segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Apocalipse já aconteceu ! Analisem os fatos!

No seu famoso sermão profético, Jesus disse:

"Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam" Mt 24,34

Uma geração, segundo a bíblia, dura quarenta anos:

"Assim se acendeu a ira do SENHOR contra Israel, e fê-los andar errantes pelo deserto quarenta anos até que se consumiu toda aquela geração, que fizera mal aos olhos do SENHOR."  (Números 32 : 13)

Jesus morreu aproximadamente no ano 30 da era comum. Se somarmos quarenta anos após sua morte, temos o ano 70. Esse foi exatamente o ano em que Jersalém caiu. Então vemos que Jesus disse a verdade. Não passou aquela geração sem que acontecesse tudo que Jesus disse que iria acontecer. Então porque dizem que a geração de que falou Jesus é a nossa de dois mil anos depois?

Jesus disse mais, disse que os discipulos não terminariam de percorrer Israel sem que ele viesse:

"Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem."  (Mateus 10 : 23)

Que alguns não morreriam sem que vissem ele chegando com seu reino:

"E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus."  (Lucas 9 : 27)

"DIZIA-LHES também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder."  (Marcos 9 : 1)

"Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino."  (Mateus 16 : 28)

E até Caifás, o sumo sacerdote o veria:

"Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" Mt26,64

Note que Jesus disse em BREVE e não dois mil anos depois. Então porque distorcem as palavras de Jesus? Mesmo no apocalipse a promessa de sua vinda é em breve e ele seria visto até mesmo pelos que os transpassaram:

"REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo;" Ap 1,1

"Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém" Ap 1,7

Então porque ignoram isto, e o contexto e dizem que isso se refere a dois mil anos depois? Vontade de passar pelo apocalipse? Falta de estudo e conhecimento bíblico? Ou mais uma forma de manipular os fiéis?

Muitos pregadores, apesar de conhecimento teológico, atribuem estes acontecimentos proféticos ao futuro, e dizem aos fiéis para se prepararem para o apocalipse. Em todos os tempos, sempre existiram grupos cristãos que acreditavam que estavam vivendo na época do apocalipse, Mórmons, adventistas, testemunhas de Jeová etc.... E acontece isso até hoje. Seitas surgiram e algumas até incentivaram seus fiéis a largarem estudos, trabalho e tudo só para aguardarem um apocalipse que já aconteceu há dois mil anos! Hoje ainda o apocalipse é o foco de grupos cristãos, e como em outras épocas, nomes diferentes são cogitados como a besta, Obama, O papa, Bin laden, Principe willians etc....

Na segunda guerra mundial, muitos achavam que estavam vivendo o apocalipse, até porque essa foi de fato a única guerra que envolveu o planeta inteiro, os cinco continentes e não veio nenhum apocalipse. Diziam que Hitler era a besta do apocalipse e que os dez chifres eram seus generais. Acabou a segunda guerra mundial e nada. Daqui a um século nenhum desses nomes já cogitados, existirá mais e surgirão outros e outros grupos que vão estar dizendo o mesmo. O apocalipse é agora!

Pregadores ainda irão subir em seus pulpitos e citar o serão profético como alerta aos cristãos ignorando os versiculos inconvenientes é claro: "E sereis levados perante sinédrios e sinagogas", "Jerusalém será pisada pelos gentios", "Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam" e etc.... Mesmo que lá no fundo eles saibam que não é verdade, mas querem acreditar!

Porque a verdade é essa, todas as gerações querem viver o apocalipse, mas quem passou por inúmeras tribulações nos últimos dois mil anos, foram os judeus ! Mas como forma de manipulação, os pregadores citam palavras chaves para os fiéis verem em suas bíblias e acreditarem e temerem um suposto fim do mundo. Uma dessas palavras é ultimos dias. Ai eles dizem que Jesus esta falando dos ultimos dias. Mas ignoram, ou omitem, que Jesus veio nos ultimos dias:

"HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho" Hb 1,1

Sabem por que? Porque os utimos dias que a bíblia fala, são os ultimos dias de Israel, não da humanidade. Senão os apostolos estavam enganados:

"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora."  (I João 2 : 18)

Mas ai dizem, que a besta deveria pisar toda a terra e a prostituta dominar toda a terra. Toda a terra, também se refere a toda a terra de Israel e não o planeta inteiro, senão a bíblia estaria mentindo em vários versiculos:

"Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer losna, e lhes farei beber águas de fel; porque dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra."  (Jeremias 23 : 15) Os profetas judeus contaminaram todo planeta?

"Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé."  (Romanos 1 : 8) Os cristãos eram conhecidos em todo o planeta?

Muitos pregadores sabem disto, conhecem estes versiculos e mesmo assim distorcem, porque querem acreditar em um apocalipse e levar seus fiéis a o esperarem. Mesmo a palavra apocalipse, na verdade significa revlação apenas. Mostra a revelação de João sobre o triunfo de Jesus e sua igreja perante a imposição dos romanos e a rejeição dos judeus. Mas eles querem que seja o fim do mundo. Então vamos analisar:

A BESTA
Feras de Daniel
Pregam mil teorias por ai sobre quem será a besta.Das mais coerentes até as mais malucas.A besta que surge do mar descrita por João em apocalipse 13 é a mesma quarta fera que Daniel descreve em Daniel 7. Apesar de muitos acharem que a besta será o papa, as nações unidas, um bloco economico etc.... a besta já veio. basta analisarmos o livro do apocalipse e sua linguagem simbólica em conjunto com o livro de Daniel.

Daniel 7 relata uma visão que o Eterno concedeu a Daniel sobre os quatro reinos que iriam dominar o mundo. Vou me focar no quarto reino, mas antes irei dar uma breve analisada nos três reinos anteriores.

1º Reino - Leão que possuía asas de águia. = Representa o primeiro reino que governou o mundo conhecido da época, Babilônia cujo rei mais "famoso" foi Nabucodonosor, as asas de águia representam grande rapidez de conquista.

2º Reino - Urso que tinha na boca três costelas e que devorava muita carne. = Representa o segundo império que dominou o mundo que foi o império Medo-Persa. O império Medo-Persa invadiu e conquistou Babilônia em uma noite. As três costelas se referem aos três povos que ofereciam resistencia ao império Medo-Persa que eram: Babilônia, a Lídia e o Egito. Seu maior imperdor foi Ciro, o Grande.

3º Reino - Leopardo com 4 asas de ave e 4 cabeças. = Representa a Grécia de Alexandre, o Grande. As 4 asas se referem a rapidez de conquista, e por ser 4 asas representa que dominaria os territórios muito mais rápido que os reinos anteriores.

As 4 cabeças representam os 4 generais de Alexandre, o Grande que eram:
Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolemeu.

4º Reino - Animal terrível com dentes de ferro e 10 chifres, três chifres foram arrancados e subiu 1 chifre pequeno que tinha olhos e boca. = Representa o quarto império a dominar o mundo, Roma:

"O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços" Dn 7,23

A besta tem dez chifres:
"Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres." Dn 7,7

"E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia" Ap 13,1

Os dez chifres são dez reis:
"E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis" Dn 9,24

"E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta" Ap 17,12

A besta profere blasfêmias contra o altissimo:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" Dn 7,25

"E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses" Ap 13,5-6

A besta destrói os santos dos altissimos:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" Dn 7,25

"E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação" Ap 13,7

A besta age por 42 meses:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" Dn 7,25

"E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses" Ap13,5

Roma foi o quarto império a subjulgar israel e o que mais oprimiu o povo Israelita. Os dez chifres foram os dez imperadores romanos que mais oprimiram e massacraram o povo de Israel:

1º)Tibério (14 - 37)
2º)Calígula (37 - 41)
3º)Cláudio (41 - 54)
4°)Nero (54-68)

Transição entre dinastia JULIUS e dinastia FLAVIUS

Galba (68 - 69) (não obteve reinado)
Oto (69)            (não obteve reinado)
Vitélio (69)        (não obteve reinado)

2ª DINASTIA DOS FLÁVIUS E ANTONINUS

5º)Vespasiano (69 - 79)  destruiu o templo de Jerusalém no ano 70d.C.
6º)Tito (79 - 81)
7º)Dominiciano (81 - 96)
8°)Nerva (96 - 98)
9°)Trajano (98 - 117)

10°) Adriano (117 - 138) destruiu completamente Jerusalém no ano 136d.C. após a revolta de Barkova, revolta que durou aproximadamente três anos e meio, isto é, um tempo, dois tempos e metade de um tempo ou quarenta e dois meses. Exatamente como dizia a profecia. Adriano chegou a decretar o judaísmo ilegal o que ocasionou na diáspora dos judeus, cumprindo a profecia que dizia: "destruirá os santos dos altissimos". Mudou até o nome do lugar para Aélia captólina. Isto tudo já aconteceu. Seu pastor pode dizer que não. Mas olhe em sua bíblia e compare se a besta que João descreve não é a mesma quarta fera de Daniel:

Compare em sua bíblia


Os sete reis a partir de Augusto César

No ano 70 durante a primeira revolta judaica, o templo é destruido. Os judeus foram saqueados, humilhados e milhares levados como escravos para Roma.Para quem não sabe o Coliseu foi construido com o tesouro dos judeus e com mão de obra escrava judaica.

No ano 136, após a segunda revolta, os judeus são quase exterminados da terra e proibidos de ficarem em Israel. Foram brutalmente dispersados. Roma foi o maior império que já existiu na terra. Mesmo a terra não sendo toda conhecida na época, mas é considerado assim.

Roma foi o mais terrivel império que já existiu. Vide seus imperadores e suas atrocidades. Incesto, homosexualismo, matricidio, loucura, carnificina etc.... Vide o vídeo abaixo:





Roma fez a maior de todas as tribulações sobre o povo judeu. Nem o holocausto nazista é considerado pior que a dispersão romana por alguns judeus, pois foi a pior tribulação que um povo já sofreu. Imagine não poder nem voltar mais ao que sobrou de seu país, e nem poder mais professar sua fé por decreto.

A Mulher e o dragão
"E VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz" Ap12,1-2




Mulher em linguagem profética significa cidade. Aqui no caso a mulher de apocalipse 12 representa o próprio povo de Deus, Israel. Apesar da teologia católica ter enchergado nesta passagem uma referência a Maria, dentro do contexto, vemos que não se refere. Maria nunca foi perseguida e nem ajudada pela terra. João descreveu aqui de forma simbólica, Israel mesmo. Vejamos o que disse o profeta Jeremias:

"Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava."  (Jeremias 2 : 2)

"Porventura esquece-se a virgem dos seus enfeites, ou a noiva dos seus adornos? Todavia o meu povo se esqueceu de mim por inumeráveis dias."  (Jeremias 2 : 32)

Como vemos, Jerusalém sempre foi referida como a noiva do Eterno e não Maria, portanto é a Jerusalém que se aplica esta passagem. A mulher que João viu estava vestida de sol, com a lua aos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça. Deus é o sol da justiça que se refere aqui. As doze estrelas são as doze tribos de Israel. Apesar de alguns atribuirem a Maria e as estrelas aos apostolos, Maria não teve os apostolos por dicipulos, Portanto mais uma vez vemos que é uma referência a Jerusalém/Israel e não a Maria. Confirmamos isso nos versiculos seguintes, quando a mulher da a luz a um filho varão. O filho varão que regerá as nações com vara de ferro é o próprio Yeshua. As dores de parto representadas nesta profecia se referem ao fato do messias ter nascido durante a dominação romana, quando os Romanos estavam subjulgando Israel e oprimindo seu povo.

"E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas" Ap12,3

O dragão mencionado aqui é Roma. Note que o dragão tem sete cabeças e o próprio anjo explica o que significam estas sete cabeças: "As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada" (apocalipse 17,9) Roma é a cidade das sete colinas e sempre foi chamada assim, apesar de no mundo antigo ter havido outras cidades chamadas assim também, neste contexto podemos concluir que se trata de Roma mesmo. Portanto, João estava descrevendo o império Romano. Os dez chifres do dragão, assim como da besta que é também o império romano, são dez reis desse império. Note que assim como o anjo explica isso para João, o mesmo anjo ja havia explicado isso mesmo para Daniel.

Muitos pensam que este dragão é o diabo, um ser, que faz guerra no céu e derruba um terço dos anjos consigo. A palavra dragão, besta e fera possuem o mesmo significado. Algumas versões biblicas inclusive traduzem a palavra besta como fera em apocalipse 13. Todas significam impérios que se oponhem ao povo de Deus. A tradição judaica sempre enchergou esta palavra como simbolo de uma nação inimiga. mas devido a um versiculo interpretado literalmente, as pessoas pensam ser um ser: "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele" A palavra diabo e satanás significam opositores. Quem se oponhem a vontade divina. A antiga serpente é a antiga vontade de se opôr a Deus. Interpretar literalmente pode ocasionar alguns problemas. Primeiro, o que satanás estaria fazendo no céu? Porque Deus ou o próprio Yeshua não combatem com ele, mas Miguel? Será mesmo que Deus Oniciente permitiria uma rebelião nos céus e ainda anunciaria através de seu profeta? Isso não teria lógica. O que Miguel esta combatendo é Roma mesmo, assim como o mesmo Miguel ja combateu outros principes de povos que se opuseram ao povo de Deus:

"Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia."  (Daniel 10 : 13)

"E ele disse: Sabes por que eu vim a ti? Agora, pois, tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia."  (Daniel 10 : 20)

Miguel é o arcanjo que sempre combateu por israel E sempre foi considerado o principe do povo de Deus:

"Mas eu te declararei o que está registrado na escritura da verdade; e ninguém há que me anime contra aqueles, senão Miguel, vosso príncipe."  (Daniel 10 : 21)

E o próprio Daniel ja havia profetizado que Miguel combateria contra Roma:

"E NAQUELE tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro."  (Daniel 12 : 1)

Mas muitos enchergam nesta passagem uma queda de satanás devido ao livro dizer que Satanás arrastou consigo um terço das estrelas. Isto também foi profetizado por Daniel, representando um Homem, e não um ser, que faria guerra nos céus e derrubaria as estrelas. Isto tudo é linguagem simbólica e não literal, vejamos:

"E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra" Dn 8,10-11

Como vemos, Daniel diz que este principe se engrandeceria até contra os exércitos dos céus e das estrelas. É um homem, não um ser, e isto é uma linguagem simbólica, não literal, senão significaria que este homem subiu nos céus e fez guerra aos anjos. Não teria lógica interpretar isso literalmente. João só esta descrevendo o acontecimento profetizado anteriormente por Daniel de que um rei subiria aos céus (linguagem simbolica) e derrubaria um terço das estrelas (estrelas no céu significam os justos ver.Dn8,10). vejamos os versiculos seguintes de apocalipse 12

"...o dragão (ROMA) parou diante da mulher (Israel) que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro (Yeshua); e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono." Aqui não há nem nescessidade de explicar que se refere ao Messias.

"E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias" Os três anos e meio descritos aqui, ou 1260 dias, se refere a revolta judaica no ano 132, quando os judeus resistiram aos romanos por quase quatro anos. Isso aconteceu literalmente e é história.

"E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite" Esse versiculo se refere a queda de Jerusalém, pois o acusador mencionado aqui é o próprio Israel que perseguia e acusava os seguidores do messias, e foram vencidos pelos mesmos. No caso, o acusador de alguém são seus pecados. E o texto esta dizendo que os pecados de Israel foram derrubados ou vingados, como disse o próprio messias: ....porque estes são dias de vingaça...

Nos versiculos seguinte vemos que o dragão persegue a mulher e a terra ajuda a mulher. Os romanos continuaram a perseguir os Israelenses e depois, o anti-semitismo, e os judeus foram forçados a migrarem por diversas partes da Europa. A terra simboliza as nações que abrigaram os judeus, ainda que temporariamente. O próprio livro é bem claro ao dizer que o dragão persegue os que guardam os mandamentos de Deus, isto é, os judeus e também as testemunhas de Jesus, os cristãos:

"E o dragão (Roma) irou-se contra a mulher(Israel), e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus(Judeus), e têm o testemunho de Jesus Cristo(cristãos)"







A prostituta
Primeiro vamos observar que prostituta é uma cidade e não uma igreja: "E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra" Ap 17,18

Muitos pastores vão dizer que é uma igreja, mas a bíblia diz que é uma CIDADE! Fato!

"Veio, então, um dos sete Anjos que tinham as sete taças e falou comigo: Vem, e eu te mostrarei a condenação da grande meretriz, que se assenta à beira das muitas águas" Apocalipse 17:1

Vejamos a semelhança em Apocalipse 21.

"Então veio um dos sete Anjos que tinham as sete taças cheias dos sete últimos flagelos e disse-me: Vem, e mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro" Apocalipse 21:9

Um dos sete anjos mostra a Prostituta em Apocalipse 17, em Apocalipse 21 um dos setes anjos mostra a Noiva. A Noiva é a Nova Jerusalém, se a Noiva é a Nova Jerusalém, portanto a Prostituta é outra coisa a não ser a Velha Jerusalém (Apóstata)?

"Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição" Apocalipse 17:2

"Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas agora homicidas."  Isaías 1 : 21

"Portanto, ó prostituta, ouve a palavra do SENHOR" Ezequiel 16,35

Vejamos alguns relatos do Antigo Testamento sobre quem contaminou a Terra.

"E sucedeu que pela fama da sua prostituição, contaminou a terra; porque adulterou com a pedra e com a madeira" Jeremias 3:9.

"Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer losna, e lhes farei beber águas de fel; porque dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra" Jeremias 23:15.

"Disse mais o SENHOR nos dias do rei Josias: Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi a todo o monte alto, e debaixo de toda a árvore verde, e ali andou prostituindo-se.E vi que, por causa de tudo isto, por ter cometido adultério a rebelde Israel, a despedi, e lhe dei a sua carta de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu" Jeremias 3:6-8

"filho do homem, mostra a Jerusalém os seus crimes abomináveis." Ez16,2

Jerusalém em seus tempos de rebeldia se prostituia: Segundo Jeremias 25 cita muitas nações beberam do vinho, entra elas:

Egito, Edom, Moabe, Uz, Tiro, Sidom etc.. (Jeremias 25:19-27) Muitos vão dizer que é a igreja católica, mas vemos na própria bíblia que a cidade chamada de prostituta foi Jerusalém. Se ainda restar duvidas, vejamos o que Paulo disse sobre as duas Jerusaléns:


"Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós" Gl 4,25-26

Como vimos, foi Jerusalém.


"E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres" Apocalipse 17:3

Aqui temos uma descrição incrível, no verso 18 de Apocalipse 17 diz que mulher significa a grande cidade, portanto podemos descartar a ICAR, ja que ela não é uma cidade. O versículo diz que a mulher se assenta sobre uma Besta. Essa Besta é a mesma Besta de Apocalipse 13 e de Daniel 7: É o Império Romano. O fato de estar assentada sobre uma Besta demanda sujeição sobre a Besta, sem a Besta a mulher não poderia fazer nada. Jerusalém de fato tinha acordos com Roma e precisou de Roma para crucificar e perseguir muitos, como podemos ver:

Josefo escreve: “Parece-me ser necessário relatar todas as honras que os romanos e seus imperadores retribuíram a nossa nação, e as alianças de ajuda mútua que fizeram” (Antiquities 14.10.1,2;).

Exemplos dos Judeus acusando aos Romanos os seguidores de Yeshua:

"Os quais Jasom recolheu; e todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus" Atos 17:7

"E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios" Atos 21:11

"Sempre e em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer.Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos" Atos 24:1-9

Fora que Jerusalém também era conhecida como a cidade das sete colinas. A cultura oriental a que pertence São João, Jerusalém era conhecida como "a cidade das sete colinas" (Pirke de-Rabbi Eliezer, Seção 10). Estas 
colinas são: 

sete montes de Jerusalém
(1ª) "Escopus". 

(2ª) "Nob". 

(3ª) "o Monte da Corrupção" ou "o Monte da Ofensa" ou "o Monte da Destruição" (2Reis 23,13). 

(4ª) O original "monte Sião". 

(5ª) A colina sudoeste também chamada "Monte Sião". 

(6ª) o "Monte Ofel". 

(7ª) "A Rocha", onde foi construída a fortaleza "Antonia"

"E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição;" Apocalipse 17:4

Alguém se lembra das roupas sacerdotais?

"E tomarão o ouro, e o azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino, E farão o éfode de ouro, e de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada. E o cinto de obra esmerada do seu éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, igualmente, de ouro, de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido. E tomarás duas pedras de ônix, e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel, Farás também engastes de ouro, E duas cadeiazinhas de ouro puro; de igual medida. E o encherás de pedras de engaste" Êxodo 28:1-17

Vemos fontes de Josefo:
Josefo descreve a tapeçaria do templo cuidadosamente como “tapeçaria babilônica na qual as cores azul, púrpura, escarlate e branco foram misturadas” (Wars 5.5.4).

Josefo descrevendo o Templo: "Agora a face externa do templo em sua frente [...] estava por toda parte coberta com pratos de ouro de grande peso, e, ao primeiro nascer do sol, refletiu um esplendor ardente, e fez aqueles que se esforçavam para olhar atentamente se voltarem em direção oposta, da mesma maneira que teriam feito aos próprios raios do sol. Mas este templo, para os que não estavam familiarizados com ele, parecia, a uma certa distância, como uma montanha coberta com neve; devido àquelas partes não douradas, que eram excessivamente brancas (Wars 5.5.6)".

E na sua testa estava escrito o nome: "Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra." Apocalipse 17:5

A inscrição blasfema da prostituta em sua testa dá uma imagem inversa da inscrição santa no sacerdote judeu. Na testa do sumo sacerdote lemos: “Consagrado ao SENHOR” (Êx. 28.36-38);

"E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração". Apocalipse 17:6

Roma estava manchada com o sangue dos santos. Porém Roma tinha entrado recentemente na categoria dos perseguidores, dos inimigos de Deus; ao longo de Atos, Jerusalém e os judeus eram os principais perseguidores. Além disso, Roma não era culpada da matança de quaisquer dos “profetas” do AT, como o fora Jerusalém.

Em relação às autoridades de Jerusalém, Estevão pergunta:

"Qual dos profetas que seus antepassados não perseguiram? Eles mataram aqueles que prediziam a vinda do justo, de quem agora vocês se tornaram traidores e assassinos"Atos 7:52

Jesus disse:

"Pelo que, esta geração será considerada responsável pelo sangue de todos os profetas, derramado desde o princípio do mundo: desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu lhes digo, esta geração será considerada responsável por tudo isso" Lucas 11:50-51

"Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis ao castigo do inferno? Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores. Matareis e crucificareis uns e açoitareis outros nas vossas sinagogas. Persegui-los-eis de cidade em cidade, para que caia sobre vós todos o sangue inocente derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o templo e o altar. Em verdade vos digo: todos esses crimes pesam sobre esta raça. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta" Mt 23,33-38

A visão agora muda de rumo, ela foca no Império Romano.

"E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo". Apocalipse 17:10

5 já caíram:

1º Augusto
2º Tibério
3º Calígula
4º Cláudio
5º Nero

Galba (68 - 69) (não obteve reinado)
Oto (69) (não obteve reinado)
Vitélio (69) (não obteve reinado)

Um existe:
6º Vespasiano (69 - 79) (o rei que inda estava no poder quando João escreve)

Outro ainda não veio e quando vier deve durar pouco tempo:
7º Tito (79 - 81) (o rei que duraria pouco, governou só dois anos)

A Besta que é um dos sete:
NERO

"E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas". Apocalipse 17:15

De fato, em Jerusalém habitavam pessoas de todas as nações. Principalmente nas festas (Pentecostes). Além do Oriente Médio ser um grande centro comercial da época.

E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. Atos 2:5

"E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo". Apocalipse 17:16

Ficaria complicado o Império Romano destruir sua capital Roma, porém foi o Império Romano que destruiu Jerusalém e seu Templo foi queimado.

"E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra". Apocalipse 17:18

Vejamos as pistas sobre quem é a grande cidade:

"E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado". Apocalipse 11:8

Jesus foi crucificado em Roma? Não, em jerusalém

"E ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém, cada um na sua guarda, e cada um diante da sua casa. E era a cidade larga de espaço, e grande, porém pouco povo havia dentro dela; e ainda as casas não estavam edificadas" Neemias 7:3-4

Mais um exemplo:

"E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira". Apocalipse 16:19

Interessante notar que durante a guerra Judaica três facções dividiram Jerusalém.

"E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra". Apocalipse 17:5

A inscrição blasfema da prostituta em sua testa dá uma imagem inversa da inscrição santa no sacerdote judeu. Na testa do sumo sacerdote lemos: “Consagrado ao SENHOR” (Êx. 28.36-38);

"Por isso foram retiradas as chuvas, e não houve chuva serôdia; mas tu tens a fronte de uma prostituta, e não queres ter vergonha". Jeremias 3:3

Um versículo anterior também retrata:

"Levanta os teus olhos aos altos, e vê: onde não te prostituíste? Nos caminhos te assentavas para eles, como o árabe no deserto; assim poluíste a terra com as tuas fornicações e com a tua malícia". Jeremias 3:2

A mulher, esposa, cidade fiel recebe seu marido. A prostituta o rejeita:

"Foste como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos" Ez 16,32

"Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César" Jo 19,15





Para ler tudo e muito mais sobre o apocalipse ascesse: http://exegeseoriginal.blogspot.com/2014/09/livro-o-apocalipse-ja-aconteceu-e-book.html
Ou tecle aqui
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Shalom!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A bíblia de Jerusalém

Bíblia de Jerusalém
Mutos me perguntam, qual é a melhor versão bíblica. Existem muitas bíblias de estudo e com excelentes rodapés, mas a melhor versão na minha opinião é a bíblia de Jerusalém. Não existe uma tradução fiel da bíblia, por mais que se queira pelas diferenças linguisticas. O hebraico, idioma em que foi escrito o antigo testamento é muito complexo, e existem palavras que não existem nos demais idiomas, então as bíblias utilizam similares, como Elohim, por exemplo. Elohim tanto é traduzido como Deus, como deuses, anjos e até juizes. Pois não tem nos demais idiomas e no hebraico, esta simples palavra tem diversos significados. Já o novo testamento, apesar de termos os manuscritos em grego, nós não temos os originais, isto é, os autógrafos. O manuscrito mais antigo de Marcos, por exemplo, não é o mesmo que o próprio Marcos escreveu, mas uma cópia do livro de Marcos. E como existem várias cópias, elas diferem entre sí. Não existem dois manuscritos iguais, pois sempre haverá palavras e expressões diferentes. Isto se deve aos copistas, ou por erro ou por tendenciosidade.

A bíblia começou a ser escrita em hebraico, o antigo testamento. Depois tivemos a versão dos setenta, a septuaginta, uma tradução para o grego do Tanakh, com erros diversos e a substituição de termos hebraicos por termos gregos, como senhor. Depois tivemos a versão latina, a vulgata sendo a mais popular, sendo uma péssima tradução do grego para o latim. Jerônimo, responsável pela tradução foi quem colocou lucifer na profecia de Isaias 14 e chifres na cabeça de Moisés, tamanho era seu desconhecimento linguistico. A Vulgata foi base de diversas traduções bíblicas, inclusive a de Lutero e a ferreira de Almeida. A bíblia do rei James já foi uma tradução melhor, apesar de alguns erros de tradução. As traduções do novo mundo dos testemunhas de Jeová, é considerada pelos teólogos uma das piores em tradução, onde inclusive, substituem a proibição de ingerir sangue por transfusão. Ela prisma por não conter os acréscimos, ou seja, não tem o que não tem nos textos gregos. As ferreiras de Almeida não tem uma unidade, pois devido as divergências dos textos gregos, fizeram várias revisões e várias edições. O ideal para quem estuda a bíblia é ter mais de uma versão e sempre consultar todas ou as que mais confia. Mas no geral, a bíblia de Jerusalém é uma das melhores em tradução e rodapé. Apesar de ser católica, é uma versão ecumênica, isto é, ela foi feita com a colaboração de católicos e protestantes nas traduções e também contou com a ajuda de judeus ortodoxos.Portanto, é uma versão imparcial.


A Bíblia de Jerusalém apresenta um TEXTO com muitas revisões e novas opções textuais. Certos livros (Miquéias, Eclesiástico, p. ex.) foram substancialmente remodelados. No Antigo Testamento há considerável volta ao texto hebraico, deixando de lado versões preferidas anteriormente. Certos textos do Novo Testamento também trazem uma tradução inteiramente nova (cf. p. ex. Filipenses 2,6-11).

Como conseqüência das novas opções de tradução do texto, as NOTAS também foram modificadas, ampliadas ou substituídas. O volume de notas aumentou consideravelmente.

É visível a incorporação das novas pesquisas e estudos posteriores à edição do texto francês em 1973. As INTRODUÇÕES apresentam novas opções que também estão refletidas nas notas. Isso se verifica principalmente na visão da formação do Pentateuco. O evangelho de João, p. ex., mostra uma virada hermenêutica total, que se pode constatar tanto na introdução como nas notas. Vários livros e conjuntos literários receberam novas introduções, completamente diferentes das anteriores (p. ex.: Cântico, Sinóticos, João, Hebreus etc.).

A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas.

Essas notas diferenciais em relação às outras traduções prestam-se a ajudar o leitor nas referências geográficas, históricas, literárias, etc. Suas introduções, notas, referências marginais, mapas e cronologia ? traduções de material elaborado pela Escola Bíblica de Jerusalém ? fazem dela uma ferramenta útil como livro de consulta, para quem precisa usar passagens bíblicas como referência literária ou de citações.

Se para os cristãos e parte dos judeus a Bíblia foi escrita por homens sob inspiração divina, para um não-cristão, um ateu ou um agnóstico, a Bíblia pode servir como referência literária, já que se trata de um dos mais antigos conjuntos de livros da civilização.

Traduções da Escola Bíblica de Jerusalém

A Escola Bíblica de Jerusalém é o mais antigo centro de pesquisa bíblica e arqueológica da Terra Santa. Foi fundada em 1890 pelo Padre Marie-Joseph Lagrange (1855-1938) sobre terras do convento dominicano de St-Étienne à Jérusalem, convento fundado em 1882 sob o nome original de Escola Prática de Estudos Bíblicos, título que sublinhava sua especificidade metodológica.

Quase sessenta anos depois, em 1956, foi publicada pela primeira vez, em francês, em um só volume, a Bíblia da Escola de Jerusalém, contemplando uma tradução que levava em consideração o progresso das ciências. Para tanto, foram convidados para a colaboração os mais diversos pesquisadores: historiadores, arqueólogos, lexicógrafos, lingüistas, teólogos, exegetas, cientistas sociais, geógrafos e cartógrafos. Atribui-se que foi a diversidade de colaboradoras que garantiu traduções acuradas, em temas que cada qual conhecida com profundidade. Mas, em contrapartida, a Bíblia não tinha homogeneidade de texto. Cada qual escrevia no seu estilo.

A próxima etapa, portanto, foi empreender esforços na harmonização do texto, trabalho terminado quase duas décadas depois, em 1973, quando se publicou uma edição revisada, aí então já sob o título Bible de Jérusalem, cuja primeira edição no Brasil chamou-se Bíblia de Jerusalém (1981, Paulus Editora). A revisão francesa, de 1998, acabou gerando a nova edição brasileira (Nova Bíblia de Jerusalém), revista e atualizada, pela mesma Paulus Editora, em 2002. Nesta tradução dos originais para a língua portuguesa, também colaboraram exegetas católicos e protestantes.

Contextualização

Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara a união do monumento e do documento, de acordo com Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos.

A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos lingüistas, como uma das melhores Bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença.


Rodapé de uma página da bíblia
Sem dúvida, a Bíblia de Jerusalém é a preferida pelos acadêmicos ecumenicistas. Aliás, a própria Bíblia é uma tradução ecumênica e imparcial. Parte de seus tradutores eram protestantes.

Por exemplo, o tradutor de Levítico, Números e Josué, Samuel Martins Barbosa, foi pastor da IPB, tendo passado posteriormente para a IPUB (http://www.mackenzie.com.br/10188.html).

O tradutor de Juízes, 1 e 2 Samuel, Marcos e Tito, Jorge César Mota, foi pastor da IPB e capelão do Mackenzie (http://www.ultimato.com.br/pg=show_artigos&artigo=252&secMestre=194&sec=213&num_edicao=275)

Isaac Nicolau Salum (tradutor de Efésios, Filipenses e Colossenses) foi hinólogo e professor do  Instituto José Manuel da Conceição, mantido pela IPB e IPI até 1969 (http://jmc.org.br/sono.htm).

Em relação às Escrituras gregas, ela evidentemente usa o Texto Crítico e sempre faz comparações com o texto receptus, e com as demais versões gregas, como o sinaiticus.

As notas de rodapé, os comentários e até as citações do quem não contém nos manuscritos gregos, fazem desta bíblia realmente única. Passagens que não existem como 1Jo5,7-8 ou que foram alteradas como Mt 28,19 ou que simplismente não figuram nos melhores manuscritos gregos como João 8, são sempre citadas imparcialmente em seus rodapés, fazendo um diferencial enorme desta bíblia para as demais. Enfim, para quem estuda a bíblia e gosta da verdade, doa a quem doer, atualmente é com certeza, uma das melhores versões bíblicas.

Outra versão igualmente diferente que corrige certos erros do grego é a versão peshitta, traduzida do aramaico, onde vemos que alguns termos gregos foram revisados em sua época. Por exemplo, Mt26,6 onde o grego diz que Jesus estava na casa de Simão o leproso, indo contra a lei judaica e a cultura da época, a peshitta diz, Simão o oleiro. Também é uma excelente versão. Mas como não existe apenas uma pesshitta hoje em dia, recomendo que não utilizem algumas versões falsas e tendenciosas que tem circulado por ai.

Shalom!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Paulo versus Tiago. Salvação pela graça ou pelas obras?


A teologia cristã sempre defendeu que a salvação é única e exclusivamente pela fé em Jesus. Não importa suas ações ou obras, pois elas não podem garantir a salvação, mas única e exclusivamente a fé. Como ficaria neste caso, por exemplo, um indígena bom, que não é cristão, mas é um bom homem, respeita a natureza, sua esposa, sua família e só praticou o bem, mas não se converteu ao cristianismo? Segundo essa lógica, este homem já esta automaticamente condenado. Em contra partida, um homem que é por exemplo, um canalha, ladrão, mentiroso mas cristão pode ser salvo, pois é a fé que salva e não as obras. 

Mas será que foi sempre assim? Será que os primeiros cristãos pensavam desta maneira? Será que foi essa a mensagem de Jesus?

Vejamos a seguir, um debate entre um irmão que é a favor da lei e outro que considera que a lei foi abolida. Vamos chamar o que é a favor da lei de legalista só para diferenciar:

Legalista_ Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?

Refutação_ Nós Concluímos, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.

Legalista_Ó homem incensato, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.

Refutação_Se nosso pai Abraão, foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.

Legalista_Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.

Refutação_Aquele que não pratica qualquer obra, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.

Legalista_Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.

Refutação_Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.

Legalista_A Escritura diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.

Seria um dialogo interessante entre dois irmãos com pontos de vista diferentes, mas nesse caso, este debate esta na bíblia. Não como debate e não de forma explicita, mas em livros diferentes. Trata-se das epistolas de Paulo aos romanos (Rm 4,1-5) e a epístola de Tiago (Tg 2,14-26). É interessante notar que em ambas as epístolas, além de utilizarem as mesmas palavras, os mesmos termos gregos inclusive, ambos fazem menção a Abraão e citam o mesmo versículo de Gênesis 15,6 mas sob perspectivas diferentes. Parece ser uma carta em resposta a outra. Paulo entende que Abraão foi justificado perante Deus pela sua fé apenas enquanto que Tiago entende que a fé de Abraão foi acompanhada de uma obra, o sacrificio de seu filho, e isso foi o que o justificou e não apenas a crença em Deus.

Qual dos dois esta certo? Será que se Abraão não tivesse oferecido o filho em holocausto como Deus ordenara e apenas acreditado ele teria sido justificado? Ou será que Paulo esta dizendo que mesmo se ele tivesse feito tudo, mas não crido, teria sido em vão? Ainda que seja bem dificil imaginar que Abraão tivesse feito tudo aquilo sem acreditar!




O que acontece neste exemplo, comparando duas epístolas que se contrapõem, é que notamos que havia um certo diferenciamento na maneira de entender de Paulo e dos demias apóstolos. Alguns seguidores do messias do primeiro século, por exemplo, não consideravam Paulo um apóstolo e rejeitavam suas epístolas, devido a essas divergências. Vale a pena ressaltar também que Paulo era o apóstolo dos gentios, portanto sua mensagem era menos legalista do que a dos apóstolos que pregavam à Judeus. As suas pregações cheias de fé, mas desobrigando os gentios de seguirem a Torá não eram bem vistas por algumas comunidades judaicas do primeiro século. Na verdade, vemos no próprio novo testamento estas acusações contra Paulo, quando este esteve na casa de Tiago em Jerusalém:

"E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei. E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei" At 21,20-21

Estas acusações não partiam apenas dos fariseus ou dos sacerdotes, mas também de judeus crentes no messias que não gostavam das pregações de Paulo sobre o não cumprimento da lei. Neste mesmo trecho de Atos, vemos que o irmão, supostamente Tiago, lhe diz que deve mostrar aos judeus que é guardador da lei e que com relação aos gentios, não impuseram a lei, como aliás, até hoje, o judaísmo determina, que os gentios não são obrigados a seguirem a lei:

Esta diferença de exegese entre Paulo e Tiago, reflete esse pensamento ambíguo que já havia no primeiro século dentre os seguidores do messias. Haviam os messiânicos que seguiam a Torá e os messiânicos que não achavam mais necessário o cumprimento da lei. Alguns achavam que a salvação era pelas obras e outros, como Paulo, que era apenas pela fé.

Hoje, é muito fácil tomar partido nesta questão. Qualquer um pode abrir sua bíblia e citar diversos versículos a favor da salvação pela fé. Mas isso é porque a forma como a bíblia chegou até nós, ela foi compilada com mais epístolas de Paulo, na verdade, mais da metade do novo testamento é atribuído a Paulo. Hoje sabemos que havia uma disputa no primeiro século entre os seguidores de Paulo e os seguidores dos outros apóstolos, e que no final, os Paulinos saíram vitoriosos quando no concilio de Nicéia, diversas epístolas suas foram incluídas no cânone e muitas das dos demais apóstolos foram descartadas, porque os gentios convertidos não viam como agradável a lei de Moisés e preferiram criar as suas próprias. Fica uma pergunta no ar: Se a bíblia tivesse sido montada com mais epistolas de Tiago e menos de Paulo, será que o cristianismo seguiria essa linha teológica de salvação gratuita?

Nas palavras do messias, vemos que Jesus dizia que a forma como julgaria, não era tão gratuita assim ou apenas pela crença nele:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade Mt 7, 21-23

Paulo influenciou a doutrina cristã de uma maneira um tanto diferente. Desde as pregações de João batista, vemos uma exortação a pratica de obras. João, mesmo sabendo e anunciando a vinda do messias, exortava, na condição de profeta, que os fariseus produzissem boas obras e não apenas que cressem:

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;” Mt 3,8

Em outras passagens como a do jovem rico, onde Jesus lhe diz que deve seguir os mandamentos e depois diz que lhe falta a caridade, exortando-o a vender seus bens e dar aos pobres e depois segui-lo, não parecem condizentes com este conceito de salvação gratuita. Vemos que o homem rico creu que Jesus era um homem enviado de Deus, mas não praticou a obra que Jesus pedira.

Talvez Paulo, por pregar aos gentios, não achasse importante uma exortação exagerada a obras, mas sim a aceitação da mensagem de Jesus e de que ele era o messias. Talvez suas palavras tenham sido tão fervorosas, que entendemos que a crença em Jesus é mais fundamental que as obras, garantindo a salvação. Contradizendo mesmo o que Jesus disse que uma arvore se conhece pelos frutos. E por isso havia essa disputa entre os seguidores do messias convertidos por Paulo e pelos demais. Paulo dizia que não aprendeu sua doutrina com homens (Gl1,12) e que os apóstolos não lhe acrescentaram nada e se auto denominava apóstolo (Rm 11,13)

Seja como for, fica a reflexão! Será que a salvação é tão gratuita assim? Será que da para conciliar a justiça divina com isso? Mais da metade do planeta não é cristã. Será que todos os budistas, hinduístas, mulçumanos, orientais, indígenas etc... já estão automaticamente condenados? Para um fundamentalista sim. Mas se for dessa maneira, porque Deus chamou a Ciro, rei da Pérsia de Ungido e nunca foi imposto a Ciro uma conversão ao judaísmo? O mesmo aconteceu com outros personagens, como Nabucodonossor por exemplo.ou Raabe.

“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” Tg 2,26

salvo?
 Hoje vemos igrejas multimilionárias que não praticam a menor caridade ou filantropia, mas de tudo que arrecadam só serve para enriquecer seus líderes cada vez mais. E cada vez que alguém critica tais atitudes ou os pedidos exagerados de dinheiro, as alegações são que o dinheiro é para se abrir mais igrejas e salvar mais almas. Mas quantas almas estão sendo de fato salvas? Se a salvação é só pela fé em Jesus, não há a necessidade de se fundar tanta igreja, pois os católicos e cristãos de outras religiões já crêem em Jesus. Se a salvação é pelas obras, onde estão as obras destas igrejas? Um irmão que parou de beber? Outro que parou de se drogar? E as obras altruístas como estas mencionadas na bíblia, onde estão? Porque uma transformação pessoal e individual não é uma obra, é uma graça de Deus. Jesus curou dez leprosos no caminho e apenas um se salvou. (Lc 17,16-17) mostrando que curas e libertações não significam salvação. Eu posso ser curado de uma doença grave pela fé, mas isso não me garante em nada que eu serei salvo, como vemos nesse exemplo de Lucas. Então, onde estão de fato as obras que Tiago menciona?

Entre a teologia da salvação gratuita e da salvação pelas obras, talvez devêssemos ficar com os ensinamentos do messias mesmo:

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes Mt 25, 34-40




Paz a todos!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Judeus não são judeus?


Semita

Depois de mais de cinco mil anos de história, perseguições e provações, atualmente o povo judeu ainda não tem paz e cada vez surgem mais teorias malucas que seduzem os incautos e os empurram ao anti-semitismo. Dizem que o holocausto não existiu, que os judeus são satanistas, que corromperam o idioma hebraico e agora, mais uma, que os judeus não são os verdadeiros Israelitas, mas impostores. Que eles não são de fato semitas, mas decendentes de jafé. Engraçado que as promessas de restauração feita aos judeus tem se cumprido, mas se eles não são judeus, então Deus esta cumrpindo no povo errado!! este artigo tem por objetivo refutar e analisar isso.


Esta teoria surgiu principalmente por falsos judeus que foram rejeitados pelos judeus, não aceitos e nem reconhecidos como judeus. Alguém diz que é judeu e começa a ensinar como se fosse. Ai o judaismo não reconhesse que este alguém é judeu. Então para se defender, este alguém diz que é judeu e que os judeus mesmos é que não são! Irônico não. É o mesmo que eu me passar por japonês. Ai um japones diz: "Ele não é japonês, não tem os olhos puxados!" Ai de raiva eu digo: "Na verdade, os japoneses é que não são japoneses, nipônicos, são americanos que ficaram morando no japão pós guerra e abraçaram a cultura japonesa!". É claro que não estou me referindo ao movimento judaísmo messiânico em sí, mas à algumas pessoas que ficaram com magoas dos judeus.
Uma das táticas utilizadas por aqueles que se opõem aos sionistas é dizer que a maioria dos judeus da atualidade não descende genuinamente de Abraão, Isaque e Jacó. Essa teoria errônea baseia-se nas conclusões equivocadas de que os atuais judeus originam-se na história de uma nação medieval da qual algumas pessoas se converteram ao judaísmo. Os khazares foram uma nação constituída de linhagem basicamente turca, que viveu na região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, durante os séculos VII a X d.C.[1] Aqueles que defendem a Teologia da Substituição, são atraídos por essa teoria, pois concluem que os judeus não são, de fato, judeus.

A proposição da Teoria Khazar
Kazaria
James B. Jordan, defensor da Teologia da Substituição, fala sobre “a heresia do sionismo cristão”.[2] Ele declara que “os judeus da atualidade, em sua maioria, não são judeus de forma nenhuma: são khazares”.[3] Jordan explica mais:


A raça khazar [ou khazariana] parece ser o pano-de-fundo original dos judeus asquenazitas do Leste Europeu. Naturalmente, afirmações desse tipo podem ser questionadas. O verdadeiro problema na discussão é a idéia de que ser judeu é um fenômeno sanguíneo ou racial. Isso não é correto.


Biblicamente falando, um judeu é alguém que foi inserido pactualmente na população de judeus por meio da circuncisão [...] Todas essas pessoas eram judias, porém apenas uma pequena parcela realmente possuía a herança sanguínea de Abraão [...] Isso é a prova conclusiva de que a aliança, não a raça, sempre foi o marco distintivo de um judeu.[4]


John L. Bray, outro defensor da Teologia da Substituição, assevera que “a pura realidade é que muitos dos judeus do mundo não apenas são judeus mestiços, mas nem mesmo são judeus sob qualquer condição”.[5] Ele declara:


Além das descobertas sobre as origens judaicas do povo khazar, é preciso que consideremos, também, o fato de que, em virtude de casamentos entre etnias diferentes, cruzamentos raciais, etc., na atualidade há muito pouco que se possa chamar de “raça judaica”.[6]


Esse caso específico de revisionismo histórico é usado para induzir à conclusão de que os judeus que vivem em Israel não são, de fato, descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, e que, portanto, não têm nenhum direito legítimo de ocupar aquela terra nos dias atuais. Não é de admirar que tal teoria seja muito atraente para os árabes, muçulmanos, negadores do Holocausto, skinheads, nazistas e tantos outros que defendem a Teologia da Substituição no âmbito cristão-evangélico. Trata-se de uma forma conveniente de descartar o presente Estado de Israel. Tal crença ensina que os judeus são basicamente uma etnia atualmente extinta. Por essa razão, na opinião dos defensores dessa teoria, fica anulada a concessão futura da terra de Israel aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó como uma promessa que será cumprida por Deus.


Arthur Koestler, o autor da teoria.
Essa concepção pode produzir sérias implicações na compreensão que o crente em Cristo tem da Palavra de Deus. Jordan levanta esta pergunta: “Será que os cristãos que crêem na Bíblia supõem poder apoiar um Estado Judeu baseados em razões teológicas? Essa é a alegação de Jerry Falwell e da heresia do Sionismo Cristão”.[7] Passemos, agora, ao exame da veracidade de tais alegações.

A análise da Teoria Khazar
Nenhuma pessoa esclarecida nesse assunto questionaria a existência de um país, durante a Idade Média, cujo nome era Khazaria, o qual se converteu ao judaísmo no século VIII. Contudo, a teoria de que os judeus asquenazitas (que correspondem a cerca de 85% da população judaica em todo o mundo) descendem originariamente dos khazares, por mais atraente que possa parecer a alguns, permanece como uma hipótese não provada (desprovida de qualquer evidência científica).


Em 1976, Arthur Koestler (um romancista judeu comunista) propôs essa teoria em seu livro intitulado The Thirteenth Tribe (que traduzido seria: A Décima-Terceira Tribo),[8] teoria essa que nunca foi levada a sério por nenhum lingüista, nem pela maior parte dos outros cientistas. Essa é a razão pela qual a propagação mais agressiva desse ponto de vista tem sido geralmente verificada dentro da esfera dos propagandistas que têm um eixo ideológico a que se apegar, e não pela comunidade científica. À semelhança da obra intitulada Os Protocolos dos Sábios de Sião, um documento forjado que defende uma suposta conspiração judaica mundial, os proponentes da Teoria Khazar têm um imenso desejo de que ela seja verídica, embora não o seja.


É comum quem não acredita nesta teoria ouvir frase do tipo "Você deve pesquisar mais" ou "Você esta sendo enganado"


Muitos estudiosos desse assunto crêem que somente a liderança do povo khazar se converteu ao judaísmo, e alguns desses eruditos pensam que a razão de tal conversão deveu-se ao fato de que muitos dos líderes já eram judeus que emigraram para lá em anos anteriores. Quando se espalhou a notícia de que a nação da Khazaria tinha se convertido ao judaísmo, pelo que se sabe, muitos judeus que viviam no Império Bizantino e no mundo muçulmano emigraram para a Khazaria, visto que freqüentemente eram perseguidos nesses impérios e países de onde procediam. Dessa forma, tal imigração aumentou o número de judeus naquela nação, que ficou conhecida por ter uma grande população judaica. Como a Khazaria, naquele tempo, era praticamente a única nação do mundo a proporcionar liberdade religiosa, ela contava com um enorme contingente de cristãos, de muçulmanos e de pagãos que nunca se converteram ao judaísmo. Isso poderia favorecer a crença de que milhares de gentios foram incluídos e misturados na linhagem sanguínea judaica. Todavia, não foi o que aconteceu. Os judeus da Khazaria demonstram ter mantido uma linhagem sanguínea judaica tão forte quanto à de outros judeus de sua época.


Para simplificar, qualquer um que estude sobre a origem da Rússia saberá que os khazares de família nobre se converteram ao judaísmo, sem contudo, forçar a sua população a fazer o mesmo, ou seja, foram apenas alguns nobre, e isto não significa que não havia presença judaica nesta região, pois já haviam judeus lá sim, senão como estes nobres se converteram? Sózinhos? E a população judaica aumentou porque vários judeus perseguidos foram emigrando para lá devido a liberdade religiosa que podiam gozar ali.
  Quando a nação entrou em declínio e foi conquistada, os judeus fugiram para outros países e a maioria não-judaica da população da Khazaria foi morta nas batalhas ou se converteu ao islamismo e ao cristianismo. Ainda que os judeus, seguramente, tenham contraído matrimônios inter-raciais com os gentios na Khazaria, tal fato não invalida sua identidade judaica, da mesma maneira que os casamentos inter-raciais praticados no Antigo Testamento não invalidaram sua identidade judaica. O próprio Jesus tinha vários gentios em Sua linhagem genealógica. No entanto, Ele certamente era judeu. Na época do Novo Testamento essas pessoas ainda eram reconhecidas como judeus – os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. É a Bíblia que divide a humanidade em judeus e gentios, denotando a linhagem de nascimento de uma pessoa. Alguém pode até renegar os aspectos religiosos do judaísmo, mas não pode fugir da realidade genealógica de que eles nasceram dentro da raça judaica. Durante o Holocausto, os nazistas fizeram pouquíssima distinção entre judeus profundamente religiosos e judeus seculares; quando tiveram a oportunidade, eles procuraram aniquilar indiscriminadamente todos os judeus. O mesmo ocorre hoje em dia. Os muçulmanos matam judeus, sejam estes religiosos ou seculares. Não faz diferença para eles.


Judeus negros
É preciso dar grandes saltos de desconsideração da lógica, o que muitos anti-semitas estão dispostos a fazer, para chegar à conclusão de que a teoria de Koestler merece crédito. Isso fica evidente quando se considera o fato de que, antes da teoria de Koestler ser publicada em 1976, ninguém deduzira que os judeus não eram de fato descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Por mais que essa informação sobre os khazares fosse conhecida o tempo todo, especialmente pelos historiadores, ninguém, antes de Koestler, estabeleceu a ligação dos pontos. O fato de que alguém como John Bray faz longas citações extraídas de fontes judaicas para documentar a presença real dos judeus na Khazaria durante a Idade Média em nada comprova a tese de que a maioria deles era de origem gentílica. Crer nisso requer um salto muito grande sobre as verdadeiras evidências para chegar numa teimosa conclusão. A teoria de Koestler é infundada e pode ser tratada como nada mais do que uma mera hipótese fortuita com pouca ou nenhuma base.


O parecer de historiadores e especialistas em genealogia a respeito do povo khazar tem sido, atualmente, confirmado com o desenvolvimento da utilização do DNA como um método confiável de análise da herança genealógica de uma pessoa. Kevin Alan Brook,[9] um dos principais pesquisadores sobre os khazares, diz o seguinte:


Não precisamos mais dar ouvidos a especulações. Já é FATO comprovado que os judeus alemães se misturaram com outros judeus, quando foram para o Leste. Também já ficou claro que os antigos israelitas possuíam os mesmos padrões de DNA-Y encontrados em comum entre os judeus sefaraditas, judeus asquenazitas, judeus curdos e judeus indianos, a despeito do fato de que, basicamente, esses padrões, em parte, possam ter se originado, anteriormente, de algum lugar no Curdistão, na Armênia, ou no Iraque. Os padrões de DNA-Y, característicos do Oriente Médio, ocorrendo nos haplogrupos J e E não podem ser explicados pela teoria dos khazares. Contudo, algumas evidências do DNA-mt e DNA-Y Levita podem ser explicadas por tal teoria.[10]


A conclusão final de Brooks sobre as origens do povo khazar é a seguinte:
Em suma, os judeus do Leste Europeu descendem de uma mistura de judeus alemães e austríacos, judeus tchecos e judeus eslavos orientais. É possível que os judeus eslavos orientais tenham suas raízes tanto no Império Khazar, quanto no Bizantino, daí a necessidade de um estudo mais aprofundado da vida judaica nessas terras. Porém, a maior e mais influente parcela de judeus do Leste Europeu provém da Europa Central. Por essa análise podemos demonstrar que o elemento étnico dominante entre os judeus do Leste Europeu é judeu – originário do antigo povo da Judéia no Oriente Médio.[11]


Conclusão
A Teoria Khazar tem sido completamente refutada, tanto pela pesquisa acadêmica na história dos khazares quanto, mais recentemente, pela evidência genética, com a comprovação de que, em termos genéticos, os judeus procedentes de todas as partes do mundo são estreitamente aparentados com os judeus do Oriente Médio e não com gentios russos ou europeus orientais, nem com outras etnias daquela região. Joel Bainerman faz a seguinte observação:


O Dr. Michael Hammer, baseado exclusivamente no cromossomo-Y (paterno), demonstrou que os judeus asquenazitas têm um relação de parentesco mais íntima com os judeus iemenitas, judeus iraquianos, judeus sefaraditas, judeus curdos e árabes, do que com populações cristãs européias.[12]


A pesquisa legítima nessa questão revela que apenas um insignificante percentual de judeus tem alguma herança genética através da linhagem dos khazares. Conforme foi mostrado, parece que a Teoria Khazar é apenas isso, uma teoria, por sinal, não muito bem elaborada. A conclusão segura é a de que a maioria dos judeus que atualmente vivem em Israel e na Diáspora constitui-se de legítimos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Maranata! 


As promessas de Deus
"Assim diz o Eterno: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia, e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja dia e noite a seu tempo, Também se poderá invalidar a minha aliança com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu trono; como também com os levitas, sacerdotes, meus ministros. Como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim. Porventura não tens visto o que este povo está dizendo: As duas gerações, que o Eterno escolheu, agora as rejeitou? Assim desprezam o meu povo, como se não fora mais uma nação diante deles. Assim diz Adonai Eterno: Se a minha aliança com o dia e com a noite não permanecer, e eu não puser as ordenanças dos céus e da terra, Também rejeitarei a descendência de Ya'kov, e de Davi, meu servo, para que não tome da sua descendência os que dominem sobre a descendência de Abraão, Isaque, e Jacó; porque removerei o seu cativeiro, e apiedar-me-ei deles"(Jeremias33:20:26)

"E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todo o povo da terra" Zc 12,3

Será que Deus esta restaurando o povo errado?

Alguns textos mal interpretados:
"Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra" Is 19,24

O texto diz apenas que O Egito junto com a Assíria seriam uma benção junto com Israel.

"Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo."  (Gênesis 9 : 27)

Isso já aconteceu quando os judeus foram dispersos e os gentios habitaram em suas terras. O texto diz isso, não que os descendentes de Jafé se passariam por semitas.

Pessoa branca com manchas brancas na pele
"Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve."  (II Reis 5 : 27)

Versículo usado para dizer que os hebreus eram originalmente negros, pois a lepra causava manchas brancas na pele. Na verdade, os hebreus eram mouros, como os árabes, que também são semitas. O texto sobre a lepra alude ao sintoma da doença e não a Etnia. Mesmo uma pessoa branca com lepra tem manchas brancas sobre a pele.

"Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;"  (Romanos 9 : 6)

Paulo esta falando da ocupação estrangeira em Israel, basta ver os versiculos anteriores onde ele diz que dos judeus é a adoção. Senão ele teria dito: "Nem todos os que são de Israel são judeus"

"Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás."  (Apocalipse 2 : 9)

João aqui esta se referindo aos judeus que não praticavam o judaísmo ou eram transgressores da lei. Paulo mesmo disse que judeu é quele que cumpre a lei, portanto um judeu que não cumpre é um falso judeu. Hoje ainda existem os falsos judeus.

Notas:
fonte:beth shalom
1-Encyclopaedia Judaica, vol. 10, referência ao termo “Khazars”, p. 944-54.
2-Jordan, James B., “Christian Zionism and Messianic Judaism”, publicado na obra The Sociology of the Church: Essays in Reconstruction, Tyler, TX: Geneva Ministries, 1966, p. 176.
3-Jordan, “Christian Zionism”, p. 176-77.
4-Jordan, “Christian Zionism”, p. 177.
5-Bray, John L., Israel in Bible Prophecy, Lakeland, FL: John L. Bray Ministry, 1983, p. 44.
6-Bray, Israel, p. 44.
7-Jordan, “Christian Zionism”, p. 178.
8-Koestler, Arthur, The Thirteenth Tribe, Nova York: Random House, 1976.
9-Brook, Kevin Alan, The Jews of Khazaria, Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, 2002.
10-Brook, Kevin Alan, “Jews and the Khazars”, publicado no Fórum de Genealogia Judaica do site www.genealogy.com, em 4 de agosto de 2004.
11-Brook, Kevin Alan, “From the East, West, and South: Documenting the Foundation of Jewish Communities in Eastern Europe”, publicado no Roots-Key, o boletim informativo da Jewish Genealogical Society of Los Angeles, vol. 24, nº 1, primavera de 2004, p. 6.
12-Bainerman, Joel, “So What If a Small Portion of World Jewry Are Descendents of Khazars!”, publicado no site www.rense.com/general33/sowhat.htm, em 3 de janeiro de 2003.


Shalom!



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