem a ele as tradições Judáico-Cristã preservadas no Evangelho dos Ebionitas, Evangelho dos Hebreus, Elevações de Tiago, na última Epístola Canônica de Tiago e possivelmente em outras obras associadas a seu nome como o Protevangelium, embora haja dúvidas sobre isso. A sua epístola (carta dos Apóstolos e comunidades cristãs primitivas) apresenta autênticos ensinamentos preservados na tradição apostólica oral, com fortes expressões de admoestações e cujo texto continua atualíssimo.Foi um observador da normas judaicas, defendendo que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo.

Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus. Seus ensinamentos deram origem à sucessão apostólica Cristã-Judáica de Jerusalém, que contribuiu para a sucessão Síria, Jacobita, Armênia e Georgiana. A sua Liturgia, que se assemelha àquela do Bispo Cyril de Jerusalém (386), parece ser um desenvolvimento de 5 séculos através das tradições apostólicas de Jerusalém e é ainda usada por certos ramos da ortodoxia. Durante a perseguição dos cristãos na Palestina, segundo o historiadores Hegesipo, Clemente de Alexandria e o hebreu Flavius Josephus, o apóstolo teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo sacerdote Ananias. 



JUDAS TADEU
Apóstolo de Cristo nascido em Caná de Galiléia, na Palestina, era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago o Menor, que na última ceia, perguntou ao seu mestre: Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo? Agricultor, era filho de Alfeu ou Cleofas, um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús no dia da ressurreição e irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria Santíssima, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima. Tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago o Maior e João Evangelista.

Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze citados nominalmente por Mateus e Marcos, em seus Evangelhos, e um dos mais fervorosos do grupo. Conforme os textos apócrifos, teria sido o esposo nas bodas de Caná, e isto explica a presença de Maria e de Jesus naquela realização. Depois da ascensão de Jesus e que os Apóstolos receberam o Espírito Santo (1), no Cenáculo em Jerusalém, iniciou a pregação de sua fé no meio dos maiores sofrimentos e perseguições, pela Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas divulgando o Evangelho. Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém (50) e em seguida passou evangelizando pela Mesopotâmia, atual Pérsia, Edessa, Arábia e Síria.

Parece claro que destacou-se principalmente na Armênia, Síria e Norte da Pérsia (43-66), sendo o primeiro a manifestar apoio ao rei estrangeiro, Algar de Edessa.Na Mesopotâmia ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão o Zelota, aparentemente viajando em companhia de quinto Apóstolo a ir ao Oriente. Segundo relata São Jerônimo, ambos foram martirizados cruelmente quando estavam na Pérsia, mortos a golpes de machado (70), desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusarem a prestar culto à deusa Diana. Assim, na igreja ocidental, os dois santos são celebrados juntos em 28 de outubro.A Igreja Ortodoxa Grega, contudo, distingue Judas de Tadeu, celebrando Judas, "irmão" de Jesus, em 19 de junho, e o apóstolo Tadeu em 21 de agosto.

Devido à forma como foi martirizado, sempre é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio. Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70.

Pentecostes: o Espírito Santo desce sobre os discípulos em Jerusalém.
Os Atos dos Apóstolos relatam que, cinqüenta dias após a páscoa da ressurreição, no dia de Pentecostes, os discípulos estão reunidos em uma sala em Jerusalém e ali recebem o Espírito Santo, que os impeliu a pregar aos judeus provenientes de muitas nações. Para grande admiração, os discípulos são compreendidos nas várias línguas maternas dos presentes. Vários povos são citados: partos, medos, elamitas e habitantes da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, da Líbia, de Roma, Creta e da Arábia. A partir desse momento, a Igreja primitiva começa a sua obra missionária de evangelização do mundo.



SIMÃO ZELOTE
Apóstolo de Jesus Cristo nascido na Galiléia, escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento, é o mais desconhecido dos apóstolos.
Nas listas dos 12 apóstolos, seu nome aparece em décimo primeiro lugar e, a seu respeito, a Sagrada Escritura conserva somente o nome, derivado de Simeão e significa Ouvido de Deus. Para distingui-lo de Pedro, que também se chamava Simão, os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelote (Lc 6:15) ou Cananeu.Os zelotes eram os patriotas de Israel, lutadores pela pátria, que desejavam a imediata libertação política e religiosa de Israel. Alguns estudiosos acreditam que Cananeu deriva de Canaã, a terra de Israel. Esse apelido pode significar tanto a cidade de origem, como a sua participação na seita ultra-nacionalista e não religiosa chamada de Os Zelotes, ou zeladores, conservadores das tradições hebraicas que lutavam para a libertação de Israel dos Romanos.

Como os outros apóstolos, também percorreu os caminhos da Palestina pregando o Evangelho. Da mesma forma que Felipe, parece ter ido primeiro ao Egito, seguindo a tradição sinóptica de que Jesus enviava seus discípulos aos pares. No entanto, parece ter voltado através da África do Norte, Espanha e Bretanha, chegando à Ásia Menor.Deste ponto pode ter viajado com Judas pela Mesopotâmia e Síria, juntado-se à outros Apóstolos orientais na Pérsia. Segundo uma notícia de Egésipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, contando já com a avançada idade de 120 anos. 



JUDAS ISCARIOTES
Um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, nascido em Kerioth, localidade da Judéia, foi o que traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a significar a traição. Único que não era galileu, era filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26), sendo seu nome uma helenização do nome hebraico Judá.

Por isso alguns estudiosos entendem que o nome Judas foi diabolizado no Novo Testamento, com a intenção de agredir o povo judeu, como sendo responsáveis morais pela morte de Cristo. Durante muito tempo, a Igreja Católica associou a sua figura ao povo judeu por não terem aceitado Cristo como o prometido Messias e esta convicção tornou-se uma das justificativas

antissemitistas. Segundo as tradições foi um dos primeiros a juntar-se a Cristo e provavelmente por isso e por ser um dos poucos instruídos, tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi designado para cuidar do dinheiro comum.Por causa de seu amor ao dinheiro, também foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, que naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica.

Depois da última ceia, Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de Getsêmani.
Aproximava-se da meia-noite, quando por entre os arvoredos do Getsêmani, ele chegou acompanhado por um destacamento da guarda romana e grande multidão de pessoas, com espadas, paus, lanternas e archotes, vindos por ordem do Sumo Sacerdote José Ben Caifás, para prender Jesus.O traidor conhecia muito bem os lugares onde O Salvador gostava de ficar e foi fácil localizá-lo. Conforme o combinado, em troca de trinta moedas de prata, identificou-o para os soldados romanos, beijando-o e chamando-o de mestre. Imediatamente preso os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás, onde também se encontrava Anás, seu sogro e diversos outros sacerdotes.

Lá mesmo, improvisaram uma sessão extraordinária do Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a presença de todos os membros. Conta Mateus (27:3-10), que ele se arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcando-se numa figueira.Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue.No folclore brasileiro é tradição a malhação de Judas no sábado de aleluia: um boneco de palha, é enforcado em um poste ou galhos de árvores e depois de derrubado a tiros é estraçalhado ou queimado pelo povo. 



MATIAS
Apóstolo de Cristo de quem menos se sabe entre todos os apóstolos e escolhido por eles, entre os numerosos discípulos que seguiam Jesus desde o começo de sua vida pública, para preencher a vaga no colégio apostólico deixada por Judas Iscariotes após seu suicídio.Testemunha de todo o drama da paixão, morte e ressurrreição de Jesus, de acordo com os evangelhos, teria sido, então, um dos cerca de 70 discípulos enviados pelo Mestre a diversas cidades após a ressurreição, para difundir o Evangelho.

Sua escolha foi descrita nos Atos dos Apóstolos disputando a posição com José Barsabás. Sua eleição significou, na hierarquia cristã, ter sido o primeiro bispo ou recipiente da sucessão apostólica.Estabeleceu o fundamento para o Cristianismo Egípcio e de acordo com seus ensinamentos, os filósofos esotéricos cristãos do segundo século, Alexandria e os alexandrianos, Basilides e seu filho Isadore, estabeleceram a forma gnóstica de misticismo que é característica dessa interpretação.

Foi um dos cinco Apóstolos na Armênia sendo mais provável que ele, e não Mateus, quem tenha sido condenado e martirizado pelo Sanhedrin judaico na Pérsia. Poucos relatos existem sobre sua vida, mas a tradição diz que ele morreu martirizado e decapitado em Colchis, perto do Mar Negro e, muitas vezes, teve seu nome confundido com o de Mateus. Ele está ligado também à Etiópia, que pode ter sido uma parte da Macedônia ou Armênia, e teve fortes ligações com Felipe, Tomé e outros evangelistas da Etiópia.Contudo, as histórias que o conectam ao Norte da África e a visitas aos canibais podem apontar para a Etiópia Africana, citada por Felipe através das sobreviventes tradições dos Cristãos Cóptas.

PAULO O APOSTOLO DOS GENTIOS
Apóstolo do ceistianismo nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia, o mais importante nome para a perduração dos ensinamentos de Cristo. Descendia de uma família hebreus da tribo de Benjamin, que haviam obtido a cidadania romana, de grandes posses e prestígio político. Seus pais, sendo como eram, fiéis à lei mosaica, o mandaram logo para Jerusalém para ser educado lá. Fariseu fervoroso, recebeu na circuncisão o nome de Saulo e teve como preceptor um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo, o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel, de quem recebeu as lições sobre os ensinos do Antigo Testamento.

Foi este Gamaliel, cujo discurso se contém nos Atos dos Apóstolos 5. 34-39, que aconselhou o Sanedrim a não tentar contra a vida dos apóstolos. Ele possuía alguma coisa estranha ao espírito farisaico, a qual se avizinhava da cultura grega. Em seu discurso demonstrava um espírito tolerante e conciliador, característico da seita dos fariseus. Celebrizou-se por seus vastos conhecimentos rabínicos. Aprendeu o ofício de fazedor de tendas, das que se usavam nas viagens. Recebeu uma educação subordinada às tradições e às doutrinas da fé hebraica e, embora fosse filho de um fariseu, At 23, tornou-se um cidadão romano.

Pelos seus dizeres na epístola aos filipenses 3. 4-7, aparentemente ocupava posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras. Tornou-se membro do concílio, At 26. 10, e logo depois recebeu a comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos, 9. 1, 2; 22. 5.

Apareceu no cenário da história cristã, como presidente da execução do diácono Estêvão (
¹)o protomártir do Cristianismo, a cujos pés as testemunhas depuseram suas vestimentas At 7. 58.
Na Bíblia aparece então no 7º capítulo do livro Atos dos Apóstolos, guardando as vestes do diácono, que foi apedrejado, concordando, portanto, com a condenação. Depois disso, empreendeu forte perseguição aos cristãos.Na sua posição odiava a nova seita, não só desprezando o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado. Este seu ódio mortal contra os discípulos de Jesus durou até ao momento da sua conversão, que aparece no 9º capítulo. Foi no caminho de Damasco que se deu a sua repentina conversão (30). Ele e seus companheiros viajavam pelos desertos da Galiléia e quando, ao meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26. 13, repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os.

Todos se ergueram, mas ele continuou prostrado por terra. Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão (
²)". Respondeu ele então: "Quem és tu Senhor?" E veio a resposta: "Eu sou Jesus a quem tu persegues. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer". Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, nem entender.

Ofuscado pelo intenso clarão da luz, foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco e hospedou-se na casa de Judas, onde permaneceu três dias sem ver, sem comer e nem beber, orando e meditando sobre a revelação divina. Guiado pelo Senhor, o judeu convertido Ananias, foi visitar-lhe e ao se encontrar com o grande perseguidor, recebeu a confissão da sua nova fé. Certo de sua conversão Ananias impôs-lhe as mãos, fê-lo recobrar a visão e o batizou. Batizado, foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por três anos. A partir de então, com a juventude e a energia que o caracterizava, e para grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 9 10-2 .Regressou à Jerusalém, onde sofreu a desconfiança dos que não acreditavam na sua repentina conversão e instalou-se em Antióquia, na Síria, de onde fez três grandes viagens missionárias, ao longo de 25 anos.

Pregou na Ásia Menor, Grécia e Jerusalém, até ser preso em Cesaréia (61). Levado para Roma, permaneceu dois anos sob custódia militar, gozando de relativa liberdade, suficiente para receber os cristãos e converter os pagãos. Durante esse período escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses, aos Efésios e a Filêmon. Inocentado (63) passou pela Espanha, visitou suas comunidades no Oriente, onde foi preso e novamente levado para Roma (67) sob a acusação de seguir uma religião ilegal. São desse último período as duas cartas a Timóteo e a carta a Tito. Por ordem de Nero desta vez não teve perdão e foi condenado à morte, mas por ser um cidadão romano não deve ter sido crucificado e, sim, decapitado. Além de alguns discursos a ele atribuídos, mencionados nos Atos dos Apóstolos, deixou 14 cartas dirigidas a várias comunidades convertidas e a amigos.

Nas cartas que escreveu às comunidades que fundou, mostrou-se o grande teólogo empenhado em elaborar uma síntese do mistério cristão que atravessasse os tempos.Esses documentos caracterizam-se por conterem valiosas regras de vida completamente atemporais, que jamais perderão seu significado se praticados para garantirem a harmonia em qualquer sociedade, em qualquer época.Também em seus ensinamentos observa-se o esclarecimento da distinção entre judaísmo e cristianismo e a difusão deste último no mundo grego.

É celebrado nos dias 25 de janeiro, tradicionalmente o dia da sua conversão, e 29 de junho, o dia de sua morte. Não era apóstolo oficialmente, mas foi considerado o apóstolo do gentios por causa da sua grande obra missionário nos países gentílicos. Ele dizia de si mesmo: "Eu trabalhei mais que todos os apóstolos... e ai de mim se não evangelizar!", mas também dizia: "Eu sou o menor dos apóstolos... não sou digno de ser assim chamado".

(
¹) Santo Estêvão, considerado o protomártir, nascido e morto em Jerusalém (35), judeu convertido, foi um dos sete diáconos eleitos pela comunidade cristã de Jerusalém para presidir ao serviço das mesas (At 6,5-11; 7,54-60).Despertando a antipatia dos judeus helenistas, enciumados do sucesso com que exercia o seu ministério, foi acusado de ter blasfemado contra Deus, a religião e o Templo. Conduzido ao Sinédrio, foi condenado à lapidação. Saulo, o futuro apóstolo Paulo, presenciou o martírio. As relíquias de Estêvão, descobertas em Constantinopla (415), foram transportadas para Veneza (1110).

(
²) A frase "Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão", não quer dizer que ele agia contra a sua vontade, ou que já reconhecia a verdade do Cristianismo, e sim, quer dizer antes que era insensatez resistir aos propósitos divinos.

Apocalipse I - A Mulher, a besta e o dragão e os sete selos

Quatro feras de Daniel
A BESTA

A besta que surge do mar descrita por João em apocalipse 13 é a mesma quarta fera que Daniel descreve em Daniel 7. Apesar de muitos acharem que a besta será o papa, as nações unidas, um bloco economico etc.... a besta já veio. basta analisarmos o livro do apocalipse e sua linguagem simbólica em conjunto com o livro de Daniel.

Daniel 7 relata uma visão que o Eterno concedeu a Daniel sobre os quatro reinos que iriam dominar o mundo. Vou me focar no quarto reino, mas antes irei dar uma breve analisada nos três reinos anteriores.

1º Reino - Leão que possuía asas de águia. = Representa o primeiro reino que governou o mundo conhecido da época, Babilônia cujo rei mais "famoso" foi Nabucodonosor, as asas de águia representam grande rapidez de conquista.

2º Reino - Urso que tinha na boca três costelas e que devorava muita carne. = Representa o segundo império que dominou o mundo que foi o império Medo-Persa. O império Medo-Persa invadiu e conquistou Babilônia em uma noite. As três costelas se referem aos três povos que ofereciam resistencia ao império Medo-Persa que eram: Babilônia, a Lídia e o Egito. Seu maior imperdor foi Ciro, o Grande.

3º Reino - Leopardo com 4 asas de ave e 4 cabeças. = Representa a Grécia de Alexandre, o Grande. As 4 asas se referem a rapidez de conquista, e por ser 4 asas representa que dominaria os territórios muito mais rápido que os reinos anteriores.
As 4 cabeças representam os 4 generais de Alexandre, o Grande que eram:
Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolemeu.

4º Reino - Animal terrível com dentes de ferro e 10 chifres, três chifres foram arrancados e subiu 1 chifre pequeno que tinha olhos e boca. = Representa o quarto império a dominar o mundo, Roma:  "O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços" Dn 7,23

A besta tem dez chifres:
"Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres." Dn 7,7
"E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia" Ap 13,1

Os dez chifres são dez reis:
"E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis" Dn 9,24
"E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta" Ap 17,12

A besta profere blasfêmias contra o altissimo:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" Dn 7,25
"E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses" Ap 13,5-6

A besta destrói os santos dos altissimos:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" Dn 7,25
"E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação" Ap 13,7

A besta age por 42 meses:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" Dn 7,25
"E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses" Ap13,5

Roma foi o quarto império a subjulgar israel e o que mais oprimiu o povo Israelita. Os dez chifres foram os dez imperadores romanos que mais oprimiram e massacraram o povo de Israel:



A MULHER VESTIDA DE SOL
"E VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz" Ap12,1-2
A mulher e o dragão

Mulher em linguagem profética significa cidade. Aqui no caso a mulher de apocalipse 12 representa o próprio povo de Deus, Israel. Apesar da teologia católica ter enchergado nesta passagem uma referência a Maria, dentro do contexto, vemos que não se refere. Maria nunca foi perseguida e nem ajudada pela terra. João descreveu aqui de forma simbólica, Israel mesmo. Vejamos o que disse o profeta Jeremias:

"Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava."  (Jeremias 2 : 2)

"Porventura esquece-se a virgem dos seus enfeites, ou a noiva dos seus adornos? Todavia o meu povo se esqueceu de mim por inumeráveis dias."  (Jeremias 2 : 32)

Como vemos, Jerusalém sempre foi referida como a noiva do Eterno e não Maria, portanto é a Jerusalém que se aplica esta passagem. A mulher que João viu estava vestida de sol, com a lua aos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça. Deus é o sol da justiça que se refere aqui. As doze estrelas são as doze tribos de Israel. Apesar de alguns atribuirem a Maria e as estrelas aos apostolos, Maria não teve os apostolos por dicipulos, Portanto mais uma vez vemos que é uma referência a Jerusalém/Israel e não a Maria. Confirmamos isso nos versiculos seguintes, quando a mulher da a luz a um filho varão. O filho varão que regerá as nações com vara de ferro é o próprio Yeshua. As dores de parto representadas nesta profecia se referem ao fato do messias ter nascido durante a dominação romana, quando os Romanos estavam subjulgando Israel e oprimindo seu povo.

O DRAGÃO
"E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas" Ap12,3
A besta romana

O dragão mencionado aqui é Roma. Note que o dragão tem sete cabeças e o próprio anjo explica o que significam estas sete cabeças: "As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada" (apocalipse 17,9) Roma é a cidade das sete colinas e sempre foi chamada assim, apesar de no mundo antigo ter havido outras cidades chamadas assim também, neste contexto podemos concluir que se trata de Roma mesmo. Portanto, João estava descrevendo o império Romano. Os dez chifres do dragão, assim como da besta que é também o império romano, são dez reis desse império. Note que assim como o anjo explica isso para João, o mesmo anjo ja havia explicado isso mesmo para Daniel:

"E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis" Dn 7,24

"E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta" Ap 17,12

Apesar de muitos conspiracionistas tentarem enchergar nesse versiculo dez reinos, dez potencias mundiais ou de formas de governo, tanto em Daniel quanto em Apocalipse a biblia é clara ao dizer que são dez reis. Os dez chifres são os dez imperadores romanos que perseguiram o povo de Deus, Israel:

1º)Tibério (14 - 37)
2º)Calígula (37 - 41)
3º)Cláudio (41 - 54)
4°)Nero (54-68)

Transição entre dinastia JULIUS e dinastia FLAVIUS

Galba (68 - 69) (não obteve reinado)
Oto (69)            (não obteve reinado)
Vitélio (69)        (não obteve reinado)

2ª DINASTIA DOS FLÁVIUS E ANTONINUS

5º)Vespasiano (69 - 79)
6º)Tito (79 - 81)
7º)Dominiciano (81 - 96)
8°)Nerva (96 - 98)
9°)Trajano (98 - 117)
10°) Adriano (117 - 138)

"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo"
Dn7,25

"E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los" Ap 13,7

Roma é a besta que surge do mar
Os dez chifres são dez reis (Os dez imperadores romanos que perseguiram os cristãos e judeus)



Na parte da besta vamos abordar melhor estes reis. Muitos pensam que este dragão é o diabo, um ser, que faz guerra no céu e derruba um terço dos anjos consigo. A palavra dragão, besta e fera possuem o mesmo significado. Algumas versões biblicas inclusive traduzem a palavra besta como fera em apocalipse 13. Todas significam impérios que se oponhem ao povo de Deus. A tradição judaica sempre enchergou esta palavra como simbolo de uma nação inimiga. mas devido a um versiculo interpretado literalmente, as pessoas pensam ser um ser: "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele" A palavra diabo e satanás significam opositores. Quem se oponhem a vontade divina. A antiga serpente é a antiga vontade de se opôr a Deus. Interpretar literalmente pode ocasionar alguns problemas. Primeiro, o que satanás estaria fazendo no céu? Porque Deus ou o próprio Yeshua não combatem com ele, mas Miguel? Será mesmo que Deus Oniciente permitiria uma rebelião nos céus e ainda anunciaria através de seu profeta? Isso não teria lógica. O que Miguel esta combatendo é Roma mesmo, assim como o mesmo Miguel ja combateu outros principes de povos que se opuseram ao povo de Deus:

"Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia." 
(Daniel 10 : 13)

"E ele disse: Sabes por que eu vim a ti? Agora, pois, tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia."  (Daniel 10 : 20)

Miguel é o arcanjo que sempre combateu por israel E sempre foi considerado o principe do povo de Deus:

"Mas eu te declararei o que está registrado na escritura da verdade; e ninguém há que me anime contra aqueles, senão Miguel, vosso príncipe."  (Daniel 10 : 21)

E o próprio Daniel ja havia profetizado que Miguel combateria contra Roma:

"E NAQUELE tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro."  (Daniel 12 : 1)

Mas muitos enchergam nesta passagem uma queda de satanás devido ao livro dizer que Satanás arrastou consigo um terço das estrelas. Isto também foi profetizado por Daniel, representando um Homem, e não um ser, que faria guerra nos céus e derrubaria as estrelas. Isto tudo é linguagem simbólica e não literal, vejamos:

"E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra"
Dn 8,10-11

Como vemos, Daniel diz que este principe se engrandeceria até contra os exércitos dos céus e das estrelas. É um homem, não um ser, e isto é uma linguagem simbólica, não literal, senão significaria que este homem subiu nos céus e fez guerra aos anjos. Não teria lógica interpretar isso literalmente. João só esta descrevendo o acontecimento profetizado anteriormente por Daniel de que um rei subiria aos céus (linguagem simbolica) e derrubaria um terço das estrelas. vejamos os versiculos seguintes de apocalipse 12

"...o dragão (ROMA) parou diante da mulher (Israel) que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro (Yeshua); e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono." Aqui não há nem nescessidade de explicar que se refere ao Messias.

"E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias" Os três anos e meio descritos aqui, ou 1260 dias, se refere a revolta judaica no ano 132, quando os judeus resistiram aos romanos por quase quatro anos. Isso aconteceu literalmente e é história.

"E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite" Esse versiculo se refere a queda de Jerusalém, pois o acusador mencionado aqui é o próprio Israel que perseguia e acusava os seguidores do messias, e foram vencidos pelos mesmos. No caso, o acusador de alguém são seus pecados. E o texto esta dizendo que os pecados de Israel foram derrubados ou vingados, como disse o próprio messias: ....porque estes são dias de vingaça...

Nos versiculos seguinte vemos que o dragão persegue a mulher e a terra ajuda a mulher. Os romanos continuaram a perseguir os Israelenses e depois, o anti-semitismo, e os judeus foram forçados a migrarem por diversas partes da Europa. A terra simboliza as nações que abrigaram os judeus, ainda que temporariamente. O próprio livro é bem claro ao dizer que o dragão persegue os que guardam os mandamentos de Deus, isto é, os judeus e também as testemunhas de Jesus, os cristãos:
As bestas mitologicas

"E o dragão (Roma) irou-se contra a mulher(Israel), e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus(Judeus), e têm o testemunho de Jesus Cristo(cristãos)"

A BESTA
A besta que João descreve é também uma referência ao império romano e seus imperadores monstros. A besta veste purpura e escarlate, cor das vestes dos soldados e imperadores romanos. A besta tem sete cabeças que são as sete colinas de Roma ou os sete reis. A besta tem dez chifres que são os dez imperadores Romanos que perseguiram os cristãos e judeus:  Uma das cabeças da besta foi ferida de morte, referindo ao imperador Caligula que ficou gravemente ferido e todos pensaram que ele iria morrer, mas depois se recuperou. A besta profere blasfêmias e arrogãncias por quarenta e dois meses, referindo-se aos três anos e meio que os romanos fizeram guerra contra Israel e os venceram. Os romanos ja tinham destruido o templo sagrado no ano 70 (blasfêmia) e após a revolta judaica que foi talvez uma das maiores tribulações do povo judeu, os romanos decretam o judaismo ilegal e reconstroem Jerusalém como uma cidade romana.

O dragão depois tranfere seu poder a besta, simbolizando o poder politico que concedeu toda autoridade e poder ao poder religioso que se inicia no século quatro com Constantino. O dragão é preso posteriormente por mil anos (cap 20). Os judeus depois de muito migrarem conseguem um pouco de paz na Polônia. As maiores escolas de judaismo e sinagogas se concentram neste país onde os judeus vivem um periodo de paz por mil anos na conturbada idade média. A Polônia chega a ter um rei judeu por um dia. Uma antiga profecia rabinica ja dizia que os judeus descansariam por mil anos e Polônia em Hebraico significa lugar de descanso, exatamente como diz João em apocalipse que o dragão (opositor) seria preso por mil anos. Depois deste periodo, os judeus voltaram a serem perseguidos e mortos no leste europeu  e isto inia-se com o massacre de mais dois milhões de judeus pelo ultimo czar russo e culmina com o exterminio em massa conhecido como holocausto pela alemanha nazista. Exatamente após os mil anos de descanso como dizia a profecia: "E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão" Ap20,7
Alguns videos sobre o tema:
Satnás ja foi preso por mil anos e soltA besta e seus dez chifres




A mulher vestida de sol e o dragão






Paraler o estudo completo sobre o apocalipse acesse: http://exegeseoriginal.blogspot.com/2014/09/livro-o-apocalipse-ja-aconteceu-e-book.html
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por Ronaldo

parte II : Apocalipse II- A prostituta famosa e as duas testemunhas

parte III : parte 3-As duas testemunhas e o anti-cristo

parte IV : parte 4 -o numerod a besta
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