sábado, 27 de agosto de 2011

O nome de Deus é Yaohu Uluhim ? e do messias Yaohushua?



tetragrama sagrado proto e moderno
Sempre quando falo algo referente ao nome do messias ou ao tetragrama sagrado, é comum eu receber comentários e mais comentários de pessoas que defendem a pronuncia do nome como sendo Yaohu e do messias como sendo Yaohushua. O mais irônico disso é que a maioria são de pessoas que não falam hebraico e não estudam o idioma, mas a maioria defende isso devido á alguns videos do youtube e devido ao site antares que propaga este nome. O mais interessante é que dizem que o hebraico foi corrompido pelos judeus e que a palavra Elohim na verdade se pronunciaria Uhulim. Bom vamos analisar alguns pontos racionalmente. Baseado nesse raciocínio, os adepetos defendem que a pronuncia do tetragrama é Yaohu devido a transliteração das letras em hebraico, lembrando que no idioma hebraico não existem vogais. O hebraico é uma língua consonantal e existem sinais massoréticos criados pelos judeus que junto com as consoantes indicam os sinais vocálicos da vogal a ser pronunciada. Os sinais massoréticos foram criados justamente para não se perder a pronuncia do hebraico.

O tetragrama é formado por quatro letras hebraicas, Yud (י ) Hei (ה ) Vav (ו ) Hei (ה ) .Essas letras seriam correspondentes em português á YHWH, sendo o Yud correspondente a letra Y ou I, o Hei correspondente a letra H e o Vav correspondente a letra V ou W. O Vav também é usado como vogal e ao lado de uma determinada letra pode ser tanto O quanto U dependendo do sinal massorético que possui. Então segundo a transliteração deles Yud seria Yao, o Hei seria H simplesmente, mas junto com o Vav que nesse caso seria a vogal U formam Hu. E o ultimo Hei seria só uma aspiração da palavra na ponuncia. Formando então a palavra Yaohu. Tudo bem, não vou abordar a pronuncia do tetragrama, mas vou usar a analise deles mesmo para mostrar como existem contradições. Vamos tomar como certo a analise deles. Vejamos agora a palavra Elohim:
Elohim em hebraico

A palavra é formada pelas letras Alef (א ) Lamed (ל ) Hei (ה ) Yud (י ) e Mem (ם ). Como vemos nessa palavra não aparece nenhuma letra Vav que seria a letra que daria o som de U. Então se não tem essa letra, a pronuncia não pode ser ULuhim. Se eles usam o Vav como letra U no tetragrama, de onde tiraram o U nessa palavra se não tem essa letra? E ainda duas vezes? Como podem ler ULU him se não tem um vav sequer?

Dizem que EL é um deus pagão cananeu pai de Baal. Baal em hebraico também significa senhor. O próprio Eterno era chamado de senhor. Até que os hebreus começaram a cultuar um deus pagão e chamavam esse deus de senhor (BAAL). E isso fazia com que o povo se esquecesse do seu nome (tetragrama) pois cultuavam a esse senhor (BAAL)

"Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal."  (Jeremias 23 : 27)

A palavra El em hebraico significa Deus ou uma força, um poder. Elohim é o plural majestatico dessa palavra. Por isso Elohim significa divindade. Deus foi chamado com esse Titulo, os juzes de Israel recebiam esse titulo e até mesmo Baal é chamado desse titulo na bíblia.Vejamos:

"E sucedeu que ao meio dia Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um ELOHIM (deus); pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e despertará" 1Reis 18,27

A escrita em Gênesis acerca da criação é a mesma de Reis, é a mesma forma de linguagem e o mesmo alfabeto. Mesmo no arcaico a escrita seria a mesma nos dois livros. Então como pode Em gênesis le-se ULUHIM e em reis ler-se ELOHIM? Como se Elohim fosse uma divindade pagã pai de Baal. Mas se fosse assim enntão em gênesis, na narrativa da criação também seria porque a palavra é a mesma: אלהים

ELOHIM é um titulo e não o nome sagrado, e como vemos analisando sob a ótica deles mesmos, não tem como a pronuncia ser Uluhim porque não aparece nenhum sinal massorético que indique a letra U. No site antares eles dizem que os sinais massoréticos só surgiram no século VIII devido a dispersão dos judeus e por isso os judeus perderam a pronuncia do nome. Se isso fosse verdade, se os sinais só surgiram no século VIII, como eles podem alegar saber a pronuncia do tetragrama baseados apenas nas consoantes?
O sinal massorético "qâmatz gadol" ( ָ ) , representa uma vogal longa quando tem som de "a", e tem a pronúncia mais correta como um "a" com formato de "o", mas geralmente é utilizada apenas como "a" mesmo. O caso do "qamatz qatan", que tem o mesmo formato do "qâmatz gadol" , sua pronúncia é de "o" fechado, por exemplo na palavra כָל - "kôl" - "todo", e nesse caso, é uma vogal breve.

Portanto a pronúncia "ao" é inexistente no hebraico seja com qamatz gadol ou com qamatz qatan. Quanto a ter alguma vogal no Nome do Eterno, é uma das maiores mentiras que eles já contaram, pois como já foi dito por eles mesmos, não haviam vogais no hebraico até o século VIII e depois, quando o hebraico foi restaurado novamente, caíram novamente no desuso. Tanto que em Israel hoje não se usam mais os sinais massoréticos. Então como eles podem afirmar que o sinal massorético embaixo da primeira letra do Nome de D-us é um qamatz qatan ? Ou mesmo do nome de Yeshua ?

Então isso não tem nenhuma base lógica  e não é sustentado por nenhum linguista ou por quem entende o hebraico. O mais irônico disso tudo é a forma como isso se espalha e a imposição tamanha que eles fazem com relação ao nome. Dizem que o nome é importante e quem tenta esconde-lo é satanista, herege etc.... Se o nome é realmente tão importante, por que usar um nome errado? Porque defender tanto um nome que é tão refutado? Porque não pesquisar um pouco sobre o hebraico e a gramatica e ver se esta mesmo certo? Ou seja, é tão importante que qualquer um que me disser um nome qualquer eu me apego e pronto, mesmo sem entender nada de hebraico. O nome é importante sim, mas não mais que a fé. Milhões de pessoas no mundo e no Brasil não sabem hebraico e nem imaginam que o nome do messias seja Yeshua. Será que estão todas condenadas por isso? Será que não serão salvas porque não sabem hebraico? E as milhares de pessoas que usaram o nome Jesus antes de surgir esta história de pronuncia certa, será que foram condenadas? Eu falo yeshua porque é o nome do messias, mas também falo Jesus porque sei que milhares conhecem o messias por este nome e meus estudos não são para judeus, são para qualquer pessoa que quiser estudar e pesquisar.

O judaísmo não pronuncia o tetragrama em obediência a própria Torá que não permite a pronuncia em vão do mesmo, sendo uma violação gravíssima. Os judeus não revelam o nome sagrado porque ele não pode ser profanado. Imagine se esses pastores picaretas que surgem aos montes por ae soubessem a pronuncia do tetragrama! Ai além de pecarem e escarnecerem da palavra como muitos fazem eles ainda estariam blasfemando do nome sagrado que não pode ser usado em vão. Por isso que os tradutores judeus quando traduziram as escrituras para o grego, na "suposta" septuaginta, não colocaram o tetragrama substituindo-o por palavra gregas como Deus ou senhor. O nome sagrado não é um amuleto mágico que vai te fazer ficar milionário e tudo vai dar certo na sua vida. Não. O nome é para se louvar a Deus nas preces e orações e mesmo assim o judaísmo é arredio em revelar a pronuncia porque segundo o judaísmo nós pecamos em pensamentos também. Não podemos por exemplo pensar no nome sagrado pensando em adquirir bens. Isso ja seria um erro. Como o próprio Yeshua falou em mateus 5, se alguém ao menos cobiçar algo em pensamento ja cometeu pecado. Portanto, o recomendável é que cada um estude, aprenda um pouco e na hora certa acabará aprendendo o nome sagrado.

O nome Iahwéh não é a pronuncia do tetragrama, mas é defendido por teólogos como a pronuncia mais próxima do original. Não é a pronuncia original e algumas bíblias que usam essa pronuncia como a bíblia de Jerusalém comenta em seu rodapé que essa só é uma forma respeitosa do mais próximo da pronuncia original. A palavra foi formada usando as vogais de Adonay com o tetragrama. Alguns também usam a palavra Jeová da mesma forma, usando-se as vogais de Adonay no tetragrama.



Alguns defendem também que o nome do messias é Yaohushua devido a interpretação do tetragrama e que o nome do Pai tem que estar presente no nome do filho. O hebraico utiliza apenas uma abreviação do tetragrama nos nomes, não o mesmo. Os sufixos usados são Ye e Ya no começo e no fim. O sufixo El também é usado. Mas nunca o tetragrama todo e mesmo assim existem nomes na própria biblia que não possuem nenhum sufixo. Dadid, Shlomom, Shimom etc... Ya ou Yaho geralmente é utilizado como sufixo no fim e não no começo, como IshaYaho, MatitYaho etc.... Ye é um sufixo geralmente usado no começo com Yehudá, Yerushalaim etc.... Mas isso não significa que Yaho seja o tetragrama, é só uma abreviação, como a palavra AleluYa.

Cada nome bíblico tem seu significado na própria bíblia. Jacó ou Ya'acov, por exemplo vem da palavra calcanhar (acov) e a explicação esta na própria bíblia:

"E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Ya'acóv. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou." (Gênesis 25 : 26)

A biblia diz claramente que a origem do nome de Ya'acov vem da palavra calcanhar mas para esses do site antares tem que ter o tetragrama em todo nome e por isso eles dizem que o nome de Jacó é Yaohutzak

do site antares
Isso é passar por cima da própria bíblia e ainda acusam a gente de seguir a tradição de homens. Se a bblia diz que o nome dele foi dado por que segurou o calcanhar do irmão, por que eles dizem que o nome é Yaohutzak??!!Onde entra a palavra calcanhar nesse nome??!!! Ou então a bíblia também foi corrompida e o pessoal do site antares é que esta certo??Isso não é hebraico! Como eu posso ensinar para alguém um idioma que eu não conheço? Inventando? E o pior que muitos estão acreditando nisso! É o mesmo que um chinês vim para o Brasil nos ensinar a como falar português!! Não tem lógica! Mas esses acham que sabem mais que os judeus que são os donos da lingua, dizem que os judeus corromperam a pronuncia e criaram uma nova, que segundo eles, é a original do hebraico arcaico. Como eles saberiam qual é a pronuncia original do hebraico arcaico??!!! Se não sabem nem o hebraico moderno. Então Israel esta erradíssimo e deveria mudar seus nomes milenares. Israel deveria então se chamar IsraUL . Daniel deveria DaniUL como eles dizem e assim por diante!

Yaohu, defensores da ignorância:

Apesar de muitos me criticarem por isso, eu penso que o mais importante é o estudo da palavra. Existem pessoas por ae se deixando levar por nomes, palavras e preceitos e falam sempre com palavras em hebraico e usando os nomes em hebraico. Mas estão falando o que? Será que a verdade? Será que um estudo cheio de nomes em hebraico e com um monte de heresias e mentiras vale mais que um em português mesmo que tenha conteúdo? Infelizmente é isso que tenho visto muito ultimamente. Tem pessoas que não sabem nem quem foi abiatar ou abmeleque por exemplo e andam com quipá, barba, tsiri etc.... Prefiro transmitir o estudo da palavra de uma forma coerente e útil que qualquer doutrina errada e repetida só mudando os nomes para o hebraico.

Esse texto meu não é um ataque aos que pronunciam Yaohu ou qualquer outro nome, só estou postando porque sempre sou criticado com relação a isso quando faço algum vídeo que menciono Yeshua por exemplo. E realmente me incomoda ouvir criticas de pessoas que defendem um hebraico grotesco e ainda criticam os outros. Por mim cada um siga o que achar correto. Mas também me incomoda diversas pessoas que devido aos meus videos ficarem perguntando qual é o real nome de Deus como se isso fosse um amuleto mágico. Espero que as pessoas estudem mais a Torá e os evangelhos e não se apeguem tanto a supertições pois Deus não faz acepção de pessoas, seja o judeu ou o gentio, o que vale são as nossas preces sinceras.


A verdade sobre o deus YAO dos gnósticos e como eles o fundiram com o tetragrama:


Como o nome Yeshua foi transliterado para Jesus!



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Shalom!

DEVIDO AO NÚMERO DE COMENTARIOS ESTOU ADICIONANDO ALGUMAS IMAGENS:

Ferreira de Almeida


A prova da seita Ulim é a mesma que diz que EL é Deus e UL é pilantra!




Vulgata latina
Tumulo do Rabi Yehoshua II século d.C.

Manuscrito semita com o nome YEHOSHUA Josué

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O martelo das bruxas e o poder do mito

O martelo das bruxas
Durante a inquisição católica surgiu um dos mais terriveis livros da humanidade, um tipo de manual de caça a bruxas chamado "O martelo das bruxas"
O Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas em latim), é provavelmente o tratado mais importante já publicado no contexto sobre a perseguição as bruxas. É um livro sobre a caça as bruxas que logo depois de ser publicado na Alemanha em 1486, teve várias outras edições, se espalhou pela Europa e teve um profundo impacto nos juízos contra as bruxas no continente por cerca de 200 anos. Esta obra é notória pelo seu uso no período de combate a bruxaria que alcançou sua máxima expressão em meados do século XVI até metade do século XVII.
O Malleus Malleficarum foi compilado e escrito por dois monges inquisidores dominicanos, Heinrich Kramer e Jacob Sprenger, os quais afirmaram no livro que lhes havia sido outorgados direitos especiais para processar as bruxas na Alemanha pelo Papa Inocêncio VIII, por meio de um decreto papal em 5 de dezembro de 1484; porém este decreto foi emitido antes que o livro fosse escrito e antes que seus planejados métodos fossem conhecidos.

Kramer e Sprenger apresentaram o livro a faculdade de Teologia da Universidade de Colônia em 9 de maio de 1487, esperando que o mesmo fosse aprovado. Mas o clero da universidade o condenou, declarando-o ilegal e antiético. Kramer no entanto, incluiu uma falsa nota de apoio da universidade em edições posteriores do livro. O ano de 1487 é geralmente aceito como o ano da publicação, ainda que edições anteriores da obra foram provavelmente produzidas em 1485 ou 1486. A igreja então qualificou e incluiu o Malleus Malleficarum na Lista de Obras Proibidas (Index Librorum Prohibitorum). Apesar disso, entre os anos de 1487 e 1520 a obra foi publicada 13 vezes. Depois de 54 anos foi novamente publicada ente 1574 e a edição de Lyon de 1669, num total de 16 publicações.
A suposta aprovação que aparece no inicio do livro contribuiu para sua popularidade, dando a ilusão de que lhe havia sido outorgado um respaldo garantido.

O texto chegou a ser tão popular que vendeu mais cópias que qualquer outro além da bíblia. Sendo ultrapassado pelo “O Progresso do Peregrino” de John Bunyan, que foi publicado em 1678.

Conteúdo:
O livro está dividido em três sessões, cada uma das quais contém perguntas específicas e se propõe respondê-las através de argumentos contrários. Há pouco material original no livro, pois na verdade foi usado uma compilação de crenças e práticas já existentes com muitas partes tomadas de obras anteriores tal como Directorium Inquisitorium (1376) de Nicolau Aymerich, ou Formicarius (1435) de Johannes Nider.

A primeira parte busca provar que a bruxaria e feitiçaria existiam. Detalha como o demônio e seus seguidores, bruxas e feiticeiros utilizam-se da magia.
Parte desta sessão explica como por que as mulheres, por sua suposta natureza mais débil e intelecto inferior são por natureza mais propensas as tentações de Satã do que os homens. Tanto que os escritores declaram (incorretamente) que a palavra “femina” (mulher), é uma derivação de “fé + minus”, sem fé (ou infiel, ou desleal). A segunda parte do livro descreve as formas de bruxaria. Esta sessão detalha como as bruxas lançam feitiços, e como suas ações podem ser prevenidas ou remediadas. Uma forte ênfase se dá ao pacto com o diabo e a existência de bruxas e a existência de bruxas é apresentada como um fato. Muitas das informações do livro de feitiços, pactos, sacrifícios ao diabo foram obtidos (supostamente) de juizes inquisidores.
Malleus Maleficarum

A terceira parte detalha os métodos para detectar, julgar e sentenciar ou destruir bruxas. A tortura na detenção de bruxas é vista como algo natural; se o bruxo ou bruxa não confessava voluntariamente sua culpa, a tortura era aplicada como um incentivo para que o fizesse. Os juizes eram instruídos a enganar o acusado se necessários, prometendo-o misericórdia pela confissão.
Esta sessão também fala da confiança que se pode pôr nos relatos das testemunhas e a necessidade de eliminar acusações maliciosas, mas também sustém que o rumor público era suficiente para levar a pessoa a juízo e que uma defesa muito vigorosa é evidência de que o defensor está utilizando-se de bruxaria. Há também regras a respeitos de como prevenir que as autoridades sejam enfeitiçadas.De uma maneira geral, o Malleus Maleficarum declara que algumas coisas confessadas por bruxas, tais como transformações em animais, eram meras ilusões induzidas pelo demônio, enquanto outros atos, como voar, por exemplo, causar tempestades e destruir plantações, eram reais. O livro fala detalhadamente sobre todos os atos cometidos pelas bruxas, sua habilidade de criar impotência nos homens, e inclusive deixar a dúvida sobre se os demônios poderiam ser ao pais dos filhos das bruxas. O estilo narrativo é sério, completamente isento de humor, inclusive os fatos mais duvidosos são apresentados como informação confiável.


Arrastadas de suas casas sem saber ao certo do que estavam sendo acusadas, as bruxas eram despidas e submetidas a um criterioso exame em busca das marcas de Satanás. Sardas, verrugas, um mamilo grande, olhos dissemelhantes ou azuis pálidos eram considerados sinais seguros de que a mulher, principal vítima da perseguição, travara contato com as forças do mal. Informada sobre as suspeitas que pesavam sobre ela, a mulher que resistisse às lágrimas ou murmurasse olhando para baixo, seguramente era uma seguidora dos espíritos malignos. Escaldadas em água com cal, suspensas pelos polegares com pesos nos tornozelos, sentadas com os pés sobre brasas ou resistindo ao peso das pedras colocadas sobre suas pernas, as rés não tardavam a gritar aos seus inquisidores que ´sim, era verdade`, elas sacrificavam animais e criancinhas, evocavam demônios nas noites de lua cheia, e usavam ervas e feitiços para matar e trazer infelicidade aos inimigos. Convencidos pelos argumentos do Malleus malificarum - manual encomendado pelo Papa Inocêncio VIII aos monges dominicanos Heinrich Kraemer e Jacob Sprenger e publicado em 1486 -, o tal Martelo das Bruxas, que dizia "quando uma mulher pensa sozinha, ela pensa maldades", os torturadores respiravam aliviados com a confissão que finalmente poderia reconduzir àquela alma aos braços da cristandade, mesmo que fosse através da queima final de todos os seus pecados nas fogueiras sulfurosas - o enxofre impedia a morte por asfixia, o que abreviaria o sofrimento necessário para purificar seu espírito. Nunca terá lhes ocorrido que sobrenatural seria resistir a tudo isso se negando a concordar com qualquer coisa que lhe dissessem? Provavelmente não, caso contrário o inquisidor Nicholas Remy não declararia atônito a sua surpresa com o fato de "tantas bruxas terem desejo positivo de morte".

Esse livro gerado pelo fanatismo e ignorância medieval levou milhares a morte. Bastava uma simples verruga para a mulher ser considerada uma bruxa, segundo esse manual. Como se sinais fisicos fossem marcas de satanás ou demônios. E hoje, que ja não estamos mais na era medieval, será que as coisas mudaram? Basta você ver o youtube e sites conspiracionistas que não é muito dificil de você encontrar matérias sobre sinais fisicos de possessão demoniaca. os sinais variam desde um simples olhar assustado até palpebras duplas, segundo os conspiracionistas. Então se uma pessoa é naturalmente feia ou não tem uma perfeição fisica estética ela deve ter cuidado, pois segundo essas teorias, essas pessoas estão com algum tipo de possessão demoniaca ou são reptilianos. Até onde vai o poder do mito?


Shalom!

A fortuna dos Pastores na Africa

Matthew Ashimolowo
A África continente mais pobre do mundo tem também 5 pastores mais ricos do mundo perdendo apenas para pastores Americanos.Eles também não vivem apenas do que recebem em suas igrejas tendo diferentes tipos de ganhos como emissoras de tv evangélicas e redes de fast-foods.

O Pastor Chris Oyakhilome, por exemplo, vende um devocional a 1 dólar, são dois milhões de cópias vendidas mensalmente.

Esses pastores possuem aviões próprios, relógios de marca e grandes carros de famosas e caras marcas.

1- O Bispo David Oyedepo da Living Faith World Outreach Ministry,também conhecida como Winners Chapel, tem um patrimônio líquido de 150 milhões de dólares americanos.David é o mais rico pregador da Nigéria. Desde que fundou a Living Faith World Outreach Ministry em 1981, ela cresceu e se tornou uma das maiores congregações da África com cerca de 50 mil membros.Ele possui quatro jatos particulares, residências em Londres e nos Estados Unidos, sua própria editora de livros e uma universidade voltada para alunos ricos.

2- Chris Oyakhilome da Believers' Loveworld Ministries, também conhecida como Christ Embassy,
possui um valor estimado entre 30 e 50 milhões de dólares. Sua igreja possui 40 mil membros, dentre eles muitos são executivos e políticos. No ano passado o carismático pregador era o centro de um caso de lavagem de dinheiro em que ele foi acusado de desvio de 35 milhões dólares de sua igreja para bancos estrangeiros. Após afirmar que sofria uma injustiça o caso foi arquivado. Oyakhilome possui jornais, revistas, uma estação de televisão local, uma gravadora, TV via satélite, hotéis e muitos imóveis próprios. Sua rede de tv é a primeira do meio cristão da África a transmitir sua programação para o resto do mundo 24 horas por dia.

3- Temitope Joshua da Synagogue Church Of All Nations (SCOAN) tem fortuna estimada em 15 milhões de dólares americanos.É também um dos pastor mais controversos da Nigéria e que tem mais instituições filantrópicas. Joshua comanda a SCOAN, fundada por ele em 1987, que acomoda mais de 15.000 membros aos domingos e possui ainda filiais em Gana, Reino Unido, África do Sul e Grécia.Ele é conhecido por afirmar ter poderes de curar doenças incuráveis como AIDS, câncer e paralisia. Ele é dono da Emmanuel TV, uma rede de televisão cristã e é amigo íntimo do Presidente de Gana, Atta Mills.

4- Matthew Ashimolowo  é líder da igreja Kingsway International Christian Centre (KICC). Estima-se que Ashimolowo possua um património em torno de 10 milhões dólares.O nascimento da denominação deu-se em 1992, quando sua então igreja, a Quadrangular, decidiu envia-lo para abrir uma sucursal em Londres, mas o pastor tinha outras ideias e decidiu criar sua própria congregação no lugar. Hoje, a Kingsway International Christian Center é supostamente a maior igreja Pentecostal no Reino Unido.
Em 2009, a igreja registrou lucros de quase US $ 10 milhões e ativos de US $ 40 milhões. Ashimolowo ganha de sua denominação um salário anual de US$ 200.000, mas a sua verdadeira riqueza vem de interesses empresariais variados, incluindo a sua empresa de mídia, a "Matthew Ashimolowo Mídia", que agita a literatura cristã e e o ramo de documentários.

5- Chris Okotie da Household of God Church, tem as propriedade avaliadas em aproximadamente US$ 10 milhões. Pastor Okotie fazia sucesso primeiro como músico pop nos anos 80. Ele descobriu a Palavra, abraçou a Bíblia e fundou a Household of God, uma das congregações mais extravagante da Nigéria que possui hoje cerca de 5 mil membros entre eles a grande maioria formado por celebridades, músicos e pessoas da sociedade. Contestou e perdeu as eleições presidenciais na Nigéria pela terceira vez este ano com o Partido Fresh, o qual ele mesmo criou e financia. É um amante de grandes carros sendo dono de um Mercedes S600, Hummer, Porsche, entre vários outros. Segundo a Forbes todos os valores dos patrimônios foram confirmados pelos respectivos ministérios através de emails.Apenas a igreja do Pastor Matthew Ashimolowo não respondeu aos contatos

E aqui no Brasil e no resto do mundo as igrejas continuam pedindo dinheiro e contribuição com o "intuito" enviar missionários para levar a palavra de "Deus" a esse Pais.
Engana-me que eu gosto !

texto de Paulo Tejo Itajubá/MG
mais: O pastor que vem para roubar, matar e destruir

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dizimo, a mentira dos sacerdotes de ontem e de hoje

texto de: Beny Pharisien
O famoso texto de Malaquias 3:8-10: "Roubará o homem a D-us? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, por que me roubais, vós a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa e depois fazei prova de mim, diz o S-nhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança"
Comendo dinheiro
Talvez seja este o texto mais distorcido da Bíblia.Embora quase que universalmente aceito, contém muitos erros de interpretação. Vejamos:
O povo de Israel era governado por vários tipos de leis:
O dízimo se enquadra unicamente na lei do Templo. Como o regime do Templo não existe mais hoje. Pois não temos mais O Templo em Jerusalém, então não temos como cumpri-las.
Tome cada passagem bíblica sobre dízimo e observe que os contextos sempre contêm instruções cerimoniais do Templo.Agregados aos dízimos lá estão as ofertas alçadas, os bodes, os sacerdotes, os levitas, o templo, etc.
Mas, alguém poderia argumentar que o termo “roubará o homem a D-us?” faz Malaquias 3:8-10 se enquadrar no oitavo mandamento da lei, “não furtarás”.Entretanto, cada vez que um judeu quebrava algum mandamento do Templo também pecava contra a lei. A ligação é intrínseca. Veja alguns exemplos

a) Se um sacerdote rapasse os cantos da barba ou fizesse incisões no corpo estaria pecando contra a lei, pois eles deveriam ser santos ao S-nhor e não profanar o Seu nome (Levítico 21:5).Estaria também automaticamente pecando contra a lei do “terceiro” mandamento, não tomarás o nome do Senhor teu D-us em vão (Êxodo 20:7)
b) Se a filha de um sacerdote se casasse com um estrangeiro e comesse das ofertas das coisas sagradas estaria pecando contra a lei (Levítico 22:12 em ligação com Malaquias 2:11) e ao mesmo tempo pecando também contra o “quinto” mandamento da lei, ‘honra a teu pai e a tua mãe para que se prolonguem os teus dias na terra que o S-nhor teu Deus te dá’ (Êxodo 20:12) Não era esta desobediência um vexame e uma desonra para um pai sacerdote?
c) Se um judeu, ao invés de sacrificar animais ao S-nhor erguesse um altar a Baal, estaria pecando contra a lei tanto em adoração como de caráter. Os animais da lei do Templo sacrificados a um outro deus implicaria também em pecado contra o primeiro mandamento da lei que diz ‘Não terás outros deuses diante de mim’. (Êxodo 20:7).
d) Se um israelita furtasse alguma coisa de alguém que já tivesse morrido e não encontrasse um parente próximo para pagar uma compensação estaria sob o rigor da lei. Deveria fazer plena restituição com acréscimo de vinte por cento diretamente ao sacerdote trazendo um carneiro para fazer expiação deste pecado. (Números 5:6-8).Um procedimento ritualístico para um pecado contra o “oitavo” mandamento da lei:
‘Não furtarás’. (Êxodo 20:15)
e) Quando um judeu cometia um homicídio culposo pecava contra o “sexto” mandamento da lei que diz ‘não matarás’. Mas tinha que cumprir um ritual do “código civil” fugindo para alguma cidade de refúgio onde o vingador do sangue não o poderia atacar. Os vários tipos de leis interligadas.
f) Quando uma mulher casada adulterava ou estava sob suspeita de adultério (pecado contra a lei ) o marido a trazia ao sacerdote para um longo ritual. (lei). Oferta de farinha de cevada, oferta de cereais de ciúmes, água de purificação num vaso de barro misturada com pó do chão do Tabernáculo. A mulher então soltava o cabelo, punha a mão sobre a farinha e bebia a água amarga fazendo juramentos perante o S-nhor. (Levítico5:11 a 31 – principalmente o verso 29). Novamente uma lei de caráter moral e a uma lei de caráter ritualístico do templo andando juntas. vimos que as leis são ligadas entre si.

Tome sua Bíblia e leia atentamente os três primeiros capítulos de Malaquias e veja que o contexto inteiro está fundamentado na lei do templo.
CAPÍTULO 1 VERSO 7: Pães imundos sobre o altar.
CAPÍTULO 1 VERSO 8: Animais cegos, coxos e doentes sobre o altar.
CAPÍTULO 1 VERSO 10: Fogo estranho no altar do S-nhor.
CAPITULO 1 VERSO 11: Incenso e oblação pura.
CAPÍTULO 1 VERSO 12: Mesa impura e comida desprezível.
CAPÍTULO 2 VERSO 3: Esterco do sacrifício.
CAPÍTULO 2 VERSOS 4 e 8: Aliança com Levi.
CAPÍTULO 2 VERSO 13: Altar do S-nhor com lágrimas e choro.
CAPÍTULO 3 VERSO 4: Ofertas de Judá como nos dias antigos.
CAPÍTULO 3 VERSO 8: Dízimos e ofertas alçadas.
CAPÍTULO 3 VERSO 14: Andar em luto.

Como podemos agora tomar o texto de Malaquias, extrair a porção contida nos versos 8-10 do capítulo 3 e fazer uma aplicação de roubo de dinheiro para as pessoas de nossa época? Os ladrões do livro de Malaquias são outros e eles não estão roubando dinheiro!

MALAQUIAS 3:8-10 NÃO É PARA VOCÊ!

O leitor atento notará que Malaquias 3:8-10 pertence a um grande texto com início no capítulo 2 verso 1 estendendo-se até o verso 18 do capítulo 3. (Faz-se necessário ler todo o texto para se captar o contexto).
Atente para o primeiro verso do capítulo 2. Para quem é a dura mensagem? Para os sacerdotes, é claro! ‘Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós’. A mensagem era para os sacerdotes e não para nós. Eles é que estavam roubando a D-us, e ainda eram bem hipócritas. Veja as ligações do contexto:

a) Em que nos amaste? (1:1)
b) Em que desprezamos? (1:6)
c) Em que te havemos profanado? (1:7)
d) Em que o enfadamos? (2:17)
e) Em que havemos de tornar? (3:7)
f) Em que te roubamos? (3:8)

Mesmo o trecho “vós a nação toda” (Mal. 3:9) é dirigida a eles.
É uma hipérbole, uma figura de linguagem que Malaquias usou querendo dizer: “Tá todo mundo roubando”.

Entretanto, mesmo que toda a nação estivesse roubando a D-us, a responsabilidade ainda era dos sacerdotes conforme declarado no verso 8 do capítulo 2:
‘Mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na lei’.
A Bíblia contém mensagens específicas para determinadas pessoas. Não podemos tomá-las e sair por aí aplicando-as às nossas vidas.
Imaginemos um crente sincero chegando em casa aflito depois de um sermão. Então veementemente conclama a esposa e aos filhos para arrumarem as malas, pois terão que mudar daquela casa, daquele bairro, daquela cidade já! Para onde irão? Para onde D-us mostrar! Por quê? Ordem bíblica: “ Sai da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gênesis 12:1). Isto não seria uma loucura? É bom que fique bem claro que esta ordem foi dada por D-us especificamente ao patriarca Abraão. Ele deveria se mudar de casa, de cidade, de país. Ele e não nós.
Se aplicarmos o mesmo raciocínio para a ordem que D-us deu a Moisés logo, logo veremos alguns cristãos loucos conversando com pedras, pois Deus lhe disse: “Fala à Rocha” (Números 20:8). É para nós este mandamento? Devemos sair por aí dialogando com os rochedos? Ou deveria alguém começar a construir uma arca só porque a Bíblia ordenou a Noé “Faze para ti uma arca de madeira” (Gênesis 6:14)?
Quando D-us fala com Abraão é com Abraão. Quando Ele fala com Moisés é com Moisés. Com Noé, Noé.
Com sacerdotes, sacerdotes.
É claro que a Bíblia está repleta de grandes conselhos que podemos e devemos tomar para nós, mas precisamos submetê-los aos princípios hermenêuticos adequados. Dizer que Malaquias 3:8-10 é uma mensagem para os crentes do século XXI é uma fraude exegética.
D-us estava dizendo que os sacerdotes eram ladrões! Mas afinal, o que eles estavam roubando?

OS DÍZIMOS DE MALAQUIAS SÃO ALIMENTOS
O dízimo citado em Malaquias 3:8-10 não é dinheiro. É alimento.
Em coerência com todos os demais textos bíblicos sobre o assunto, dízimo aqui é MANTIMENTO.
O povo trazia animais perfeitos para a casa do tesouro e, provavelmente os sacerdotes corruptos estivessem roubando os animais sãos e oferecendo em seu lugar animais defeituosos. Malaquias afirma categoricamente que os animais eram roubados! (Mal. 1:8 e 13).Como o dízimo tinha três utilidades básicas: ser consumido pelo próprio dizimista perante o S-nhor (Deut. 14:23), sustentar o clero (Num. 18:24) e socorrer os necessitados (Deut. 14:28,29), todos saíam perdendo. Os sacerdotes estavam roubando a adoração à D-us. Impediam ao povo cultuar a D-us conforme as instruções contidas na Lei de Moisés. Eles estavam roubando a glória de D-us. (Mal.2:7-9).

O ritual dos dízimos estava diretamente ligado à liturgia, aos procedimentos de culto e à adoração. No momento em que os sacerdotes desqualificaram o culto, eles e a nação toda mergulharam no obscurantismo religioso. Sem luz os outros pecados eram uma questão de tempo. Desonestidade (2:10); hipocrisia (2:13); adultério (2:14,15 e 16); roubo (1:13).
Advertências ao clero aparecem em outros trechos da Bíblia. Em Ezequiel 34:1-10 lemos: Ser Humano, profetiza contra os pastores de Israel... Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos. Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura e vestis-vos de lã. Degolais o cevado, mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes... a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes, mas dominais sobre elas com rigor e dureza... As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes... Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do S-nhor...

Precisamos compreender que sacerdote corrupto sempre existiu! As mais duras mensagens da Bíblia são para eles e não para nós. Até o texto de Apocalipse 3:14-22 é mal interpretado. O endereçamento da advertência é claro: “Ao anjo da igreja de Laodicéia”. Ao anjo da igreja. Aos administradores ou líder ou lideres da congregação de Laodicéia.

Roubará o homem a D-us? Dinheiro não! Ninguém está roubando o dinheiro de D-us quando se abstém de dar para a igreja dez por cento de seus salários. Os que adoram a D-us hoje o fazem em espírito e em verdade. Quem deixa de entregar à igreja dez por cento de sua renda não está cometendo nenhum furto. Não existe esta possibilidade! O texto de Malaquias 3:8-10 foi completamente distorcido para se chegar a uma teologia tão esdrúxula.
A casa do tesouro estava sem mantimento porque era administrada por sacerdotes desonestos. A casa do tesouro, um enorme compartimento do Templo destinado à armazenagem da comida santa, passava por problemas administrativos. Malaquias então se levanta e envia uma dura mensagem ao clero judaico da época.
Roubar a D-us é deixar os órfãos, as viúvas e os pobres sem comida. Malaquias coloca estes criminosos no mesmo patamar dos feiticeiros e adúlteros. (Mal. 3:5). Os dízimos do S-nhor estavam sendo desviados das bocas destes excluídos para as “contas bancárias” dos sacerdotes corruptos. Por isso a ordem:
“Trazei todos os dízimos”. Uma boa parte não estava chegando ao Templo e o S-nhor dos Exércitos enviaria as maldições.

A IGREJA NÃO É A CASA DO TESOURO

Os defensores da doutrina do dízimo interpretam muito mal o texto de Malaquias 3:10 afirmando que Casa do Tesouro corresponde à Igreja (Associação) e que os dízimos são dez por cento de nossas rendas.
A contextualização é feita da seguinte forma:
DÍZIMO = DEZ POR CENTO DOS SALÁRIOS.
CASA DO TESOURO = IGREJA
MINHA CASA = IGREJA (ORGANIZAÇÃO)
MANTIMENTO = COMIDA (DINHEIRO)
Mas, não se pode tomar um versículo bíblico e aplicar técnicas de contextualização em apenas parte dele.
Se DÍZIMO, CASA DO TESOURO e MINHA CASA foram contextualizados logo MANTIMENTO também precisa sofrer a mesma regra..
Ou deixamos o texto inteiro na sua forma literal ou contextualizamos tudo. É por isso que MANTIMENTO em Malaquias 3:10 contextualizado significará A PALAVRA DE D-US,EU O S-NHOR NÃO MUDO (Mal. 3:6) Os homens tentaram modificar a palavra de D-us, mas note que inserido no próprio texto do profeta Malaquias, antes das instruções dizimistas dos versos 8 a 10 do capítulo 3, D-us declara que Ele não muda. Uma importante advertência aos que pretendem modificar o sentido da mensagem adaptando-a a interesses financeiros.D-us não muda porque os dízimos em Malaquias continuam tendo ligação com à agricultura, com os frutos da vide, com o mantimento.

Mas, para os obedientes, a benção. Benção detalhada no verso 11 do capítulo 3. Observe bem a descrição bíblica. A benção é prometida àqueles que trouxessem os dízimos à casa do tesouro (e a quem deixasse de roubá-los). Toda a bênção é de conseqüência agrícola.Repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra. A vossa vide no campo não será estéril, diz O S-nhor dos Exércitos.
O que fazem os dizimistas? Tomam a última parte do verso 10 que antecede o texto acima e mudam o sentido da benção. ‘E depois fazei prova de mim, diz o S-nhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança’.

Ora, abrir as janelas dos céus é oferecer boas condições climáticas, chuvas, para que a colheita fosse farta. Era um assunto especificamente destinado aos dizimistas agricultores. Pessoas ligadas a terra! Os outros profissionais judeus, pescadores, carpinteiros, padeiros, guardas, nada tinham a ver com esta briga!
Como então dizer que o devorador aqui é o diabo? Que o fruto da terra são nossos empregos?
Que a abastança é dinheiro, prosperidade?
É triste a situação daqueles que sempre dão dez por cento de seus salários para a igreja e ficam aguardando indefinidamente pela benção da abastança. Quando ela não vem, eles re-interpretam o texto dizendo que a abastança citada por Malaquias é saúde, paz, amor e esperança.Uma cadeia de equívocos interpretativos, pois quando lemos estes quatro versos com a devida atenção fica claro que o contexto é de bênçãos materiais e não espirituais. Abastança! Colheita farta! Frutos na vide! Sem devorador! Sem gafanhotos destruindo as lavouras. O tema é benção material e não saúde, paz, amor e esperança!D-us não muda e uma desilusão hermenêutica poderá levar a outros erros em série. O fim será uma forte decepção com a religião e com D-us que nenhuma culpa tem neste processo. Mudaram o texto.Distorceram as palavras de Malaquias! Mas o nosso D-us continua sempre o mesmo!

ADVERTÊNCIA FINAL
Já que os líderes religiosos querem tomar para si a aplicação do texto de Malaquias, sugerimos que absorvam primeiramente a grande mensagem contida no capítulo 2 verso 7:

Ki shftêi Kohen ishmerú Da'at vê'Torá ivakshu mipihú ki malach Adonay Tzvaot hú.
Porque os lábios do sacerdote devem guardar o Conhecimento e a Torá, pois da sua boca devem os homens procura-lás , porque ele é mensageiro do S-nhor dos Exércitos
A superstição criada pela doutrina do dízimo não condiz com a mensagem da verdade. A crença de que seremos amaldiçoados se não dermos dez por cento de nossos salários à igreja é um engodo e tanto. Superstição. Simplesmente um ERRO. A superstição é uma ferramenta perfeita nas mãos de líderes religiosos. Sempre foi assim. Na idade média as pessoas acreditavam que comprando indulgências escapariam do purgatório indo diretamente para o céu. Quanto dinheiro o clero medieval não amealhou durante séculos explorando a crendice supersticiosa de milhões de sinceros!

ABRAÃO E O DIZIMO
É indiscutível que o patriarca Abraão nos deixou um grande exemplo. Fé, altruísmo, companheirismo com D-us.Abraão era um “grande latifundiário”. (Gênesis 13:10, 14 e 15). Centenas (Gênesis 14:14) de servos trabalhavam para o fazendeiro Abraão, que além de muitas terras, possuía muito gado, muito ouro e muita prata (Gênesis 13:2).
Os filhos “oficiais” de Abraão foram oito. Isaque nascido de Sara. Ismael nascido de Hagar e mais seis rapazes nascidos de Quetura (Gênesis 25:1 e 2). As filhas e os outros filhos de concubinas não são citados por nome. São estatísticas genéricas (Gênesis 25:6).Mas observe que antes de morrer, Abraão tomou todas as suas riquezas, terras, gado e transferiu tudo para o nome de Isaque. O filho predileto e o filho da aliança de
D-us tornou-se herdeiro único e legítimo herdeiro. Aos outros irmãos couberam indenizações, ou melhor, compensações de direito, conforme narrado em Gênesis 25: 5-6. Abraão ainda teve o cuidado de enviá-los para outros lugares todos os seus filhos de sua casa, mandando-os para o Oriente – o lugar mais distante (Gênesis 25:6), para que Isaque não tivesse problemas com irmãos mais tarde.

Nos tempos bíblicos o espaço de tempo entre uma gravidez e outra era determinado pelo período da amamentação. Abraão precisaria de pelo menos 20 anos de “procriação” para gerar estes outros seis filhos de uma mesma mulher. Em épocas remotas, quando as vacinas BCG ainda não existiam para garantir a imunidade do bebê, o leite materno era a principal fonte de vida e sobrevida. Por isso a mãe amamentava a prole durante anos. O pai colaborava abstendo-se de relações sexuais com a “mulher-láctea”, isto porque, uma nova gravidez encerraria o fluxo leiteiro. Um desastre para o bebê e uma catástrofe social nas comunidades nômades adversas à mortalidade infantil.

E quanto ao dízimo de Abraão? Observemos atentamente o contexto histórico:
Fim de viagem!Depois de uma grande jornada e muitas experiências pelo caminho. Depois do Egito, Neguebe e Betel Abraão fixa acampamento e ergue um altar ao nome do Senhor. “Afinal, chegamos!”.
Mas o gado era muito e os pastores de Ló brigavam com os de Abraão. Eles conversam e pacificamente decidem pela separação. Abraão escolhe três amigos e se faz vizinho deles. São os senhores Mamre, Escol e Aner. Três irmãos amorreus donos de carvalhais nas terras de Canaã. Ló, por sua vez, estende sua fazenda para o lado do oriente até os limites de Sodoma. Lindas e bem regadas campinas do Jordão.
Tudo estava indo muito bem. Até que estoura uma guerra. Cinco reis cansados de servir por doze anos a um tal de Quedorlaomer, rei de Elão, resolvem se rebelar no décimo-terceiro ano. Quedorlaomer prepara a reação. Convoca outros três reis amigos e saem para sufocar os rebeldes. Em (Gênesis 14:1-17) chama este evento de “A Guerra de Quatro Reis Contra Cinco”. Os reis rebeldes eram trapalhões. Não tinham muita logística de combate. Dois deles caem em poços de betume e os outros três fogem para salvar a própria pele.
Sua majestade, o rei Quedorlaomer, vem no décimo-quarto ano consolidar a vitória. Os reinos derrotados Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar são subjugados impiedosamente. Tudo e todos são levados cativos. Homens, mulheres, crianças, gado, alimentos. “Os quatro reis tomaram todos os bens de Sodoma e Gomorra, e todo o seu mantimento, e se foram” (Gênesis 14:11). Assim, Ló, um homem muito rico, morando nas vizinhança de Sodoma, no lugar errado, no momento errado, cai nas garras de Quedorlaomer, que lhe confisca todos os bens.

Lá nos carvalhais de Mamre, Abraão toma conhecimento dos fatos. Confabula então com seus amigos Mamre, Escol e Aner. Criam uma tropa de elite com trezentos e dezoito bravos guerreiros. Todos criados em sua casa. E saem em perseguição a Quedorlaomer. A vitória é esmagadora.“homens, mulheres e o povo” Todos os cativos,  (Genesis 14:16) são libertados. Todos os despojos recuperados.
Acontece então uma cena impressionante. Melquisedeque, rei de Salém, aproxima-se de Abraão e o abençoa. Melquisedeque (Melchi - Tzedek meu rei da justiça) era (Cohen El Elion) Sacerdote do D-us Altíssimo.um símbolo do Messias. Um Sumo Sacerdote do D-us verdadeiro, saído de onde não sabemos!
Até aí nenhuma novidade. Mais tarde outras escolhas deste tipo aconteceriam. (Balaão, por exemplo, um gentio era um profeta de D-us, sendo ele mesmo um amonita).
Melquisedeque abençoa a Abraão. Traz-lhe pão e vinho. E diz: Baruch El Elion (Bendito seja o D-us Altíssimo), que entregou os teus inimigos nas tuas mãos (Gênesis 14:20). Abraão então organiza os despojos recuperados. Contabiliza tudo. Parte dos despojos pertencia aos reis de Sodoma e Gomorra. Uma outra parte a Ló e uma outra parte se referia ao ‘custo operacional da guerra’. Os reis de Sodoma e Gomorra sugerem a Abraão ficar com os bens materiais e devolver apenas as pessoas seqüestradas por Quedorlaomer.
Abraão recusa a proposta. Devolve tudo aos seus legítimos donos. Mas, antes de fazê-lo, calcula o dízimo sobre o valor destes despojos e paga ao Sacerdote Melquisedeque.
Pagar é um termo muito pesado. O texto bíblico diz que Abraão deu o dízimo de tudo. Não do seu patrimônio, mas dos despojos recuperados na guerra. (Ver Hebreus 7:4).

Ninguém pode afirmar que Abraão vivia sob alguma forma de lei que o obrigava a ser um dizimista.
Nem tão pouco pode afirmar que D-us exigia dele, sob mandamento, dez por cento de sua renda.
O dízimo na era patriarcal não era obrigatório! Muito menos sistemático. A sazonalidade do dízimo estava ligada a fatos especiais que traziam mudanças de rendas. Destas receitas extras dava-se o dízimo.

A obrigatoriedade dizimista só começaria a existir na era levitica. (Veja o contraste das expressões contidas em Levítico 27:30-33; Números 18:24; Deuteronômio 14:22-29).
Quem usa o exemplo de Abraão como fiel dizimista, não está atento a vários detalhes:

A* Abraão deu o dízimo do excedente que ele tinha conquistado na guerra. (Hebreus 7:4).
b* Muitas das posses que ele recuperou pertenciam a Ló (Gênesis 14:16).
c* A maior parte dos despojos pertencia aos reis de Sodoma e Gomorra (Gênesis 14:11)
d* Nada pertencia a Abraão, que se recusou a tomar qualquer coisa para si. (Versos 21-24)
e* A lei dos dízimos (Levítico 27:30-31) exigia dízimos em forma de coisas produzidas pela terra: grãos, gado. Em nenhuma parte fala para dizimar despojos de guerra.
f* Após a guerra, Abraão ficou com o mesmo patrimônio que possuía antes. Não houve acréscimo de renda. (Gênesis 14:24). Portanto ele deu o dízimo perfazendo um caminho inverso da orientação teológica apresentada em nossos dias, que manda dizimar rendas, ganhos e lucros.
g* Os despojos de guerra incluíam serem humanos, escravos capturados do exército inimigo.
h* Para que o dízimo de Abraão tenha o mesmo significado dos dízimos cobrados hoje pelas igrejas, ele teria que ter ficado com os outros 90%. Que dizimista é este que dá 10% para o Sumo Sacerdote e os outros 90% para um rei pagão, descontando apenas o custo operacional da guerra?
i* Yeshua (Jesus) nunca recebeu dízimos. Melquisedeque simbolizava ou era o Messias, por que não encontramos relatos de pessoas dando dízimos a Yeshua (Jesus) durante Seu tempo aqui na Terra? Não é Ele o Sumo Sacerdote da Ordem de Melq de Melquisedeque? Como ousam os líderes religiosos hoje exigir dízimos aos seus fiéis na qualidade de sacerdotes sucessores de Melquisedeque, se o nosso Sumo Sacerdote não fazia assim?

DESPOJOS DE GUERRA

Dízimo sobre despojos são único neste caso de Abraão. Dois outros exemplos são apresentados na bíblia. O primeiro em Êxodo 3:21-22; 11:2-3; 12:35-36, quando os Israelitas ganharam dos Egípcios pouco antes de saírem para o deserto. Está bem claro que eles não deram (tão pouco pagaram) qualquer dízimo.
Interessante notar que o texto justifica esta dádiva afirmando que aquilo era uma compensação salarial pelos muitos anos de trabalho escravo. Esta massa de salários atrasados, esta “indenização trabalhista paga na despedida”, deveria ser à luz da teologia moderna, cem por cento dizimável. Entretanto isto não acontece.
Mas, a seu bom tempo, meses mais tarde, parte desta fortuna é oferecida liberalmente, de todo o coração, não por tristeza ou por necessidade, mas com prazer, em forma de ofertas voluntárias para a construção do Tabernáculo. D-us ama quem dá com alegria! (Ver Êxodo 35:5,20,21; 36:3,5,6)
O segundo exemplo traz detalhes sobre os procedimentos das ofertas aplicados aos despojos de guerra.
O texto encontra-se em Números 31. Houve uma guerra com os Medianitas. Um quinhentos-ávos da metade dos despojos destinada à congregação deveria ser oferecido como oferta ao S-nhor (verso 27 e 28). Um cinquenta-ávos da outra metade deveria ser oferecido pelos soldados ao sacerdote Eleazar (Verso 29).
Nenhum sistema de dízimo é aplicado a estes despojos. E saber que toda aquela matemática de divisão de ofertas dos despojos, incluía bois, jumentos, ovelhas. (Versos 9, 26-31). Exatamente as mesmas “unidades monetárias” utilizadas no cálculo do dízimo da era levitica.

Assim, podemos afirmar que Abraão deu o dízimo a Melquisedeque sem estar obedecendo alguma lei que o obrigasse a fazê-lo. É mais fácil afirmar que ele estava seguindo uma tradição de sua época. Costumes religiosos da cultura de seus dias. Ele deu o dízimo sobre valores de coisas roubadas. Coisas roubadas, recuperadas e devolvidas aos seus legítimos donos (Gênesis 14:21-23). Deu também o dízimo sobre o salário alheio. Sobre a parte que se referia ao pagamento dos homens que foram com ele para a guerra. Os trezentos e dezoito valentes e seus amigos Aner, Escol e Mamre. (Gênesis 14:24).

Aqueles que buscam em Abraão um exemplo de fiel dizimista deveriam explicar sua prática de dar o dízimo. Explicar o “pagamento” de um dízimo feito a um sumo - sacerdote "desconhecido".
Quem eram seus sacerdotes? Como era composto seu clero? Será que o evangelho foi pregado primeiramente aos Jebuseus, em contraste ao que é afirmado em Gálatas 3:8: Ora, tendo a Escritura previsto que D-us havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações.

Para Abraão o princípio de dar dízimos não lhe era estranho. Tabletes cuneiformes comprovam esta prática entre os povos da Mesopotâmia. Os caldeus e os babilônicos sustentavam seus templos, seus deuses com dízimos. (Veja W. von Soden, He Ancient Orient, Eerdmans, 1994, pp. 188-198. Também A. e W. Eichrodt, Theology of He Old Testament, SCM, 1987, Vol. I, pp. 141-177 e Harris, Archer, Waltke, Theological Wordbook of He Old Testament, Moody Press, 1980).

Concluímos então que Abraão não é um exemplo de dizimista para nossos dias. Em nenhuma parte da Bíblia ele é apresentado como um dizimista sistemático, regular. Suas práticas de dízimos em nada se parecem com as requeridas hoje em dia pelos lideres religiosos. Abraão dizimou justamente riquezas que não lhe pertenciam. Riquezas que ele devolveu (90%) aos seus legítimos donos. Abraão estava seguindo um costume de sua época. Costume dos povos da Antiguidade.

Abraão deu seu dízimo a um sacerdote- E ele abençoou Abraão e sua prática dizimista.Se D-us abençoou o sistema de dízimo de Abraão, como alguém ousaria mudar todo o contexto e fazer aplicações distorcidas para sustentar uma teologia moderna de espoliação a crentes sinceros. Pessoas simples que são induzidas a dar dez por cento de suas rendas a líderes religiosos completamente desassemelhados a Melquisedeque, o sacerdote do D-us Altíssimo. O recebedor e abençoador do dízimo especial de Abraão?

Na realidade tudo aquilo era uma grande tipologia. Melquisedeque representando Yeshua (Jesus), nosso Sumo Sacerdote. Abraão retornando a Jerusalém, a Cidade da Paz, trazendo os cativos. O pão e o vinho também estavam ali nas mãos de Melquisedeque complementando a belíssima tipologia da salvação. Da liberdade. Da paz. O dízimo de Abraão também era um ritual simbólico. Adoração ao D-us que liberta. Uma oferenda.Um culto ao grande D-us que garante todas as vitórias! Àquele que nos fez livres em Mashiach Yeshua (Cristo Jesus).Esta é a história de um D-us que ama àqueles que lhe dão ofertas voluntárias. Sem imposição. Sem coação. Sem ameaças de maldição. Sem superstições. Depois destas coisas veio a palavra do S-nhor a Abraão numa visão, dizendo: Não temas, Abraão, Eu sou teu escudo; o sua recompensa será muito grande. (Gênesis 15:1).

Baruch atá Adonay Maguen Avraham (Bendito sejas tu Adonay escudo de Abraão)
E quanto a você, ainda teme ser amaldiçoado, caso decida parar de sustentar um lidere religioso financista ávido por receber taxas e mensalidades que eles insistem em chamar de “dízimos”?
Pense bem! D-us é o seu escudo, e o seu galardão será grande.
Liberte-se hoje de todas estas superstições denominacionais, financistas e mentirosas e o S-nhor fará de você uma verdadeira benção!




Video: 

texto de Beny Pharisien
mais: Dizimo é para os pobres

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Leis de Thelema

O livro da lei Liber al
O movimento místico/ocultista conhecido como Thelema foi estabelecida com a escritura do Livro da Lei. Este foi escrito (ou recebido) por Aleister Crowley no Cairo, Egito, no ano de 1904. É formado por três capítulos totalizando 220 versículos (referenciados normalmente como AL C:v, onde C é o capítulo e v o versículo), cada qual escrito no período de uma hora, começando ao meio-dia, dos dias 8, 9 e 10 de abril. Segundo Crowley, o autor foi uma entidade espiritual elevada denominada Aiwass, a qual posteriormente ele identificou como sendo seu próprio Sagrado Anjo Guardião. Os ensinamentos contidos nesse curto livro são claramente expressos na Lei de Thelema, sintetizada nestas duas frases:

    * "Faze o que tu queres será o todo da Lei" (AL I:40) e
    * "Amor é a lei, amor sob vontade" (AL I:57)

A interpretação deste livro é considerada uma questão estritamente individual. A colocação de idéias pessoais acerca do livro ou seu conteúdo é fortemente desencorajada para que não se criem dogmas ou interpretações oficiais sobre ele. Ainda que Crowley tenha expressado o desejo de ver a Lei de Thelema promulgada em todas as áreas da sociedade, o sucesso desta promulgação baseia-se mais no exemplo pessoal de cada thelemita, levando a que outras pessoas considerem aquela filosofia de vida como válida para si mesmas, assim adotando-a, do que pela evangelização ou tentativas de conversão. Como se diz no próprio Livro, "O sucesso é a tua prova: não argumentes, não convertas; não fales demasiado!" (AL III:42)

Aleister Crowley
É também proibida qualquer alteração, redução ou inclusão de trechos no Liber AL vel Legis, devendo ser mantida intacta sua estrutura, texto e mesmo o estilo de escrita. Todas as edições devem, também, trazer incluso o fac-símile do manuscrito original e, se possível, as traduções devem ter presente também o texto original em inglês. Isso é feito para evitar versões do livro sagrado.

De acordo com Crowley, a história do Livro da Lei tem início em 16 de março de 1904, quando ele buscava "invocar os Silfos" por meios ritualísticos para entreter sua esposa, Rose Kelly. Ainda que ela não tenha conseguido ver nada, pareceu entrar em uma forma leve de transe e repetidamente começou a dizer "Eles estão esperando por você!". Posto que Rose não tinha o menor interesse em magia ou misticismo, Crowley não lhe deu muita atenção. Porém, em 18 de março, após invocar a divindade egípcia Thoth (o deus do conhecimento), ele a ouviu mencionar outra divindade egípcia, Hórus, dizendo que este o estava esperando. Crowley, ainda cético, fez a sua esposa várias perguntas sobre Hórus, as quais ela respondeu acertadamente, ainda que sem nenhum conhecimento ou estudo prévio sobre aquela mitologia. A prova final de que a mensagem era verdadeira foi a identificação da figura de Hórus em uma peça funerária egípcia hoje conhecida como a Estela da Revelação, então exposta no Museu Boulaq, com o número de identificação 666 (que para os ocultistas está ligado não ao demônio, mas sim às divindades solares).

Estela da Revelação

Estela da revelação
A Estrela da Revelação ou Abominação da Desolação é uma tábua funerária do sacerdote Ankh-f-n-Khonsu. Descoberta por Rose Kelly no Museu de Boulaq no Cairo, durante o período de recebimento do Livro da Lei. Ao passar em frente a ela, Kelly identificou a figura de Hórus que desejava entrar em contato com Crowley. " Coincidentemente" o número da estela no museu era 666.

Nela constam a figura de Ra-Horaknty (Hórus) e Ankh-f-n-Khonsu, Nuit e Hadit. Adornada com trechos do Livro dos Mortos, na frente o capítulo 91 e atrás, 11 linhas do capítulo 2 e 30.
Em 20 de março Crowley invocou o deus Hórus, sendo bem sucedido na tarefa. De 23 de março a 8 de abril passou traduzindo os hieróglifos da Estela. Ainda, Rose revelou que seu "informante" não era Hórus por si, mas seu porta-voz, Aiwass. Finalmente, em 7 de abril, Rose deu a Crowley instruções sobre como proceder dali em diante. Por três dias ele entrou no "templo" no horário determinado e escreveu até as 13h.

A Escritura
Crowley escreveu o Livro da Lei nos dias 8, 9 e 10 de abril de 1904, entre o meio-dia e as 13h. Crowley descreve seu encontro com Aiwass no "The Equinox of the Gods" ("O Equinócio dos Deuses"). Ele conta que a Voz de Aiwass vinha por sobre seu ombro esquerdo, como se o orador estivesse parado em um dos cantos do quarto. A voz é descrita como

    [...] de um timbre profundo, musical e expressivo, com tons solenes, voluptuosos e tenros, flamejante e despida de tudo que não fosse o conteúdo da mensagem. Não um baixo, talvez um rico tenor ou barítono.

Posteriormente, a voz de Aiwass foi dita por Crowley como destituída de qualquer sotaque, nativo ou estrangeiro.

Ainda que ele não tenha olhado ao redor, Crowley teve a impressão de que Aiwass era feito de um corpo de "matéria fina" como um "véu de gaze". Posteriormente, após outras experiências de contato com essa entidade dita "preter-humana", ele o descreveu como "um homem alto e escuro, com cerca de trinta anos, composto, ativo e forte, com o rosto de um rei selvagem, cujos olhos eram velados pois seu olhar poderia destruir o que estivesse olhando". As roupas não seriam árabes mas vagamente sugerindo vestes assírias ou persas.

Crowley também deixou claro que a escritura não foi um ato de escrita automática ou psicografia e sim que ele apenas escrevia o que era ditado por uma voz real falando a ele. Isso é mostrado pelos vários erros de escrita no manuscrito original, corrigidos na hora por Crowley. Ele admitia que Awiass podia ser uma manifestação de seu subconsciente, mas mesmo assim considerava que a mensagem ditada estava além da experiência ou conhecimento humanos, sendo necessária uma inteligência de nível superior que apenas um deus poderia possuir. Sobre isso, comentou:

    É claro que eu o escrevi, tinta no papel, no sentido material; mas aquelas não eram Minhas palavras, a não ser que Aiwass não fosse mais do que meu self subconsciente (sic) ou alguma parte disto: nesse caso, meu Self consciente, sendo ignorante acerca da Verdade do Livro e hostil à maior parte da ética e da filosofia do Livro, Aiwass seria uma parte severamente suprimida de mim. Esta teoria implicaria que eu sou, ainda que desconhecendo, possuidor de toda sorte de conhecimento e poder preternaturais.
Liber all

Em sua introdução ao "The Law is for All" ("A Lei é Para Todos"), o discípulo e secretário de Crowley, Israel Regardie coloca que:

    De fato, faz pouca diferença no fim das contas se o Livo da Lei foi ditado a [Crowley] por uma inteligência preter-humana chamada Aiwass ou se fluiu das profundezas criativas de Aleister Crowley. O livro foi escrito. E se tornou a pedra fundamental para o Zeitgeist, acertadamente expressando a natureza intrínseca de nosso tempo como ninguém mais havia feito até então.

Lei de Thelema

Faze o que tu queres há de ser toda a Lei

O princípio Thelemico está dedicado aos altos propósitos de segurança da Liberdade do Indivíduo e de seu crescimento em Luz, Sabedoria, Compreensão, Conhecimento e Poder; mediante Beleza, Coragem e Sapiência;

A lei de Thelema está encravada no Livro da Lei, recebido por Aleister Crowley em 1904, e com este, uma mensagem de revolução do pensamento humano, da cultura e religião baseados no simples axioma: "Faze o que tu queres há de ser toda a Lei - Amor é a lei, amor sob vontade". Essa Lei, resumida na palavra Thelema, não é para ser interpretada como uma licença para satisfazer cada capricho vivido, porém antes um mandato a descobrir a sua única e Verdadeira Vontade e persegui-la; deixando outros fazerem o mesmo em seus únicos e próprios e caminhos. "Todo homem e toda mulher é uma estrela".
Amor é a lei, amor sob vontade.

Paz, Tolerância, Verdade;
Saudações em Todos os Pontos do Triângulo;
Com Respeito à Ordem.
A Quem Interessar possa.

Thelema ("Télêma") é uma palavra Grega que significa "vontade" ou "intenção". Ela é também o nome da nova filosofia espiritual que foi erguida à quase cem anos e está agora tornando-se gradualmente estabilizada ao redor do mundo.

Uma das mais primeiras menções a esta filosofia ocorre no clássico Gargantua e Pantagruel escritos por Francois Rabelais em 1532. Um episódio desta aventura épica conta-nos da fundação da "Abadia de Thelema" como uma instituição para o cultivo das virtudes humanas, que Rabelais identificou como sendo por completa oposta às prevalecentes propriedades Cristãs do momento. A única regra da Abadia de Thelema era: "Faze o que tu queres há de ser toda a Lei". Essa tem sido uma das crenças básicas da filosofia Thelemica hoje.

Embora tocada sobre vários proeminentes e visionários pensadores nos cem anos seguintes, a semente de Thelema plantada por Rabelais eventualmente veio a dar frutos na primeira parte deste século, quando desenvolvida por um inglês chamado Aleister Crowley.

Crowley gastou o resto de sua vida desenvolvendo a filosofia de Thelema, tal como revelado pelo Livro da Lei. O resultado foi uma volumosa produção de comentários e trabalhos relacionados à magick, misticismo, yoga, qabalah e outros assuntos ocultistas. Virtualmente todos esses escritos levaram a influência de Thelema, tal como interpretada e entendida por Crowley em sua capacidade como profeta do Novo Aeon. (Nova era)

Isis, Hórus e Osíris trindade egipcia
Uma teoria defende que cada capítulo do Livro da Lei está associado, em particular, com um aeon da evolução espiritual da humanidade. De acordo com isto, o Capítulo Um caracteriza o Aeon de Ísis, quando o arquétipo da divindade feminina era eminente. O Capítulo Dois relata o Aeon de Osíris, quando o arquétipo do deus morto tornou-se proeminente, e as palavras da religiões patriarcais foram estabelecidas. O Capítulo Três proclama o alvorecer de um novo aeon, o Aeon de Hórus, a criança de Ísis e Osíris. É neste novo aeon que a filosofia de Thelema será completamente desvelada à humanidade, e será estabelecida como o primeiro paradigma para a evolução espiritual das espécies.

Alguns desses elementos essenciais da crença em Thelema são:

"Todo homem e toda mulher é uma estrela."

O significado disto geralmente é tomado que cada um indivíduo é único e têm seus próprios caminhos em um universo espaçoso, onde eles podem mover-se livremente sem colisão.

"Faze o que tu queres há ser toda a Lei." e "tu não tens direito senão faze o que tu queres."

Muitos Thelemitas esperam que toda pessoa possui uma Verdadeira Vontade, uma simples motivação abrangente por suas existências. A Lei de Thelema determina que cada pessoa siga sua Verdadeira Vontade para alcançar satisfação na vida e liberdade das restrições da suas naturezas. Pois duas Verdadeiras Vontades não podem estar em real conflito (de acordo com "Todo homem e toda mulher é uma estrela"), essa Lei também proíbe alguém de interferir na Verdadeira Vontade de qualquer outra pessoa.

A noção de absoluta liberdade para um indivíduo seguir sua Verdadeira Vontade é uma das nutridas entre os Thelemitas. Essa filosofia também reconhece que a principal tarefa de um indivíduo que inicia o caminho de Thelema, é primeiro descobrir sua Verdadeira Vontade, através de métodos de auto-exploração tal como a magick. Além disso, toda Verdadeira Vontade é diferente, e por isso cada pessoa tem um único ponto de vista do universo, ninguém pode determinar a Verdadeira Vontade para outra pessoa. Cada pessoa deve chegar a descobrir por elas próprias.

É claro, com a ênfase sobre a liberdade e individualidade inerente em Thelema, as crenças de qualquer dado Thelemita são provavelmente para diferenciar daqueles de qualquer outro. No Comento anexado ao Livro da Lei é estabelecido que: "Todas as questões do Livro da Lei devem ser decididas apenas por apelo aos meus escritos, cada qual por si mesmo." Nisso, Thelema mal pode ser classificada como um "religião", uma vez que ele engloba uma vasta área de crenças, desde ateísmo ao politeísmo. O importante é que cada pessoa tem o direito de completar-se através de quaisquer credo e ações que são melhor adequados para eles (desde que eles não interfiram na vontade de outros), e somente eles mesmos estão qualificados para determinar quais são.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O mito do arrebatamento de Elias e Enoque

Quando se diz que Elias foi arrebatado o que querem dizer? Baseado numa passagem bíblica, que veremos mais à frente, dizem que Elias foi levado por Deus ao Céu de corpo e alma, ou seja, pensam que na verdade Elias não morreu?
profeta Elias
Se Elias não morreu, ficamos em dúvida por querer saber o porquê desse privilégio, pois se até mesmo Jesus, o Cristo, que era muito superior a Elias, morreu pregado numa cruz.
Por outro lado, ficamos, também, sem entender o que Elias faria com o corpo físico no mundo espiritual. Seria o mesmo que mandarmos alguém viver debaixo d’água do jeito que ele vive aqui na superfície, sem lhe dar nenhum equipamento apropriado àquele lugar. A coisa não lhe parece absurda? Entretanto é o que esperam em relação a Elias, ou seja, que ele vá viver numa outra dimensão, totalmente diferente daquela que é adequada somente à matéria, como se nessa dimensão fosse necessário o corpo físico para se viver a vida do espírito.
Também não encontramos nenhum respaldo para esse absurdo no que Jesus deixou como legado à humanidade através das narrativas dos evangelistas. Muito ao contrário, entendemos que afirma justamente o oposto. Vejamos, no entender de Jesus, o que consta no evangelho segundo João:

“O espírito é o que dá a vida. A carne não serve para nada” Jo 6,63 

Perguntamos: se a carne não serve para nada, para que ela serviria depois da morte? Se, pelas palavras de Jesus, “Deus é Espírito” (Jo 4, 24) ficaremos novamente com um outro absurdo, qual seja: na dimensão espiritual nós seremos ainda matéria enquanto que o próprio Criador é um ser espiritual. Acrescentamos mais ainda; Jesus, pouco antes de expirar, disse: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46). Por que ele não entregou o corpo? É por pura coerência, já que antes havia dito que a carne de nada serve, não é mesmo?
Não se pode alegar ignorância dessa realidade, pois até mesmo no Antigo Testamento encontramos a indiscutível separação entre o corpo e espírito:


“O pó volte à terra, onde estava, e o espírito volte para Deus, seu autor” (Ecl 12, 7).

E, Paulo de Tarso, se dirigindo aos coríntios, arremata categórico: “Mas isto vos digo, irmãos: a carne e o sangue não podem possuir o Reino de Deus, nem a corrupção herdará a incorrupção” (1 Cor 15, 50). Não está afirmando, com outras palavras, que é o espírito que vai herdar o reino de Deus? Afirmou um pouco antes: “Pois, se há um corpo animal, há também um corpo espiritual” (v. 44), quando explicava aos coríntios qual era o corpo da ressurreição.
Vamos, agora, ver a passagem em que é citado arrebatamento de Elias, que está narrado em 2 Reis 2, 11:

“Ora, enquanto seguiam pela estrada conversando, de repente apareceu um carro de fogo com cavalos também de fogo, separando-os um do outro, e Elias subiu para o céu no turbilhão”.

Depois disso procuraram Elias por todos os lugares e não o encontraram. Interessante colocarmos as explicações dos tradutores da Bíblia de Jerusalém a cerca disto: “A busca infrutífera certifica apenas que Elias não é mais deste mundo; seu destino é mistério que Eliseu não quer desvendar. O texto não diz que Elias não morreu, mas facilmente se pôde chegar a essa conclusão”. Só que esse facilmente parece não ser tão fácil assim, pois ainda existem muitas pessoas que acreditam que Elias não morreu, foi de corpo e alma para o céu. Verdade que esses fanáticos religiosos aceitam com base numa fé cega, apesar de absurda.
Pelos acontecimentos anteriores a esse arrebatamento, lemos que Eliseu, discípulo de Elias, pressentindo o final do seu mestre, lhe faz um pedido: “Eu gostaria de receber uma porção dupla de teu espírito” (v. 9). Ao que lhe respondeu Elias: “Fizeste um pedido difícil. Mas se me vires ao ser arrebatado do teu lado, terás o que pediste; se não me vire, não o terás” (v 10). O que será que aconteceu? Não deixaremos para o próximo capítulo, caro leitor, pois não o queremos ver “morrendo” de curiosidade. Bom, a única coisa que sobrou de Elias, após o tal arrebatamento, foi o seu manto. Eliseu pega esse manto e bate com ele na água do rio Jordão. Isso fez com que a água se dividisse em duas partes, fato que os outros profetas da comunidade viram. Diante desse extraordinário fenômeno, e como Elias já tinha também feito isso, disseram: “O espírito de Elias repousou sobre Eliseu” (v.15). O que numa linguagem popular ficaria assim: “O espírito de Elias baixou em Eliseu”. Nós diremos que de fato Elias morreu, pois fica comprovado que do plano espiritual influência Eliseu.

Na narrativa bíblica sobre o arrebatamento se afirma que Elias foi levado num turbilhão (ou redemoinho, segundo algumas traduções). Será que o acontecido não teria sido um fenômeno de ordem natural produzido pela natureza como um tufão, um ciclone ou um tornado? Não sabemos que nesses fenômenos são tragados objetos de peso considerável? Seria este o caso de Elias? Sinceramente, ficamos inclinados a aceitar essa hipótese, pois se não foi assim, teremos que aceitar que Elias foi levado pelo demônio! Como? Veja a narrativa não diz que apareceu um carro de fogo com cavalos de fogo? Ora, não se afirma que todas as coisas do demônio são de fogo? Assim, podemos pressupor que ele, em pessoa, veio, em seu exuberante veículo de transporte, buscar Elias, deu uma voltinha com ele no céu (o azul) e o levou diretamente para a fornalha ardente do inferno.
Será que alguém conseguirá provar o contrário? Provar não, mas acreditar numa outra hipótese sim. Os aficionados em disco voador, por exemplo, poderão dizer que Elias foi abduzido por um OVNI, também aqui ninguém poderá provar o contrário.Fica ao critério do leitor e da interpretação que ele da ao texto.

Parafraseando Jesus, diremos: Quem tem capacidade de entender, entenda. Mas, se isso ainda for difícil a você, podemos acrescentar algo, que lhe ajudará a dissipar de uma vez por todas a sua dúvida, e aqui estamos falando somente para os não fanatizados, o que Jesus disse:

“Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu: o Filho do homem”. Jo 3,13

Outro detalhe que nós vemos é que algumas biblias traduzem a subida de Elias como um arrebatamento. A palavra arrebatamento não significa nescessariamente um arrebatamento ao céu, mas simplismente uma mudança de lugar, uma transladação. Vejamos por exemplo o caso de Felipe. Felipe após pregar ao Etiope e lhe batizar é transladado de lugar por um espirito:

"E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho" At 8,39

Nós vemos claramente que Felipe foi arrebatado, mas não morto e nem ascendeu aos céus. Felipe foi simplesmente transladado de um lugar para outro. Assim da mesma maneira podemos entender que o arrebatamento de Elias foi apenas uma transladação, uma mudança de lugar, sendo que homens impios queriam matar Elias.

Então lhe veio um escrito da parte de Elias, o profeta, que dizia: Assim diz o SENHOR Deus de Davi teu pai: Porquanto não andaste nos caminhos de Jeosafá, teu pai, e nos caminhos de Asa, rei de Judá, 2 Crônicas 21:12

Jeorão reinou 8 anos em Jerusalém, conforme observa-se em 2Cr 21:5 e 2Reis 8:17,18 .Os reinos dos dois Jeorões terminaram juntos, conforme observa-se em 2Reis 8:25

Vejamos: “Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal…E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.” (2 Reis 2:1, 11).

A verdade, o papel do carro de fogo foi apenas de separar Elias de Elizeu e ele, na verdade, foi trasladado num redemoinho. O que isto implica: Ora, primeiro que a história de que um carro de fogo levou Elias não está bem contada e segundo que foi num redemoinho, que é formado por ar. Logo Elias não saiu da atmosfera terrestre, pois fora desta, não há redemoinho!

Os filhos dos profetas sabiam que Elias seria retirado: “Então, os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. “ (2 Rs 2:3)

Nos estranha a sugestão de procurá-lo nos montes ou nos vales. Eles não viram pra onde foi Elias? Aí está uma prova de que ele não teria saído do Céu atmosférico e que poderia, sim, estar em algum outro lugar na Terra. Como já vimos, a existência da carta, prova que, não apenas ele estava na Terra, mas que estava acompanhando o desenrolar dos fatos.

Portanto esses mitos que surgem devido a interpretação superficial das escrituras devem ser analisados a fundo para não incorrer em erros.Outros mitos que são comuns vermos também é dizerem que Moisés e Enoque não morreram, o que também não tem respaldo biblico.

A morte de Moisés é narrada em deuteronômio 34,5 em diante e Enoque é dito em gênesis que ele andou com Deus (gn 5,22) expressão biblica que significa ser justo e temente a Deus, e não que ele andou literalmente com Deus, pois a escritura afirma que ninguém viu Deus. No mesmo livro é mencionado quantos anos Enoque viveu (gn 5,23) e a seguir diz que Deus o tomou para sí (v24) expressão que significa sua morte e não um arrebatamento.

"E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém.E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou" Gn 5,22-24

É o mesmo que eu conhecer um pastor muito bom e cheio do espirito santo e dizer que ele anda com Deus. Eu não estaria dizendo que ele anda fisicamente com Deus mas que anda com Deus em sua vida. E se esse pastor falece e eu digo: "Deus ochamou", não estou dizendo que ele foi arrebatado, mas estou usando uma expressão simbólica para dizer que ele morreu e cumpriu sua missão, e portanto estará no céu.

Quando Moisés narrou o 5º capítulo de Gênesis, ele cita as descendências dos Patriarcas sem sair do seu padrão de narrativa. Quando, porém, se refere a Enoque ele traça um valoroso comentário que nos faz chegar à conclusão de que Enoque foi um homem especial para Deus. Visto que no seu tempo a corrupção do gênero humano aumentava a cada dia, mas ele agradava a Deus, andando segundo a sua vontade e, além de fazer à vontade de Deus, ele repreendia aquela geração que se distanciava de Deus pela prática do pecado, provavelmente, ele advertia-os de que Deus os destruiria, pois Enoque era também profeta e, ainda em seu tempo, profetizou a respeito da vinda de Jesus Cristo.

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar entre eles todos os ímpios..." Judas 14.

Os ímpios, aqui mencionados, são os pecadores desde Adão até a vinda de Jesus. Assim Enoque despertava a ira nos pecadores do seu tempo: ao profetizar que seriam julgados e eliminados, o ódio era tamanho que chegaram a ponto de desejarem matá-lo.

Nós sabemos que de todos os homens que foram usados por Deus para transmitir a sua palavra, muitos foram perseguidos pelos seus inimigos, (os pecadores) e até mortos. E Enoque era um deste que foi odiado pelos transgressores das leis de Deus e que, se possível, eles o matariam se Deus não intercedesse por ele, ou seja, Deus teve que retirá-lo do meio daquela geração e levá-lo para outro lugar, na terra, conservando sua vida. Exatamente por isso foi que o escritor de Hebreus disse:

"... Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus." (Hebreus 11:5).

Trasladado: adj. Mudado de um lugar para outro.

A Enoque Deus o transladou, ou seja, segundo o dicionário, ele foi levado de um lugar para o outro da terra para não ser morto, pois que estava sendo perseguido por aquela geração que se corrompia e que queriam matá-lo pela sua fidelidade para com Deus. Mas não foi achado! Porque Deus o "TRANSLADARA" (Hebreus11:5).

Ora! Que verdade! Se não foi achado é porque foi procurado! E se foi procurado é porque estava sendo perseguido, e se perseguido, é por que, com certeza, estava em algum lugar da terra.  Só que ele obteve testemunho de haver agradado a Deus! E por isso Deus o transladou para algum outro lugar da terra.

vejamos o versiculo seguinte do mesmo capitulo de hebreus:
"Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra" Hb11,13
 
Como vemos, o autor de Hebreus mesmo afirma "Todos estes morreram"! Vejamos outro exemplo da palavra arrebatamento:
 
"E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia" Atos 8:39-40

Assim como Enoque e Elias, Filipe também foi arrebatado, mais não aos céus e sim para outra parte da Terra.
Analisem os textos com coerência e não se apeguem a mitos, pois isso gera contradições e a biblia não tem contradições, sendo a palavra de Deus! "Ninguém subiu ao céu" (Jo3,13)

Arrebatamento, verdade ou mentira


O mito do arrebatamento


Mais: Mitos biblicos
Shalom!
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